O livro desse mês será voltado para o estudo
do feminino e não tanto da cultura árabe ou egípcia. A Prostituta Sagrada é um
livro cujo título pode assustar muita gente, mas sua leitura é muito
recomendada para quem se interessa por estudos do feminino, psicologia e
sexualidade. Em outras palavras, tem tudo a ver com a dança do ventre e com
aspectos que as pessoas às vezes gostam de evitar, mas que fazem parte sim do
nosso dia a dia (ou não?? rsrsrs).
Capa da edição em português do livro |
Apesar de ser um livro que trata
especialmente da visão da sexualidade ligada aos antigos ritos da grande deusa,
ele foi publicado por uma editora especializada em livros cristãos... o mundo
tem coisas realmente curiosas, não é mesmo?
Há muito tempo que eu havia ouvido falar desse livro e confesso que demorei alguns anos para tirá-lo da estante. E graças a deus escolhi fazer isso durante uma das minhas férias, porque não é um livro fácil de ler. Apesar dele ser mesmo tudo aquilo que me tinham dito, talvez até mais, não é um livro para ler no metrô, porque não é legal parar no meio dos capítulos, justamente por conta da densidade da leitura. Em outras palavras, é um livro para ser estudado e compreendido
Indico para todas as bailarinas que têm paciência para livros de psicologia e gostam do assunto do feminino, e acho, sinceramente, que tanto homens quanto mulheres deveriam ser introduzidos ao conceito da prostituta sagrada, pois pode ser a chave para entender melhor como podemos encontrar o papel do sexo e da sexualidade saudáveis. É preciso que a gente reveja os nossos conceitos, sabe? A excesso de moralidade com relação ao corpo e ao sexo, especialmente da mulher, são problemas muito graves, que levam a todo tipo de violência. Inclusive no nosso mundo da dança do ventre, que é muito influenciado pelo aspecto da sexualidade e como ela é encarada pelas pessoas.
Dessa forma, o livro faz repensar um bocado
o papel da mulher e como ela é vista pela sociedade masculinizada e misógina que
temos hoje, que causa tanta violência tanto no Brasil como no mundo árabe e no
resto do mundo também. Vale a pena uma
leitura sem preconceitos com o título do livro, ok?
Fica a dica :-)
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