tag:blogger.com,1999:blog-33081171400914938612024-03-05T21:52:14.030-03:00Ventre da DançaLaurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.comBlogger130125tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-81043984064698330002016-04-26T18:05:00.001-03:002016-04-26T18:05:31.693-03:00Livro do mês: Les danses dans le monde arabe ou l'héritage des almées<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkLZWaV5KiPX0u4GZr-wzl-I2R8y5PLZkxOtKElCrFmSykA_iQn2Nk96OGoVijN6O3pUVJJGYFUKU7jeFfdRJs12vXC97oCJzQFTzK_y7qTTY7nBgprZqmSvc7fnHUUU8qpjaOSjwnY-4/s1600/les-danses-dans-le-monde-arabe.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkLZWaV5KiPX0u4GZr-wzl-I2R8y5PLZkxOtKElCrFmSykA_iQn2Nk96OGoVijN6O3pUVJJGYFUKU7jeFfdRJs12vXC97oCJzQFTzK_y7qTTY7nBgprZqmSvc7fnHUUU8qpjaOSjwnY-4/s320/les-danses-dans-le-monde-arabe.jpg" width="203" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><i>resenha publicada originalmente em <a href="http://leiturasdelaura.blogspot.com.br/2016/04/les-danses-dans-le-monde-arabe-ou.html" target="_blank">Leituras de Laura</a></i></span></div>
<br />
Esse é um livro que deveria ser editado em todos os países onde se
estuda dança do ventre, e que talvez eu devesse ter lido há muitos anos
atrás, mas sabe como é a vida... nunca dá tempo de ler tudo que a gente
gostaria e/ou deveria.<br />
<br />
É uma coletânea de ensaios de diversos autores, começando pelo estudioso
Christian Poché, francês, óbvio, que tem diversas obras muitíssimo
interessantes sobre musicalidade, em especial a música árabe. Não
consigo entender porque ele nunca foi traduzido para o inglês, é
simplesmente uma perda para todos aqueles que não falam francês. <br />
<br />
No ensaio de Christian (olha a intimidade), chamado "La danse arabe:
quelques repères" (A dança árabe: algumas referências), ele trata da
utilização de diversos termos pelos árabes para denotar ou não a dança
ao longo da história. Porque, quem estuda dança do ventre deve ter
percebido, existe uma total inexistência de estudos realizados por
árabes acerca da dança árabe. Só se começa a ter algum tipo de registro
de origem árabe, de estudos ou de forma puramente jornalística, a partir
do século XX. E quando eu digo registro, não é alto do tipo, "na região
Blá existe a dança Blé que se faz assim e assado", não, é algo ainda
mais complicado, é a ausência da palavra em árabe que denomina o ato de
dançar. De todos os textos do livro, esse é o mais pesado e complicado,
mas é realmente essencial para se entender algumas dificuldades
acadêmicas e também o posicionamento de diversos árabes com relação à
dança.<br />
<br />
No ensaio seguinte, da organizadora do livro, Djamila Henni-Chebra, cujo
título é "Égypte: profession danseuse" (Egito: profissão bailarina),
está o melhor texto do livro. No trabalho de Djamila está traçada toda a
história documentada da dança do ventre, num trabalho primoroso de
pesquisa em jornais e revistas egípcios. Pessoalmente, a melhor parte de
ter lido esse texto é ter tido uma confirmação acadêmica e organizada
de tudo o que eu já havia lido em pedaços por aí e que fui juntando na
minha cabeça, Djamila simplesmente traduziu boa parte do que consegui
apreender em 15 anos de dança e estudo num texto preciso e gostoso de
ler. Pensando bem, acho que eu deveria me sentir mal.<br />
<br />
O livro segue com 3 ensaios de danças folclóricas, o primeiro do Egito,
compreendendo em trechos traduzidos da tese de mestrado escrita nos anos
70 por Magda Saleh, prima ballerina do Egito, que hoje vive nos EUA.
Fiquei tão encucada com os trechos desse livro, que são tão ricos e bem
escritos, que agora estou enlouquecida atrás do texto completo de Magda,
e ainda não consegui. Uma tristeza, porque tenho a sensação que a tese de Magda é mais interessante do que a de Farida Fahmi.<br />
<br />
O segundo ensaio de danças folclóricas é de Sellami Hosni, sobre a
Tunísia, que achei interessante, mas eu não me interesso particularmente
pelas danças tunisianas, então não li com tanta atenção.<br />
<br />
E, por fim, um ensaio sobre danças da Algéria, de Brahim Bahloul.<br />
<br />
Olha, é uma leitura obrigatória para quem estuda dança oriental.<br />
<br />
P.S.:Sei que irão perguntar, então, pesquisei antecipadamente, e não encontrei nenhuma tradução desse livro para nenhum outro idioma, portanto, acredito que só tenha em francês. <br />
<br />
<br />
<br />Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-75484410034887037552016-03-08T14:16:00.001-03:002016-03-08T14:32:59.948-03:00Dia da Mulher - Literatura Árabe feita por Mulheres<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgflzD5wPVmG6obpiw_gxQWhcqP1ZGJf9htmXMj2r6C1jmjPqjHzKt055k7T1xCYAfpFIuvg5IFZEk4d7WPZd2bpr-Emk0T-zetWDwtJW5yQkHEEpSJhIff42uUeqNEOwsB6wH6LyugThk/s1600/book2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgflzD5wPVmG6obpiw_gxQWhcqP1ZGJf9htmXMj2r6C1jmjPqjHzKt055k7T1xCYAfpFIuvg5IFZEk4d7WPZd2bpr-Emk0T-zetWDwtJW5yQkHEEpSJhIff42uUeqNEOwsB6wH6LyugThk/s400/book2.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
Esse ano resolvi fazer um post diferente para comemorar o dia da mulher! Em vez de falar de dança, vou falar sobre literatura feita por mulheres no mundo árabe! Infelizmente nem tudo que mencionarei está disponível em português, porque a literatura árabe por aqui ainda não é tão procurada nem tão conhecida. Mas um dia a gente chega lá! Essa também não é uma lista muito extensa, pois vou me restringir apenas ao que já li.<br />
<br />
Vamos começar com o Egito!<br />
<br />
Entre as escritoras árabes que tratam do especificamente do universo feminino e da condição da mulher no mundo árabe existe dois lugares de honra reservados para duas mulheres egípcias incríveis!<br />
<br />
<b>Nawal El Saadawi</b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIomAY57aSPv_48UXl65FTy7BcbVCNXT6ZhqPrPgCdn9MHhRqzxwmr0ho_RsVWkAqk436FOxZft1doN5Lg4-XDv6O22zReDUdTBUjacDIXL51dBZrVs80xSBFU2ncYMmgrWDt0MymPGSA/s1600/NAWALELSADAWWY.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="167" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIomAY57aSPv_48UXl65FTy7BcbVCNXT6ZhqPrPgCdn9MHhRqzxwmr0ho_RsVWkAqk436FOxZft1doN5Lg4-XDv6O22zReDUdTBUjacDIXL51dBZrVs80xSBFU2ncYMmgrWDt0MymPGSA/s200/NAWALELSADAWWY.jpg" width="200" /></a></div>
Essa escritora maravilhosa também é médica, e suas obras são muito influenciadas pelas vivências que ela teve ao visitar o interior do Egito e conhecer de perto a real situação das mulheres fora da capital do país. O que não torna o Cairo isento de ocorrer situações tão assustadoras quanto aquelas descritas nos seus livros. Suas obras ainda podem ser encontradas em sebos em português e existem traduções de Portugal. Aqui os livros que eu já tive a oportunidade de ler dessa grande feminista: <a href="http://leiturasdelaura.blogspot.com.br/2013/08/god-dies-by-nile.html" target="_blank">God dies by the Nile</a> e uma das obras mais icônicas <a href="http://leiturasdelaura.blogspot.com.br/2012/11/woman-at-point-zero.html" target="_blank">Woman at point zero</a>.<br />
<br />
<b>Huda Shaarawi</b><br />
Essa é uma figura importantíssima na história do feminismo árabe, pois foi a primeira mulher a retirar o véu em público como um ato político! Influenciada pelo feminismo das sufragistas europeias, com quem tinha muito contato, Huda escreveu uma auto bibliografia/livro de memórias que é simplesmente DIVINO, chamado Harem Years, que infelizmente ainda não foi traduzido para o português. Mas, vale demais a leitura, e você pode ver a minha resenha sobre o mesmo <a href="http://leiturasdelaura.blogspot.com.br/2012/11/harem-years.html" target="_blank">aqui</a>.<br />
Ela é uma das inspirações para esse vídeo maravilhoso sobre a história do visual feminino no Egito de 1910 a 2010. Ela é a inspiração visual para 1920 :-D<br />
<br />
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Mais informações sobre cada visual desse vídeo estão <a href="https://www.youtube.com/watch?v=ZG-bm_4pxEM" target="_blank">aqui</a>.<b> </b><br />
<br />
<b>Dina</b><br />
<br />
Ok, Dina é bailarina, e das mais controversas da atualidade, mas ela escreveu uma autobiografia extremamente interessante, e que já foi tema aqui no blog, sendo objeto de um mar de posts! Não está num lugar de honra, mas precisa ser mencionada e você encontra os antigos posts sobre sua autobiografia <a href="http://ventredadanca.blogspot.com.br/search/label/Dina" target="_blank">aqui</a>. <br />
<br />
Saindo do Egito e indo para o Líbano temos:<br />
<br />
<b>Joumana Haddad</b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Essa escritora nascida em Beirute também é jornalista, poetiza e ativista feminista! E se não bastasse tem pelo menos uma obra traduzida para o português! UHUUU! O interessante sobre sua obra é que a mesma transcende o mundo árabe, o que torna a leitura muito boa para nós pensarmos também sobre a nossa condição de mulher ocidental. Por enquanto só li um livro dela, mas tenho outros na lista, e você pode ver a minha resenha sobre "Eu matei Sherazade" <a href="http://leiturasdelaura.blogspot.com.br/2012/01/eu-matei-sherazade-confissoes-de-uma.html" target="_blank">aqui</a>.<br />
<br />
<b>Hanan Al-Shaykh</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo7dJJ-m-WEe9EHkjgDkFoBLL9z-kJB7JlJZJM09XIGJfUGCqGUXMTx6t4V_b2-zRQp1WeBxbAEFQSx8RjDEtDfckGxwiQ4JO5U71Ge9X2q32kYCxnii6v3H2AziR_6tUVn95ubB-zPAw/s1600/hanan-photo1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo7dJJ-m-WEe9EHkjgDkFoBLL9z-kJB7JlJZJM09XIGJfUGCqGUXMTx6t4V_b2-zRQp1WeBxbAEFQSx8RjDEtDfckGxwiQ4JO5U71Ge9X2q32kYCxnii6v3H2AziR_6tUVn95ubB-zPAw/s200/hanan-photo1.jpg" width="135" /></a></div>
Outra libanesa maravilhosa! Sua obra mais conhecida é "The story of Zahra", e ela segue a linha de denúncia da Nawal, o que torna a sua leitura bem pesada, mas simplesmente necessária. Você pode ler a minha resenha sobre esse livro <a href="http://leiturasdelaura.blogspot.com.br/2012/11/the-story-of-zahra.html" target="_blank">aqui</a>.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<b>BÔNUS</b> <br />
Agora como bônus, vou sair um pouquinho do mundo estritamente árabe para mencionar uma autora iraniana, mas cuja obra é tão linda que precisa ser colocada aqui: <b>Marjane Satrapi</b>. Essa cartunista de origem persa escreveu graphic novels absolutamente imperdíveis! Entre elas a premiada "<a href="http://leiturasdelaura.blogspot.com.br/2012/10/persepolis.html" target="_blank">Persépolis</a>" (que também virou um filme animado que chegou a disputar o Oscar!), "<a href="http://leiturasdelaura.blogspot.com.br/2015/04/frango-com-ameixas.html" target="_blank">Frango com Ameixas</a>" e "<a href="http://leiturasdelaura.blogspot.com.br/2013/04/bordados.html" target="_blank">Bordados</a>". Hoje Marjane vive na França e suas obras são majoritariamente para crianças, mas a maioria só tem em francês.<br />
<br />
Outro bônus: foi lançado há pouco tempo em português uma tradução da autora turca Gül Irepoglu, algo que é para se comemorar, comentar e indicar o livro "<a href="http://leiturasdelaura.blogspot.com.br/2014/02/a-concubina.html" target="_blank">A Concubina</a>"!<br />
<br />
Que este dia das mulheres amplie nossos horizontes!<br />
<br />Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-71508673767901646902016-02-15T10:52:00.000-02:002016-02-15T11:04:15.507-02:00Histórias da Dança: Tahia Carioca<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid20lIhZMsQqxR_iR4SdkfStlguXPbtJR_aN_cS_-Fk5Xk69a6Q7dwtGVedwyZdPTjsVhLg0QUKHHClmIHcCZmsq-TzFSwjRNy8qA5nJHLSplkPHmZ1mimIxLuPObEhBTB0d5IlAHIB00/s1600/varias+tahia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid20lIhZMsQqxR_iR4SdkfStlguXPbtJR_aN_cS_-Fk5Xk69a6Q7dwtGVedwyZdPTjsVhLg0QUKHHClmIHcCZmsq-TzFSwjRNy8qA5nJHLSplkPHmZ1mimIxLuPObEhBTB0d5IlAHIB00/s400/varias+tahia.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">Tahia Carioca foi um dos grandes ícones da Era de Ouro da Dança do Ventre, que podemos dizer que aconteceu entre 1930 e 1959, aproximadamente. Você pode encontrar vídeos dessa bailarina espetacular em praticamente qualquer coletânea de vídeos dessa época, e todos eles valem a pena ser estudados, pois Tahia foi uma das bailarinas que ficaram conhecidas por elevar o nível técnico da dança oriental no Egito. Tanto que foi chamada pela revista New York Times como uma pioneira da dança oriental moderna, isto é, como ela é dançada hoje.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">Tahia nasceu em Ismalia, no Egito, em 1919 como Badaweya Mohamed Kareem Al Nirani.
Por conta de problemas de convivência com sua família, ela fugiu para o Cairo,
onde foi morar com uma antiga vizinha, Souad Mahasen, que era dona de
uma casa noturna.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">Quando chegou ao Cairo, Tahia começou a estudar dança na Escola de Dança Ivanova, e apesar
de pedir uma oportunidade para trabalhar na casa noturna de Souad, a sua
vizinha queria impedir que a menina recém chegada de sua cidade natal, e por quem ela tinha muito carinho, entrasse
nesse estilo de vida, que desde sempre foi considerado de baixíssima reputação. Alguns relatos indicam que Souad acabou cedendo aos pedidos de Tahia, enquanto
outros indicam que apesar de suas reticências, o rumor da beleza de menina
chegou aos ouvidos de <a href="http://ventredadanca.blogspot.com.br/2015/06/historias-da-danca-badia-masabni.html" target="_blank">Badia Al Masabni</a>, que ofereceu um lugar para ela dançar na sua famosa
Sala.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 115%;">Independentemente de como ela chegou à Sala de Badia, quando Tahia começou a
trabalhar lá em 1933 o seu nome artístico ainda era Tahia Mohamed, porém, foi justamente nessa época que uma
dança se tornou famosa por conta de um filme do Fred Astaire e Ginger Rogers. Essa dança tinha
como nome Carioca, pois era baseada no trabalho da luso-brasileira Carmen Miranda, e,claro, que Tahia começou a dança-la, obtendo um grande sucesso, e foi assim ela ganhou um novo nome artístico: Tahia
Carioca. Mais tarde ela incorporaria passos de danças latinas em suas performances.</span></span></span></div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXKWl_yUGt37d-qcOHLHphBbqsS3XsQeAA1raBkWRGXbxGlpL4uwjZ48WGf7BPVDh_KHvNJGv6EeCa0F47dMkJu7nNTvzK-R7Lx-yv0ST0HZG-QTZtdkY5eVqcLZLgFBi3Svz5SQkXrQE/s1600/tahia+carioca+-+carioca.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXKWl_yUGt37d-qcOHLHphBbqsS3XsQeAA1raBkWRGXbxGlpL4uwjZ48WGf7BPVDh_KHvNJGv6EeCa0F47dMkJu7nNTvzK-R7Lx-yv0ST0HZG-QTZtdkY5eVqcLZLgFBi3Svz5SQkXrQE/s400/tahia+carioca+-+carioca.jpg" width="278" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tahia Carioca versão Carmen Miranda!</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
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<![endif]--><span style="line-height: 115%;">A partir daí o seu sucesso foi galopante. Tahia começou a trabalhar na indústria do cinema
em 1935, e participou de mais de 120 filmes, sem contar peças de teatro e
programas de televisão, incluindo diversas novelas. Ela era tão famosa que muitas vezes
era chamada de a Marilyn Monroe do Egito (título esse que também era atribuído a sua contemporânea Samia Gamal).</span> É importante lembrar que Tahia não só dançava brilhantemente, mas também cantava e atuava.</span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 115%;"><br /></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 115%;">O primeiro filme em que ela aparece como atriz é de 1946 e se chama</span></span><span style="font-family: inherit;"> </span></span><span style="font-weight: normal;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">"<a href="http://www.imdb.com/title/tt0038689/?ref_=nm_flmg_act_57" target="_blank">Laabet el sitt</a>"</span></span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US" style="line-height: 115%;">("O Fantoche da Dama") e um dos pontos altos de sua carreira foi o filme "<a href="http://www.imdb.com/title/tt0049746/?ref_=nm_flmg_act_25" target="_blank">ShababImra</a>" ("A Juventude de uma mulher"), que foi exibido em Cannes em 1956. Ela chegou a ser chamada para participar de filmes em Hollywood, mas havia a exigência que ela fizesse aulas de ballet, pois seus braços foram considerados pouco elaborados, o que ela teria se recusado a fazer pois ela era uma bailarina profissional e não precisava de ajuda para dançar. Sendo rejeitados por Tahia, os produtores de Hollywood fizeram contato com a sua então rival, Samia Gamal, que aceitou a fez história.</span></span></span></div>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">Existem algumas lendas em torno de Tahia Carioca. Por exemplo, dizem que em 1936 ela dançou no casamento do Rei Farouk, do Egito (que na época era uma monarquia), onde dividiu o
palco nada menos do que Um Kulthum, que era uma das suas fãs. Tanto que dizem
que Um Kulthum afirmou que Tahia cantava com o seu corpo (olha aí a leitura musical!). Também existem relatos de
que nesse mesmo evento ela teria dado um tapa no Rei, por ele ter colocado uma pedra
de gelo dentro da sua roupa enquanto ela dançava. De uma forma geral, a relação de Tahia com o Rei Farouk era complicada, encontram-se relatos de que ela adorava a Rainha Farida, esposa de Farouk, e só aturava o Rei por
conta dela, e que depois que os dois se divorciaram ela nunca mais teria aceitado nenhum
convite dele para dançar, incluindo um convite para dançar na sua segunda festa
de casamento. Quando o rei faleceu, sua segunda esposa disse a Tahia que ela
sabia o quanto ela não gostava dela, ao qual Tahia teria respondido que sim,
não gostava, porque ela havia trazido má sorte ao Egito ao se casar com o Rei.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">Na esfera pessoal, Tahia acabou por seguir os passos do seu pai, que se casou nada menos do que 7 vezes, casando-se ela
mesma 14 vezes (!!!!!) com diversos atores e homens de negócios, incluindo um
americano que mais tarde também foi casado com Samia Gamal. Apesar de tantos
casamentos, Tahia nunca conseguiu engravidar, o que era algo que a entristecia,
mas em compensação ela dava atenção especial aos seus sobrinhos, além de ter
uma filha adotiva, Atiyat Allah.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">Fora das telas e do palco, Tahia também mantinha uma vida política ativa. Até a
revolução de 52, ela era leal ao Rei Farouk e à Monarquia, tanto que em 1953 chegou a ser presa pelo
Nasser (que viria a ser o segundo presidente do Egito em 1956 e que foi um dos líderes da revolução de 52), que a manteve na prisão por 110 dias, isso por </span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">ela </span></span>ter expressado em público o
seu desejo de ver a volta do regime anterior.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">A partir de então, Tahia se manteve politicamente ativa na luta pelos direitos
dos egípcios, chegando até mesmo a entrar em greve em 1987, por conta de uma
nova legislação que diminuía os direitos trabalhistas, inclusive dos atores.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">Tahia era famosa entre os egípcios por conseguir ser sedutora sem ser
vulgar, e esse tipo de citação pode ser encontrada em diversas fontes. Até Edward Said (famoso historiador palestino conhecido por sua obra "Orientalismo") é mencionado por ter dito certa vez que ela era
capaz de ser sedutora sem se esforçar, sem ser vulgar, que ela era capaz de
dominar as autoridades sem perder a compostura, além da forma franca e direta
que era capaz de contar suas experiências fracassadas com os homens (também, com 14 casamentos, haja história!).</span></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">De certa forma, pode-se dizer que Tahia incorporava diversos traços que os egípcios gostam de
ver e com as quais eles se identificam. Ela tinha uma personalidade muito forte, não se deixando
dobrar com facilidade, mas sem deixar de ser simpática e encantadora.</span></span></span></span></span></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><!--[if gte mso 9]><xml>
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<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></span></span></span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;"><!--[if gte mso 9]><xml>
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<![endif]--><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span></span></span></span></span></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">Como exemplo disso, existe uma citação dela que diz "Quando eu dançava, ninguém falava,
e nenhum garçom servia nada. Eu simplesmente não permitia. Certa vez um homem
estava falando durante o meu show em Beirute, e eu bati nele com minha bengala
até ele se calar! Hoje em dia as casas noturnas são muito barulhentas, e as
bailarinas vulgares demais. Eu não aprovo."</span></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span></span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">Apesar do relacionamento conturbado com seus familiares e com os fãs
egípcios por ela ser bailarina, Tahia foi uma das artistas mais amadas do Egito. Ela
se aposentou da dança 1963, continuando na carreira de atriz. Quando ficou mais
velha, fez a peregrinação a Meca e passou a usar véu, o que a deu ainda mais
credibilidade no Egito. Os egípcios adoram histórias de bailarinas que se tornam mais religiosas e param de dançar.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span></span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">Após passar seus últimos 13 anos de vida dedicando-se ao Islã, ela
faleceu em 1999, aos 80 anos, por conta de um ataque cardíaco, e o seu funeral foi um grande acontecimento público, com a procissão
sendo liderada pelo ministro da cultura da época, Farouk Hosni.</span></span><br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">E como não poderia deixar de colocar aqui, Tahia Carioca para o nosso deleite!</span></span><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/73SclyDrbR0" width="420"></iframe>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fontes:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span><br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
<a href="http://hossamramzy.com/index.htm" target="_blank">Hossam Ramzy</a><br />
<br />
<a href="http://www.gildedserpent.com/" target="_blank">Gilded Serpent</a><br />
<br />
<a href="http://www.shira.net/" target="_blank">Shira</a> </span></span><br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><a href="http://bodyraksbellydance.com/" target="_blank">Body Raks Bellydance</a></span></span><br />
<br />Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-16477115445675927622016-01-21T15:20:00.000-02:002016-01-21T15:20:24.684-02:00Estilos e Leitura musical: dançando solos de derbake - AsmahanUma dúvida frequente das bailarinas de dança do ventre é como fazer na hora de dançar um solo de derbake ao vivo?<br />
<br />
O grande mestre <a href="http://hossamramzy.com/" target="_blank">Hossam Ramzy</a> explica que bons solos de derbake são feitos em partes de 4, isto é, cada pedaço do solo se repete 4 vezes, dessa forma, há tempo hábil para a bailarina aperfeiçoar a leitura de cada parte durante as suas repetições, além de dar uma cadência deliciosa na música. Essa forma de ver a leitura parte do princípio que o músico cria e a bailarina transforma o som em movimento (leia tudo sobre o que o mestre fala sobre leitura musical sobre esse ponto de vista no site dele, vale a pena).<br />
<br />
Mas e se for ao contrário?<br />
<br />
Observando diversos vídeos de bailarinas orientais, podemos encontrar vezes em que a bailarina dança e o músico é que segue, ele é que transforma os movimentos dela em sons.<br />
<br />
Há algum tempo atrás me deparei com esse vídeo da bailarina egípcia Asmahan, e toda vez que o assisto eu preciso me segurar para não gargalhar alto. Nesse vídeo, Asmahan está dançando no Marrocos, com um derbakista que não está acostumado com esse tipo de "ponto de vista", e a bronca e as brincadeiras que ela faz por conta da falta de percepção do rapaz são simplesmente imperdíveis.<br />
<br />
Vejamos!<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/J1_T-Q2yHOQ" width="560"></iframe>
<br />
A brincadeira começa quando ela começa a tentar mandar na orquestra em mais ou menos 1:45, ela quer um solo dos violinistas e começa a ler lindamente o que o violinista mais sênior está tocando. Daí o vídeo tem um corte em 2:15 para um solo de acordeon (que na verdade é o teclado, mas e daí?), que ela também lê lindamente com movimentos sinuosos. Em 2:35 tem outro corte no vídeo, para o solo de guitarra seguido por um solo do outro teclado. O vídeo infelizmente é muito cortado, pois tem outro corte em 3:18 para o solo da percussão, e aí quando a orquestra volta ela tenta pedir um certo tipo de som logo antes de mais um corte (daí não sabemos se os músicos entenderam! hahahaha) em 3:40. A parte divertida mesmo começa em 3:58. O solo de derbake! Você começa a ver que ela tenta pedir um certo tipo de som ao mover o shimmie para as laterais, mas o derbakista não está nem aí. Aí Asmahan começa a brincar com o público, que ele não está entendendo nada. Depois de mais um corte em 4:48 parece que a coisa deu uma melhorada, mas aí em 5:15 ela meio que perde a paciência, ele não percebeu que ela mudou o movimento e não fez as batidas com sonoridade adequada para o que ela quer, daí ela ignora o que ele está tocando e vai na direção dele olhando fixo e repetindo o movimento sem parar. Ele, coitado, parece não estar entendendo que aquilo é uma chamada de atenção e mesmo olhando pra ela continua viajando na música da cabeça dele. Em 5:31 ela resolve sacanear mais um pouco e vira para o público, ela não gosta do que está ouvindo. Aí ela pega a cabeça do pobre coitado e aponta pra ela, mostra mais uma vez o movimento, e ainda nada. Até ela pedir pra ele simplesmente parar de tocar, em 5:50, e olhar pra ela. Aí ela mostra o movimento e ele toca, não está certo, ele tenta de novo, não, na terceira tentativa, olha a cara dela, aha! É isso! Aí ela começa a brincar na velocidade, e ele começa a acompanhar, mas logo dá mole (em 6:03), mas se recupera! Aí o público responde, claro! E Asmahan nem pensa duas vezes, vai para a beira do palco, manda o derbakista ficar quieto (em 6:30) e pede palmas para o shimmie dela. O derbakista não se segura e começa a acompanhar, claro, daí ela acrescenta marcações fortes de cabeça e braços e PEDE para o derbakista acompanhar, ele nada, claro. Então, a orquestra retoma em 6:59, e como a música é conhecida, Asmahan consegue trabalhar em cima. Em 7:50 o cantor sobe no palco e ela vai brincar com ele, querendo ver o que ele consegue fazer com o quadril, como ela rouba o microfone dele, ele quase perde a entrada dele da música e precisa pegar correndo o microfone em 8:00! Eu mencionei que esse vídeo é hilário? Pois bem. Ela ainda tenta controlar as coisas, mas, gente, tá difícil!<br />
<br />
Vocês conhecem mais algum vídeo engraçado desse jeito com músicos que não estão entendendo as deixas? Se sim, compartilhe nos comentários! <br />
<br />
Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-14136433268079552432016-01-04T15:22:00.000-02:002016-01-07T16:36:55.938-02:00Estilos e leitura musical - Lissa Faker (revisto)Ano novo que começa, é o momento para alimentar a nossa alma e nos encher de ideias para o ano que está começando!<br />
<br />
Esse post deve ser curtinho, mas tem material para estudar por um bom tempo! Venho mostrar a vocês dois vídeos de duas bailarinas maravilhosas dançando a mesma música para que possamos estudar dois estilos diferentes fazendo uma belíssima leitura musical!<br />
<br />
A música é <a href="http://www.dancadoventrebrasil.com/2010/11/traducao-lessa-faker.html" target="_blank">Lissa Faker</a>, da maior cantora árabe de todos os tempos, a egípcia Oum Kalthoum, de quem pretendo falar ainda esse ano no blog. Vale a pena reparar nas diferenças de arranjo entre as duas versões.<br />
<br />
A primeira bailarina é a "diva-mór" Fifi Abdo, que eu tive o privilégio de ver ao vivo em Porto Alegre. Fifi não é conhecida por ser uma bailarina de muitos passos e variações, pelo contrário, mas a sua genialidade está na forma como ela consegue fazer o mesmo passo parecer sempre novo, espontâneo, na sua incrível presença e carisma. E, claro, no seu quadril bizarramente soltinho. A sua versão de Lissa Faker é um solo de alaúde, instrumento que combina demais com o seu tipo de movimento de quadril mais característico. Vale notar também o público cantando a letra no fundo no final!<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/AG-cqek5EOw" width="420"></iframe>
<br />
<br />
Em termos de leitura musical da Fifi, repare que durante a primeira parte (até 2:38) a melodia se repete algumas vezes, e se você prestar atenção você vai ver que ela repete o que ela faz nas repetições. Repare que ela alonga os movimentos no momento em que a melodia dá uma "arrastada", às vezes ignorando o som vibratório do alaúde (fazendo movimentos sinuosos), às vezes acompanhando a vibração com shimmie. Em especial, a última frase dessa primeira parte aparece novamente no final do vídeo, e ela repete os movimentos, linda. Pessoalmente acho lindas as pausas que ela faz em 4:20 e 4:47.<br />
<br />
A segunda bailarina é Lucy, outra diva dos anos 90 do Egito, que anda meio sumida ultimamente. Sua versão de Lissa Faker também tem um taksim, mas de qanoun, o que também pede shimmies, mas de outra qualidade, menorzinhos, como ela mostra tão lindamente na sua dança. Mas sua versão da música também tem momentos orquestrados e um curto taksim de flauta, e a sua leitura musical é absolutamente perfeita. É um vídeo para se rever e rever e rever muitas vezes.<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/L91GJqgtnAk" width="420"></iframe>
<br />
<br />
Lucy começa lendo o solo do qanoun com um shimmie bem pequininho, perfeito para o instrumento, depois cresce o movimento na entrada do violino, fazendo mudanças de direção. Quando começa a orquestra, ela cresce junto, marcando com os "alongamentos" da melodia, dando ênfase em 0:49, e continua lendo a melodia com o quadril até o início do acordeon em 0:59. Aí ela faz apenas básicos egípcios, numa leitura bem baladi do instrumento, voltando a leitura da melodia quando volta a orquestra em 1:08. Repare que ela volta com leves deslocamentos, marcando a diferença de tamanho entre os solos e a orquestra, e que no final, em 1:27, ela desloca a leitura pelo corpo, terminando na mão, fechando a frase. Perfeito. Até porque a música segue com o qanoun, que ela lê marcando suas pausas, e quando a orquestra responde em 1:35 ela faz giros, terminando no exato momento em que retorna o qanoun, outra resposta da orquestra ocorre em 1:46, e ela lê perfeitamente a melodia até novo retorno do qanoun em 1:53. Em 2:04 ela repete o que houve em 1:35. Depois durante o solo do qanoun, o violino aparece e ela responde também. Deusa. O fechamento em 2:30 é particularmente bonito. Quando a orquestra retorna ela volta a leitura com leve deslocamento, pegando a melodia todinha. Em 3:02 vem o taksim de flauta, e ela capricha, muda posicionamento e coloca tudo em movimentos de braços, mudando de direção quando o violino surge. A orquestra retorna em 3:10, e a diva pega tudo, finalizando em 3:21. Retorna o qanoun e ela parece que lê ainda mais a melodia do solo, fazendo um deslocamento com a resposta da orquestra em 3:35, e voltando ao qanoun em 3:40. A orquestra volta em 3:54, e ela marca com mudanças de direção, e o qanoun marca de novo presença em 4:01. Em 4:13 a orquestra responde de novo, e ela pega toda a melodia. Fico emocionada quando vejo essas coisas. E aí o qanoun volta, com pequenas marcações da orquestra, que ela pega com variações do quadril ou dos braços. Em 5:00 vem um taksim do qanoun, e ela pega tudo, a danada, o público a anima em 5:21 (yalla!) e a música retoma com o qanoun e a orquestra no fundo, indo para o final da apresentação, e ela termina igual a Fifi! <br />
<br />
Aliás, esses dois vídeos, com essas duas versões da mesma música, são maravilhosos para ilustrar a diferença entre esses dois instrumentos musicais e suas leituras. Nada como aprender com grandes mestras!<br />
<br />
Para quem quiser, segue também a versão "completa e original" da música! Mas prepare-se, são 46 minutos de divação! Repare que a parte que Lucy e Fifi dançam é apenas o início da música, que aqui não é um taksim, tem uma entrada com a orquestra e só depois Oum Kalthoum começa a cantar.<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/GC2LOklXyeg" width="420"></iframe>
<br />
E que 2016 seja assim, com muito shimmie, muita dança, muito lililili e muita inspiração!<br />
<br />
<i>Nota de revisão:</i> Primeiramente eu descrevi a versão que a Fifi dança como um taksim, mas como foi bem apontado pela <a href="http://www.almanack.com.br/" target="_blank">Rebeca Bayeh</a>, taksim não é só um solo, envolve também improviso. Dentro da versão da Fifi tem taksim, assim como na versão da Lucy, mas a peça em si não é um taksim :-) Aproveitei a revisão para fazer descrições mais detalhadas dos vídeos.Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-59051620793423998272015-06-09T17:42:00.000-03:002015-06-09T17:42:32.105-03:00Histórias da Dança: Badia Masabni Desde o início do ano eu tenho andado meio sumida, mas isso apenas significa que andei estudando muito, repensando um monte de coisas... e que apesar de não ter escrito, muitas ideias têm passado pela minha cabeça, mesmo que elas ainda não tenham se transformado em posts.<br />
<br />
Então, resolvi que para voltar aos poucos, tirando as teias de aranha do blog, era melhor começar com algo bem tranquilo, em termos de não conter nada que cause grande alvoroço na comunidade dançante, mas que, claro, seja algo inédito em português :-)<br />
<br />
Nesses últimos meses resolvi me aprofundar na história documentada da dança do ventre, e nesse processo acabei topando com a lendária Badia Masabni. Descobri algumas fontes bem interessantes, que tratam bem detalhadamente sobre a vida dela, fiz um grande apanhado de tudo o que encontrei que tivesse um fonte minimamente confiável, e hoje trago para vocês a primeira parte da minha pesquisa.<br />
<br />
Espero que gostem e fiquem de olho! Isso é apenas o começo...<br />
<br />
Beijos!<br />
<br />
Lalitha<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-large;"><strong>Badia Masabni</strong></span></div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcWeeWdPah0qy4J4f8N-S3v11tCxPCB9x_I-SxP7y5vzuaLPtmjJzS4FjgT8mLH-vMubgxnSjK4ZW9SDubfKgTaF96blSUmRbiDGi36PfmeMA23XOKeWKSU0Si95pc4XjOFAUBQmYY0k8/s1600/badia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcWeeWdPah0qy4J4f8N-S3v11tCxPCB9x_I-SxP7y5vzuaLPtmjJzS4FjgT8mLH-vMubgxnSjK4ZW9SDubfKgTaF96blSUmRbiDGi36PfmeMA23XOKeWKSU0Si95pc4XjOFAUBQmYY0k8/s400/badia.jpg" width="206" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Badia Al Masabni</td></tr>
</tbody></table>
<br />
De acordo com a sua autobiografia, Badia nasceu em Damasco (atual Síria) em 1894. Aos sete anos de idade, ela foi estuprada pelo dono de um café, que passou apenas quatro semanas na cadeia pelo crime, enquanto a vida de Badia mudou para sempre. Para evitar a
sequente fofoca e a vergonha pelo o que aconteceu com uma das suas filhas, os pais de Badia levaram a família para a Argentina. Foi lá que Badia descobriu sua paixão pela música, dança e teatro.<br />
<br />
Durante a sua adolescência, quando Badia entrou numa idade propícia para se casar, a família retornou à Síria. Porém, o seu passado não havia sido esquecido, e encontrar um marido se tornou uma tarefa muito difícil. Quando Badia finalmente se tornou noiva, os vizinhos contaram à família do noivo sobre o estupro, e o noivado foi interrompido.<br />
<br />
Percebendo que lá ela não teria chance de prosperar, Badia decide fugir para Beirute, no Líbano. No trem, ela conhece uma mulher simpática que se oferece para ajuda-la, e quando elas chegam a Beirute, Badia descobre que a mesma “mulher simpática” era dona de um bordel. Sem ajuda da família, e sem ter uma profissão, Badia pensa numa solução para ganhar dinheiro que não envolva se prostituir, e assim ela se dedica às duas paixões da sua vida: canto e dança. Quando a sua mãe chega a Beirute para leva-la de volta para casa, Badia a convence a acompanha-la ao Cairo. Ela tinha 17 anos.<br />
<br />
Já nessa época o Cairo era conhecido por ser um grande centro cultural, e Badia encontrou trabalho interpretando pequenos papéis na companhia teatral George Abiad. Ela mentia para sua mãe, dizendo que tinha conseguido um emprego noturno como costureira. Quando chegou o verão, época em que a companhia suspendia as apresentações no Cairo para fazer turnês pelo interior, Badia foi convidada a
ir junto, dessa vez interpretando um papel importante. Então, sua mãe descobriu a verdade sobre o seu emprego e a forçou a pegar um trem de volta para casa. Quando o trem estava saindo para Alexandria, onde elas tomariam um navio para Beirute, Badia saltou do trem já em movimento e fugiu correndo. Ela conseguiu alcançar a companhia de teatro um dia antes deles partirem.<br />
<br />
Em 1914, aos 20 anos, Badia estava atuando em Beirute, no famoso teatro da francesa Madame Jeanette, que empregava apenas artistas europeus, que se apresentavam para a elite libanesa. Mas Badia conseguiu convencer Madame a deixa-la atuar e cantar em árabe. Então,
em setembro de 1914, Badia estreou acompanhada de duas mulheres austríacas, que tocavam alaúde e kanoun. Ela escolheu apresentar uma canção folclórica síria, dançando, cantando e tocando snujs, tudo ao mesmo tempo. Foi um grande sucesso, e ela ganhou uma apresentação fixa no teatro.<br />
<br />
Badia continuou trabalhando pelo Líbano e pela Síria. E houve um episódio em Damasco, quando ela foi atacada por um dos seus irmãos, que quase a matou, tentando limpar a honra da família. Nessa época ela começou a trabalhar com a companhia do egípcio Nagib El Righany. Em 1921, ela retorna ao Cairo junto com ele, como a estrela da companhia. Todas as noites, Badia apresentava uma dança diferente, uma música nova e um figurino novo, o que mantinha o público muito intrigado e os fazia retornar.<br />
<br />
Badia e Nagib se envolveram romanticamente e terminaram por se casar, mas o casamento foi conturbado e não durou muito tempo, apesar do relacionamento dos dois durar a vida inteira. Em 1926, Badia terminou de forma definitiva o casamento e abriu a sua própria casa
de espetáculos, chamada Sala Badia Masabni, na Rua Emad El Din. (sala em árabe significa “hall de entrada”, podendo ser traduzido, nesse caso, de diversas formas, uma delas é Casino, que até é usado em árabe para descrever essas casas noturnas, mas é importante lembrar que esses Casinos não envolviam jogos de azar, eram casas noturnas com diversos tipos de espetáculos)<br />
<br />
No início ela era praticamente a única artista se apresentando, mas conforme o seu sucesso cresceu, também aumentou a variedade das apresentações, que passou a incluir diversos músicos, peças de teatro, e depois dança oriental. Como outras casas da época, Badia
começou contratando bailarinas de outras nacionalidades, como a turca Afranza Hanem.<br />
<br />
Em 1928, Badia abriu uma casa noturna de veraneio, dessa vez em Alexandria, em El Selsela, chamada Sala Badia. Ela incluía um café, um jardim e uma vista espetacular do mar. Afranza Hanem também se apresentou lá. Essa casa funcionou apenas durante o verão de 28.<br />
<br />
É importante ressaltar que até meados dos anos 20, a maioria das bailarinas se apresentava apenas em eventos, em casas particulares (casamentos, noivados etc), pequenos cafés ou em festivais ao ar livre. Dessa forma, ao levar bailarinas para a sua Sala, Badia
precisou então contratar diversos artistas e coreógrafos para ajudar na adaptação da dança para o palco. Entre eles estavam Isaac Dixon, Robbie Robinson e Khristo Kladax, este último pode ser encontrado no Youtube dançando junto com Ketty e Nadia Gamal, em números de dança moderna. Foi nessa época também que surgiu o figurino mais associado com a dança do ventre, com o cinturão e o bustiê.<br />
<br />
Em 1930, Badia voltou sua atenção para o desenvolvimento da sua Sala na rua Emad El Din. Nesse ano ela aumentou ainda mais a quantidade de músicos e bailarinas, entre essas últimas estavam Bouthania, Nadira, Khayriya e a libanesa Beba Ezzel Din, que se tornaria uma figura importante em sua vida.<br />
<br />
Nesse ano também, Badia abriu uma nova casa noturna de veraneio, dessa vez em Gizé. Após diversas obras de melhorias, a casa reabriu em 1931, com um cinema chamado Cinema Badia, um teatro chamado Teatro Badia e uma casa noturna, com o nome Cabaret Badia. O complexo era chamado de Casino Badia.<br />
<br />
Durante essa época, diversos artistas começaram a trabalhar com Badia, incluindo Tahia Carioca, que entrou para a grade de shows em 1933, quando a sua antiga “patroa” Souad Mahasen se aposentou. (o que é discutível, outras fontes indicam que Souad não queria que Tahia, que era da sua cidade natal entrasse para esse meio de reputação discutível, mas que a beleza de Tahia acabou por chegar nos ouvidos de Badia, e aí... o resto é história)<br />
<br />
Um raro vídeo da Badia dançando com algumas bailarinas do seu Casino, entre as meninas do coro está Tahia Carioca!
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/B49HWCui_QM" width="420"></iframe>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">
<br />
Enquanto isso, Badia continuou investindo na sua carreira como atriz, fazendo diversas turnês teatrais. Durante essas turnês ela entregava a administração da Sala Badia no Cairo para o seu sobrinho Antoine, que era casado com a sua filha adotiva Juliet. Porém, o
casamento entre os dois era de conveniência e eles não se davam bem, o que traria muitos problemas para Badia no futuro.<br />
<br />
Em 1935 Badia tenta um movimento radical, ela anuncia que vai se aposentar dos casinos e do teatro e trabalhar apenas no cinema. O seu primeiro filme, Malikatel Massareh (Rainhas do Teatro), é lançado em 36, mas é um fracasso de bilheteria. Isso porque no mesmo ano foi lançado um grande filme com Um Kulthum. Logo em seguida, por motivos financeiros, Badia desiste de se aposentar e volta a trabalhar nos casinos e produzindo peças de teatro.<br />
<br />
Porém, quando ela retorna, descobre que o seu sobrinho Antoine havia vendido a Sala Badia para a sua amante, a bailarina libanesa Beba Ezzel Din (eu disse que ela se tornaria importante!). Beba já havia despedido grande parte dos artistas da casa, incluindo Tahia. Na noite de estreia da casa com
nova administração, Beba colocou diversos seguranças para impedir a entrada da antiga proprietária.<br />
<br />
Além disso, Beba manteve o nome da casa, lucrando com o nome de Badia.<br />
<br />
Em 1937, sem uma casa noturna, Badia alugou o teatro Brentania e produziu diversas peças para recuperar suas finanças. E, além disso, aproveitou o verão desse ano com sua casa noturna de veraneio em Gizé.<br />
<br />
No final de 1938, ela abriu uma nova casa noturna na rua Emad El Din, ao lado da antiga Sala Badia, agora Sala Beba, e lhe deu o nome de Casino e Cabaret Badia. Tahia Carioca foi recontratada e dançou na noite de abertura. Apesar das casas noturnas serem uma
do lado da outra, a casa de Badia recebia uma clientela de alta classe, da elite do Cairo, enquanto a casa de Beba recebia clientes mais populares, que muitas vezes ficavam embriagados e arranjavam confusão.<br />
<br />
Em 39, Badia se concentrou nas suas casas noturnas e criou uma trupe de bailarinas, incluindo Tahia Carioca, que ela mesma ensaiava e ensinava.<br />
<br />
Porém, no mesmo ano começou a segunda guerra mundial, que teve um impacto negativo no ambiente da rua Emal El Din, que passou a estar sempre cheia de soldados bêbados.<br />
<br />
No ano seguinte, Badia conseguiu um empréstimo e comprou uma nova casa noturna, maior e mais bem localizada, na Royal Opera Square, com o primeiro palco em forma de arena para casas desse estilo. E essa casa noturna é que ficou conhecida como Casino Opera. Foi nesse Casino que surgiram as primeiras grandes estrelas da dança do ventre e do cinema egípcio. Além de Tahia Carioca, começaram no seu palco Samia Gamal, Nadia Gamal (que depois iria para o Líbano), Ketty, Hoda Shamsadine, Hagar Hamdy e Naima Akef (apesar de algumas fontes indicarem que ela na verdade começou na casa de Beba). Grandes músicos e cantores também começaram sua carreira lá, como Farid El Atrache, Ibrahim Hammouda e Mohamad Abdel Wahab.<br />
<br />
Em 1950, após 10 anos de grande sucesso no casino mais famoso do Cairo, Badia decidiu vender a casa. Alguns fatores importantes a levaram a essa decisão.<br />
<br />
Após o final da segunda guerra, Badia colocou novamente o seu sobrinho Antoine, a quem havia perdoado, na administração do Casino, além de convida-lo a viver na sua casa. O Casino também havia sido transferido para o nome dele, para facilitar o processo de
herança caso algo acontecesse com ela. Ela decide então viajar pela Europa, em busca de novos talentos para o Casino.<br />
<br />
Quando ela retorna de viagem, descobre que Antoine havia desaparecido, deixando a casa dela totalmente vazia e o Casino sem ninguém para administrar. Para piorar, quando ela finalmente encontra Antoine, ele está com uma nova amante, a atriz Soraya Helmi, com quem
ele havia gasto uma enorme quantia de dinheiro, contraindo uma grande dívida. Em troca da devolução do Casino Opera, ele pede que ela pague todas as suas dívidas, o que Badia acaba aceitando.<br />
<br />
Nessa mesma época, Beba Ezz El Din pede desculpas a Badia pelo o que havia feito no passado, e após as duas fazerem as pazes e acabarem por brigar novamente por conta do comportamento de Beba no Casino, Beba começa a espalhar o rumor de que Badia quer vender a casa.<br />
<br />
A cereja do bolo foi a morte do seu antigo marido, Nagib El Righany, em meados de 1949.<br />
<br />
Após a morte dele, Badia viaja ao Líbano e se apaixona por um jovem rapaz, cujo sonho era abrir uma livraria, mas que precisava da ajuda financeira dela para isso. Ela decide então voltar ao Cairo e realmente vender o Casino.<br />
<br />
Badia então contata o seu advogado, solicitando que realize a venda, e aceita uma das primeiras propostas que surgem, sem saber que era de Beba. Quando ela descobre, Badia decide manter a venda, mas inclui uma cláusula que obriga Beba a manter o nome Casino Opera
após a compra. Beba mantém a propriedade do Casino apenas até 1951, quando morre num acidente de carro.<br />
<br />
Mas Badia ainda tem uma estrada tortuosa pela frente, o seu advogado não a avisou que de acordo com a nova legislação do Egito, qualquer venda desse tipo deveria ser informada ao Fisco dois meses antes do anúncio da venda, senão o negócio seria considerado
como evasão de impostos, sendo sujeito a uma multa a ser estipulada arbitrariamente pelo Fisco. Ela seria obrigada a pagar essa multa ou ir para a cadeia.<br />
<br />
Badia é pega de surpresa ao ser avisada de uma multa a ser paga com um valor superior à venda que havia feito. Ela então consulta um novo advogado, que além de confirmar que ela tinha mesmo essa multa a pagar, sugere que ela venda rapidamente todas as suas posses no
país, senão seus bens seriam confiscados, o que ela faz rapidamente. Ela decide então que a melhor solução seria fugir do país, de forma que ela pega todas as suas jóias e dinheiro e vai para o aeroporto, onde ela é presa.<br />
<br />
Após pagar uma fiança, ela vai novamente ao aeroporto, onde ela paga uma quantia generosa para um estrangeiro
que a leva num jato particular para o Líbano.<br />
<br />
A primeira coisa que ela faz ao chegar lá é solicitar novamente por sua cidadania libanesa, o que lhe é dado em setembro de 1950. Ela acaba por não se casar com o jovem que queria uma livraria, mas sim com outro rapaz, 22 anos mais novo, mas o relacionamento dura
apenas 2 meses.<br />
<br />
Depois, Badia acaba comprando uma fazenda no interior, onde ela também mantém uma espécie de cafeteria, e lá
passa o restante dos seus dias.<br />
<br />
</span><br />
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjkQNsI8cQWN6yFjdC3nYHxh9mJ1XRer-wuPfBrGkIwkUCeR_SE5gPYS56SllOSwtr4imDK0aQieKR4-bx6YAhLccHTyHgRqkr35aROIK2TFPojyx_C4oHnGa3A8DLNxdmnTBZHrd0FRs/s1600/badia+e+tahia+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="169" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjkQNsI8cQWN6yFjdC3nYHxh9mJ1XRer-wuPfBrGkIwkUCeR_SE5gPYS56SllOSwtr4imDK0aQieKR4-bx6YAhLccHTyHgRqkr35aROIK2TFPojyx_C4oHnGa3A8DLNxdmnTBZHrd0FRs/s320/badia+e+tahia+1.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tahia Carioca visita Badia em sua fazenda no Líbano</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyabpKu5CaaTmH0J6IM1ZUvEECv1Ud76qaXLGjMkajGArMJWrCmjG1a-6hhIiRjr_m6eoJh3src0ftkyjirxpOa7XzYYeDq3XetdxI_yGLGDsm3r-yHKSeN8DmcDJ4ylpjiF2YQ767oog/s1600/badia+e+tahia+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="169" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyabpKu5CaaTmH0J6IM1ZUvEECv1Ud76qaXLGjMkajGArMJWrCmjG1a-6hhIiRjr_m6eoJh3src0ftkyjirxpOa7XzYYeDq3XetdxI_yGLGDsm3r-yHKSeN8DmcDJ4ylpjiF2YQ767oog/s320/badia+e+tahia+2.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Badia mostra sua fazenda para Tahia Carioca</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI2Xj9UiDPkZbdsogFEHoMzoADVHUo5gy2b5bZc-IeQFo_c-_MzScrHcwPFCIAN323FdFSjDI8b1m6dmOTnk-JFoDFcNNdQ_PZrJfVyrh997tQOSBnyl8c4cLhGbIWr114HEG8XZi6O0k/s1600/badia+e+tahia+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="185" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI2Xj9UiDPkZbdsogFEHoMzoADVHUo5gy2b5bZc-IeQFo_c-_MzScrHcwPFCIAN323FdFSjDI8b1m6dmOTnk-JFoDFcNNdQ_PZrJfVyrh997tQOSBnyl8c4cLhGbIWr114HEG8XZi6O0k/s320/badia+e+tahia+3.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tahia e Badia na lanchonete da fazenda</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<o:p></o:p> Para dar um gostinho, um pedacinho de uma entrevista de quase uma hora que ela deu para uma emissora de televisão árabe, onde ela aparece cantando e tocando snujs:<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/N6TgadV3OjI" width="420"></iframe>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times New Roman;">
</span><o:p></o:p></div>
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
Fontes:<br />
<br />
<a href="http://hossamramzy.com/index.htm" target="_blank">Hossam Ramzy</a><br />
<br />
<a href="http://www.gildedserpent.com/" target="_blank">Gilded Serpent</a><br />
<br />
<a href="http://www.shira.net/" target="_blank">Shira</a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">
</span><span style="font-family: inherit;">
<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"></span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"></span></span><br />Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-27431360984798366642014-12-30T18:50:00.001-02:002014-12-30T18:50:32.992-02:00AgradecendoNo apagar das luzes de 2014 resolvi fazer uma lista rápida de agradecimentos pelo ano que está acabando, com esperanças de um 2015 ainda melhor!<br />
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2014 foi um ano difícil pessoalmente para mim, mas foi um ano de grandes oportunidades na dança!<br />
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Foi em 2014 que pude estudar no intensivão da Rachel Brice, de quem sou fã incondicional desde que a descobri nas Bellydance Superstars. Rachel é uma professora tão maravilhosa quanto ela é uma bailarina fantástica. Ela consegue ser capaz de fazer qualquer um acreditar que pode dominar qualquer técnica, suas aulas são uma experiência sensacional.<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/Q5Tr7x6BxPk" width="560"></iframe>
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Em 2014 tive o privilégio de passar uma semana com os grandes mestres Serena e Hossam Ramzy, na Imersão organizada pela Dani Agnis em São Paulo (ATENÇÃO: QUEM PERDEU HOSSAM E SERENA ESTARÃO DE VOLTA AO BRASIL EM AGOSTO DE 2015!). Além de serem grandes mestres, posso dizer que são os professores de seu status mais acessíveis que já vi em toda a minha vida. Durante a imersão não há tempo ruim ou momento em que suas perguntas ou dúvidas deixarão de ser respondidas, sério. Além de passar a maior parte do tempo estudando com eles, você ainda pode tomar café da manhã, almoço ou o jantar ao lado deles conversando sobre o que quiser sobre a dança ou cultura árabe. No final do dia ainda tem um sarau, onde após as danças da noite ainda é aberta uma roda para perguntas que, juro, não tem hora para acabar. Enquanto houver perguntas sobre o assunto da noite eles ficarão lá respondendo. É uma experiência que muda a vida de uma bailarina para sempre. Você sai outra pessoa da imersão, é lindo. Ainda vou falar muito deles em 2015, aguardem!<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/cUTwaWYGw2M" width="560"></iframe>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/dpSa2SEnFh8" width="560"></iframe>
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Ainda nos pontos altos de 2014, não posso deixar de mencionar de jeito nenhum a vinda da grande ídolo Fifi Abdou à Porto Alegre na época do meu aniversário (obrigada aos Deuses pelo presente!). Aos mais de 60 anos de idade, Fifi infelizmente não tem mais o fôlego de quando era a Menina Baladi do Egito, mas ainda é a pessoa mais linda e charmosa que já vi ao vivo em toda a minha vida. Vídeo nenhum faz jus a essa mulher ao vivo. Ela é uma encarnação da Deusa Afrodite, só pode ser.<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/8NX5U4UWVMQ" width="560"></iframe>
<br />
Ainda no mesmo evento, tive o prazer de conhecer o professor egípcio Asi Haskal. O que é esse homem minha gente? Parece um ser vindo do século passado para nos ensinar a dança do ventre tradicional! E que simpatia! E que técnica para ensinar sensacional! As aulas dele são para levar para sempre na sua vida, incrível.<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/ku4AiJYAZ-4" width="420"></iframe>
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E 2014 ainda teve um Festival Luxor sensacional: Randa Kamel, maravilhosa como sempre! Suas aulas deixam qualquer uma quebrada, essa mulher é uma força da natureza!<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/mlzkUrNxoU0" width="560"></iframe>
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Mohamed Shahin também estava no Festival Luxor, e embora eu pessoalmente não curta muito o trabalho dele como bailarino, sou fã incondicional do seu trabalho como professor e coreógrafo. Adoro!!!! (um beijo para quem me achar nesse vídeo babando pelo Mohamed e pelo Tito em 2012 rsrsrs)<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/qZyIceTDXcc" width="560"></iframe>
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Para finalizar o ano com chave de ouro, ainda ganhei o Concurso Talentos de Derbake, organizado pela querida Rayzel Rosa! Infelizmente não tenho nem um videozinho dessa noite :-( mas tem foto!<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXmZhYZ9k_8fo9uRc7vgSV3yFAIebub0hHlrONC2c_edXFPUih28UWxov5hnwwhMeh3DVwxChV-no6kIH6KDsK7UoEz6ZBGLBWtANU-15gNfZeAGJt9Y6aMJj7PaI4moczp5i6As9cM28/s1600/10599494_10205625447778358_8857547839958751378_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXmZhYZ9k_8fo9uRc7vgSV3yFAIebub0hHlrONC2c_edXFPUih28UWxov5hnwwhMeh3DVwxChV-no6kIH6KDsK7UoEz6ZBGLBWtANU-15gNfZeAGJt9Y6aMJj7PaI4moczp5i6As9cM28/s1600/10599494_10205625447778358_8857547839958751378_n.jpg" height="223" width="320" /></a></div>
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Ainda queria agradecer as diversas pessoas que foram importantes para minha trajetória até agora: Rose Benzaquen, Jeana Kamil, Natália Trigo, Yasmin Yanukit, Dunia La Luna, Paola Blanton, Jhade Shariff, a equipe do Shakti, Mahavir, Sushiila, Hallux Angelstorm, Haniya Bel Hayat, meu marido, Carlos Carneiro e minha família. Sei que deixei um monte de gente de fora, mas agradeço de coração de qualquer forma, estão todos presentes no meu coração e na minha dança, de uma forma ou de outra. <br />
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GRATIDÃO!<br />
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UM LINDO 2015!<br />
<br />Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-31001748136281514712014-11-06T16:28:00.000-02:002014-11-06T16:30:53.935-02:00Dançando com conteúdo<i>Por Lalitha</i><br />
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Depois de quase um ano sem postar aqui resolvi que era hora de voltar a escrever. Nesse ano sabático andei pensando e pesando diversas coisas, algumas muito controversas, e finalmente me sinto pronta e com energia para sair da toca e botar a boca no mundo novamente.<br />
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Uma das coisas que tem me incomodado nos últimos festivais e nas últimas apresentações que assisti é a falta de conteúdo na dança do ventre. O que quero dizer com conteúdo? É aquilo que a bailarina quer passar de mensagem para o seu público. Não precisa ser nada muito complexo, veja bem, não estou dizendo que eu gostaria de ver na dança do ventre o mesmo estilo de performance super elaborada como se encontra em outros estilos de dança (apesar de ser bem vindo para arejar a nossa amada dança), mas pelo menos alguma EMOÇÃO em quem dança.<br />
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Não, sorriso automático não conta como emoção. Cara de sofrimento exagerada também não.<br />
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É engraçado como as vezes eu vejo bailarinas iniciantes preenchendo muito mais o palco com suas emoções do que bailarinas com anos de estrada. Fiquei me perguntando o que levaria a esse fenômeno, em que momento a técnica e a busca da perfeição tiram o brilho dos olhos da bailarina, e nessa busca fui estudar <a href="http://ventredadanca.blogspot.com.br/2013/04/as-dancarinas-do-futuro-somos-nos-o-que.html" target="_blank">Isadora Duncan</a>. Nesse estudo uma das lições que aprendi foi: o simples é muito difícil de atingir, mas costuma ser o mais eficaz e elegante. Outra lição importante foi que você precisa estar inteiramente presente em cada gesto, em cada movimento do seu corpo, e para isso, os seus gestos e movimentos precisam ter SIGNIFICADO.<br />
<br />
Para a bailarina colocar significado na sua dança cheguei à conclusão que ela precisa não só sentir a música, mas compreendê-la. Quando a música é instrumental, e se a bailarina tiver um bom ouvido e um bom contato com as suas próprias emoções, apenas sentir a música é suficiente, mais do que suficiente. A dança se torna uma expressão do que a bailarina sente quando escuta aquela música, e o resultado pode ser sensacional. Porém, se a música tem letra, o buraco é mais embaixo. <br />
<br />
Músicas com letras em árabe podem ser complicadas de se dançar, todos já estão carecas de ouvir histórias de bailarinas que dançaram músicas religiosas e ofenderam muçulmanos no processo, ou dançaram músicas que falavam de revoluções sangrentas como se fosse uma festa animada. Mas vou deixar esse tópico em específico para tratar depois, pois o problema é mais complexo, e árabe não é uma língua fácil.<br />
<br />
Até porque mesmo tendo uma boa tradução na mão, ou se você fala árabe e a compreensão da música nesse sentido foi superada, ainda tem o problema que mencionei anteriormente: a bailarina precisa SENTIR, ela precisa ter noção de que sentimentos aquela música ou letra despertam nela mesma para então projetar aquilo para o público. E é aí que tenho visto mais dificuldades e problemas.<br />
<br />
Como criar o seu conteúdo? Como sentir/descobrir o que aquela música significa para você?<br />
<br />
Para mim, tudo começa por uma pergunta: por que você dança? Qual é o seu real motivo para dançar? O que você busca alcançar com a sua dança?<br />
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A partir dessas respostas outras perguntas surgem, e quanto mais você descobrir sobre o que a motiva, mais emocionada você ficará ao ouvir um violino. Quanto mais explorar a si mesma, você ficará cada vez mais sensível aos seus próprios sentimentos, e aí, na hora de dançar é preciso sempre manter um esforço para deixar aquilo tudo fluir pelo seu corpo. E isso, na verdade, é necessário em todas as formas de arte. A diferença é que na dança e na música isso não só é visível no artista, como é irrepetível. Você nunca vai dançar igual duas vezes, mesmo com coreografia, simplesmente porque você não tem exatamente a mesma reação emotiva duas vezes. <br />
<br />
E também nesse ponto que entra uma outra coisa que podemos fazer e que ajuda: "alimentar a alma". Quanto mais alimentamos nossa alma com coisas que nos toquem, que nos faça entrar em contato com os nossos sentimentos, mais sensíveis ficaremos para dançar. E aí vale tudo quanto é arte: pintura, literatura, cinema, músicas de todos os estilos, danças de todos os estilos.<br />
<br />
Porque nessa busca do porquê dançar está incluída a pergunta: o que te toca? Quais quadros te fazem chorar, que filmes te fazem rir, que estilo de música te faz levantar e sair dançando?<br />
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Pessoalmente eu gosto muito de ler e de pintura e fotografia, então eu leio uma quantidade enorme de livros de ficção, tenho até um <a href="http://leiturasdelaura.blogspot.com.br/" target="_blank">blog</a> sobre isso, e criei a pouco tempo uma conta no <a href="http://www.pinterest.com/dacunha2989/" target="_blank">pinterest</a>, onde comecei a colecionar imagens que me tocam e me inspiram.<br />
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E adoro ver vídeos de danças de diversos estilos, sou daquelas que busca inspiração em todos os tipos de dança. Só para dar um gostinho, aqui um exemplo de um bailarino iraniano (mas que mora na França) que tem um trabalho que eu acho belíssimo e inspirador com leitura moderna da dança persa:<br />
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Primeiro uma filmagem de estúdio:<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/RU_sk8-faUY" width="560"></iframe>
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Agora dois vídeos de um espetáculo que ele criou com base em mitos persas:<br />
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<iframe width="420" height="315" src="//www.youtube.com/embed/D5k1-cj8Jvg" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
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<iframe width="420" height="315" src="//www.youtube.com/embed/m2m-IN5g9uA" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
<br />
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Com o quê vocês alimentam a alma? Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-81228159992787456522014-01-03T16:00:00.001-02:002014-01-03T16:00:48.959-02:00A Dança do Ventre vs O MercadoNo final do ano passado o mundo da dança do ventre foi novamente sacudido por conta de um vídeo da Esmeralda, onde ela diz com todas as letrinhas que para você trabalhar no mercado de dança do ventre não pode ser/estar gorda. Veja o vídeo <a href="http://www.youtube.com/watch?v=wsieE-oIXA4" target="_blank">aqui</a>.<br />
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O Facebook virou quase praça de guerra por causa disso, com diversas pessoas concordando e discordando da nossa pedra preciosa. Pois nossa querida Esmeralda resolveu realmente cutucar onça com vara curta.<br />
<br />
Vejamos, Esmeralda foi muito assertiva com a sua colocação, e com relação ao atual Mercado de dança do ventre, ela, infelizmente, está certa. Sejamos realistas, de todas as profissionais famosas (veja bem, além de profissional, aqui estamos falando de FAMA, porque é isso que o mercado define, certo?) quantas são gordinhas? E isso não tem absolutamente nada a ver com a qualidade das nossas maravilhosas profissionais fora do padrão. Todas já estamos cansadas de saber e de ver como a qualidade de uma bailarina de dança do ventre não tem nada a ver com o formato do corpo. Inclusive, nós professoras gostamos de falar sobre como a nossa dança é democrática, não é?<br />
<br />
Antes de julgar o Mercado da dança, vamos entender uma coisa: estamos falando de Mercado, não de Arte. (o pessoal do Sala de Dança tratou desse assunto lindamente <a href="http://www.saladedanca.com.br/podcast-no-18-entre-o-mercado-e-a-arte/" target="_blank">aqui</a>). E além disso, estamos falando de um Mercado inserido num mundo mais amplo, numa cultura mais ampla. Para entender o mercado da dança do ventre, é preciso entender que ele nada mais é que um espelho de um mercado maior. E nesse mercado maior, o que se espera que seja uma mulher?<br />
<br />
Vamos fazer a lista do que se espera que as mulheres sejam no nosso mundo atual: magras, gostosas, lindas, cheirosas, em forma, arrumadas, elegantes, sensuais (mas não muito, hein?), delicadas, amorosas, passivas... ufa! A lista não termina nunca, e é impossível de seguir à risca. Quer ter uma ideia do que se espera que seja uma mulher perfeita? Passe numa banca de jornal e olhe as capas das revistas. Sério, faça esse exercício e veja como o nosso mercado de dança é igualzinho: cheio de brancas, magras, de cabelão.<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7gbbpjmRMGMp87VP2OWcQGnc2_dYQ1-T-qtAqt5TIaOW-f85Mxs6daAW_Amhcp4VxSQJCvAQC9TwPhRs3ogBuSYs547_xtM-u9Npeqiz-cBLK3xccJ_8aG914RMCjvBkgqmi_vInzL7k/s1600/colecao+capas.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7gbbpjmRMGMp87VP2OWcQGnc2_dYQ1-T-qtAqt5TIaOW-f85Mxs6daAW_Amhcp4VxSQJCvAQC9TwPhRs3ogBuSYs547_xtM-u9Npeqiz-cBLK3xccJ_8aG914RMCjvBkgqmi_vInzL7k/s640/colecao+capas.JPG" width="476" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">pequena amostra de capas de revistas nacionais, mas se você procurar no mundo inteiro vai ser muito parecido</td></tr>
</tbody></table>
E aí, percebemos que o problema não é da dança do ventre, nem do mercado específico da nossa amada dança. O problema é crônico e sistêmico na nossa sociedade. Tanto no Brasil quanto no exterior.<br />
<br />
E chegamos ao ponto mais interessante desse assunto: como mudar isso? Porque não adianta fingir que o elefante não está na sala, que ele não vai sumir por pura mágica. As bailarinas de sucesso não vão passar a ser um exemplo de diversidade porque isso é o sonho de ninguém. (infelizmente, seria lindo se as coisas fossem simples assim)<br />
<br />
Que tal começarmos a mudança em nós mesmas??? Primeira coisa e a mais importante de todas: <u>parem de criticar as outras por causa da aparência</u>. Quem nunca foi num show/festival e ouviu alguém fazendo comentários maldosos sobre o peso da bailarina em cena?<br />
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"Ela até que dança bem, pena que é gordinha/velha/magra demais/rótulo da vez."<br />
(ai gente, desculpa, mas isso dói na alma, e olha que preconceito disfarçado de elogio é a coisa mais comum do mundo) <br />
<br />
"Nossa, admiro a coragem dela de dançar mesmo assim em público."<br />
(se ganhasse um real toda vez que eu ouvi essa frase eu estaria rica)<br />
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Gente, acorda, é aí que a coisa começa! Não julguem as outras pela sua aparência, seu peso, seu cabelo, sua cor de pele. Não é construtivo para ninguém. E isso é válido fora do meio da dança também, ok? (sabe aquela coisa de apontar os outros na rua? é falta de educação, tá? mesmo que seja em voz baixa)<br />
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Segunda coisa: PRESTIGIEM as bailarinas que vocês gostam independentemente de quão dentro ou fora do padrão elas sejam: gordinhas, baixinhas, negras (brasileiro é mestre em dizer que não é racista, mas, falando sério, quantas bailarinas negras aparecem como destaque por aí?), de cabelos alternativos, tatuadas, da terceira idade, do sexo masculino... porque a ARTE não tem fronteiras. Para mudar o mercado, precisamos de mais gente querendo ver coisas DIFERENTES!<br />
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Terceira coisa: para aquelas que organizam shows/festivais, por favor, escolham as participantes dos seus eventos pelo seu mérito, não pela "beleza" que vão trazer para o seu banner, ou porque você está trocando favor com alguém. Vamos fazer mais eventos alternativos? Para mudar o mercado, precisamos provar que o que não está sendo mostrado no mercado também faz sucesso, nem para isso a gente crie o nosso próprio mercado :-)<br />
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Então vamos à prova cabal de que a dança é para todxs???? (desmentindo a parte da fala da Esmeralda sobre a necessidade de um tipo de corpo para a dança aparecer?)<br />
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Começando com uma grande mestra do Rio de Janeiro: Samra Sanches!!!<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/9zDeQmPekwQ" width="420"></iframe>
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Passando pela hours-concours Natalia Trigo, também do Rio:<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/kZQsrsuNevo" width="420"></iframe>
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Não podemos esquecer a campeã do Mercado Persa, Joelma Brasil:<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/YAzv5k6vhNI" width="420"></iframe>
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A maga dos quadris Dunia La Luna, de São Paulo:<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/-Pt9q0sV5Ug" width="420"></iframe>
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Temos a fabulosa Najla El Hazine, professora de São Paulo, que me faz quase chorar quando a vejo dançar:<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/3yIP4fBEJyw" width="560"></iframe>
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Temos também a Tahya Brasileye:
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/8HQewAQ31l0" width="420"></iframe>
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A fofíssima Mayara Rajal, do Rio:<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/-eSacyRfqg4" width="560"></iframe>
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Também do Rio, a estudiosa Lu Ain-Zaila:<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/vQO5Ysj_EQk" width="420"></iframe>
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E mais uma do Rio, arrasando ao vivo com músicos egípcios, Eliza Fari:<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/xZ-ZOmCx304" width="560"></iframe>
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As terras cariocas estão cheias de talento... Smirna prova que maturidade é importante!<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/p4C4AcFAPqc" width="420"></iframe>
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Entre as estrangeiras, temos a diva Caroline Labrie:<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/2CMlPKV-gjo" width="420"></iframe>
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Então, gente, vamos deixar os nossos preconceitos em 2013 e começar 2014 com novas ideias e concepções?<br />
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PS: Em tempo, quem quiser argumentar que no Egito é diferente, pense nos padrões de beleza que eles valorizam, e para ouvir uma boa descrição de onde veio esse padrão (abrangendo inclusive a questão do racismo que muito brasileiro gosta de fingir que não existe aqui), veja esse podcast <a href="http://www.saladedanca.com.br/podcast-45/" target="_blank">aqui</a>.Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-5068380386061142692013-12-19T17:05:00.001-02:002013-12-19T17:31:23.452-02:00Ressurgindo das Cinzas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinVq7Inrvv59lUHM9XDeFolc6pQKb5cqVzC69q744Dj27uyBMljqL-bjt7K0p0f1hdgbEfdupL_g-CddenVCHzvS5RSkmVpYt0UJ0-UsAgP3rx3imBvIaJPMxmhbSFHEPRRNhhTTj5rxk/s1600/004+-+Lalitha+2013+-+PhotoArte+Studio+-+Aisha+Hadarah.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinVq7Inrvv59lUHM9XDeFolc6pQKb5cqVzC69q744Dj27uyBMljqL-bjt7K0p0f1hdgbEfdupL_g-CddenVCHzvS5RSkmVpYt0UJ0-UsAgP3rx3imBvIaJPMxmhbSFHEPRRNhhTTj5rxk/s320/004+-+Lalitha+2013+-+PhotoArte+Studio+-+Aisha+Hadarah.JPG" width="212" /></a></div>
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Depois de mais de seis meses longe do blog, resolvi que era hora de voltar.<br />
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O que fiz nesse tempo todo? Parei para refletir.<br />
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Sabe todo aquele processo de olhar para dentro, procurar as suas razões para fazer as coisas e tentar definir onde você quer chegar? Pois é. Não é fácil.<br />
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Esse ano de 2013 foi muito importante para mim na dança, aprendi quase tanto quanto em todos os anos anteriores juntos. Mas não estou falando de técnica (apesar de avalio que também avancei nesse quesito), mas de espírito.<br />
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Para mim, 2013 foi o ano que eu reencontrei a dança dentro de mim. Porque o que era tão espontâneo quando era uma aluna sem metas profissionais, com o tempo foi virando uma grande prisão de técnica e regras. Você já teve essa sensação? No meu caso, o meu grande alerta foi um amigo meu, que sempre me assistiu dançando, que me deu: "sua dança está perfeita, mas não senti a emoção que eu sentia quando te via dançar antigamente" foi o que ele me disse.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinzDk1aeuKczFsqIpWR-IsAyI4xszsLwEIYpGFbVm6GgpIgOtGZwscDa1PSUOk9XN5SueILzpYCeCxcmHqBPIXfwN9SNT9IjBANdTl0XVnBlg7SACZaj1r3z1jYPPFcIhsHMcVuuAufAw/s1600/110+-+Lalitha+2013+-+PhotoArte+Studio+-+Aisha+Hadarah.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinzDk1aeuKczFsqIpWR-IsAyI4xszsLwEIYpGFbVm6GgpIgOtGZwscDa1PSUOk9XN5SueILzpYCeCxcmHqBPIXfwN9SNT9IjBANdTl0XVnBlg7SACZaj1r3z1jYPPFcIhsHMcVuuAufAw/s320/110+-+Lalitha+2013+-+PhotoArte+Studio+-+Aisha+Hadarah.JPG" width="212" /></a></div>
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Nesse momento (isso já faz alguns anos, vejam só) me senti meio perdida. Era como se todo aquele esforço que eu havia empreendido nos últimos anos tivesse virado pó, não valesse nada. Não parei de dançar por isso, não, de jeito nenhum, mas comecei uma outra espécie de busca, que vim a descobrir muito mais importante do que uma técnica perfeita de quadril. POR QUE EU DANÇO?<br />
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Foi mais ou menos no início dessa busca que comecei o blog também. E hoje vejo que ele não serviu tanto para me ajudar, justamente por conta de uma das barreiras mais comuns para uma bailarina (que é a mesma de todos os artistas na verdade): INSEGURANÇA. Como abrir para todos que quisessem ler que eu estava em busca de uma resposta para uma pergunta aparentemente tão boba? Como dar a cara à tapa e ser humilde o suficiente para voltar atrás e dizer que não sabia a resposta. PARA QUE DANÇAR?<br />
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Nessa busca, tive aliados muito valiosos, uma delas inclusive agora eu organizo workshops aqui no Rio. <a href="https://www.facebook.com/paola.blanton" target="_blank">Paola Blanton</a>, bailarina, professora de filosofia, e uma das pessoas mais interessantes que já conheci, é uma das que preciso agradecer. Suas aulas de técnicas de Isadora Duncan voltaram a trazer poesia aos meus movimentos, um novo sentido para cada passo, um novo olhar para a técnica e a técnica além da técnica. Descobri através de Isadora Duncan, outras sábias do mundo da dança: Ruth St. Denis e sua filosofia lindíssima de que a arte e a religião deveriam ser a mesma coisa, e o cultivo do corpo deveria ser como o cuidado que um músico tem com o seu instrumento. E isso é válido para todos, não só bailarinos. Agradeço portanto a essas grandes mestras do passado, sem vocês minha dança teria estagnado para sempre numa tentativa de repetir o que já fui um dia.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDno7u8yjN9o6Ee7Gpiqkql_b1jbmXXHLhQTJOodtRJjl-15rXf6BsK64nGQC18mq7mEtHtcawjIqNZG1iFSvHR0sKL5jDQNXuaof-qxW7vKCh1ZR_MDx12Yd78R7TvXU6rVHnEAlD7Pw/s1600/IMG_1097.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDno7u8yjN9o6Ee7Gpiqkql_b1jbmXXHLhQTJOodtRJjl-15rXf6BsK64nGQC18mq7mEtHtcawjIqNZG1iFSvHR0sKL5jDQNXuaof-qxW7vKCh1ZR_MDx12Yd78R7TvXU6rVHnEAlD7Pw/s320/IMG_1097.JPG" width="320" /></a></div>
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Agradeço a simpática <a href="http://kissesfromkairo.blogspot.com/" target="_blank">Luna do Cairo</a>, que me permitiu tanto traduzir o seu blog (que eu pretendo continuar traduzindo, mas talvez não com a mesma velocidade), e me deu uma aula particular quando estive em Nova Iorque esse ano, num momento em que eu estava frágil nessa busca e me mostrou ao vivo como a dança é libertadora não só para o corpo mas também para a alma. Sua coragem de voltar para o Egito em agosto desse ano é simplesmente inspiradora. Luna me mostra a todo o momento como é importante viver a sua verdade. Ela é linda.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikxPZm0Dd1P01G0HSjclVcHRXqhXwIeqh-RMUGJR3Qc-dfqkYp2SxhoXdV2dNBKERLaelCt7-FlnW00NA4yec5pyQLTNJigKlrj5DvMJ2LakipDXJiB7PAipDT9__HC5oaTQTtmfMnwXc/s1600/IMG_0693.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikxPZm0Dd1P01G0HSjclVcHRXqhXwIeqh-RMUGJR3Qc-dfqkYp2SxhoXdV2dNBKERLaelCt7-FlnW00NA4yec5pyQLTNJigKlrj5DvMJ2LakipDXJiB7PAipDT9__HC5oaTQTtmfMnwXc/s320/IMG_0693.JPG" width="240" /></a></div>
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Agradeço a todos que fazem o Podcast de dança <a href="http://www.saladedanca.com.br/" target="_blank">"Sala de Dança"</a>. Carol Louro, Bruna Milani, Valéria Alves e o Diretor são pessoas que me inspiraram demais esse ano. E me ensinaram muito também. Apesar de eu nunca ter feito um comentário (muito porque só agora no final do ano eu consegui ouvir tudo e ficar em dia com as publicações), suas conversas sobre a dança e a vida me ajudaram demais nesse caminho. Não só aprendi muito com vocês, como também vocês me mostraram que era possível e importante fazer justamente o que estava me dando medo: dar a cara a tapa e simplesmente ser você mesmo. Obrigada, obrigada, obrigada e obrigada.<br />
<br />
Agradeço também <a href="http://www.dancemeditation.org/" target="_blank">Dunya McPherson</a>, uma guia espiritual sufi e bailarina de dança do ventre fantástica, que mesmo com a enorme distância que nos separa, conseguiu me transformar, tanto através do seu <a href="http://www.amazon.com/Skin-Glass-Finding-Spirit-Flesh/dp/0980198607/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1387479466&sr=8-1&keywords=skin+of+glass" target="_blank">livro autobiográfico</a>, quanto através dos cursos maravilhosos de dança meditação que eu tive a sorte de conseguir fazer com ela pelo youtube. O seu livro foi um grande <i>turnpoint</i> na minha vida, e os seus cursos serviram para que eu experimentasse na prática as mudanças de consciência que ela me propôs.<br />
<br />
Porque no final dessa jornada (na verdade é só início, mas tudo bem), era isso que eu precisava: mudança de consciência. Porque a dança não é para "espantar os outros" (né, Paola? rsrsrs) é uma ferramenta para conhecer a si mesmo. E toda vez que eu subo no palco hoje, eu tento responder aquela pergunta: POR QUE EU DANÇO? Confesso que às vezes a resposta varia. E às vezes eu simplesmente ignoro essa pergunta e tento simplesmente SER. É mais fácil e mais difícil do que parece.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgojvtgrrhzMVjhs8zOj8sSUYjWHaR70FlF_abaEU6I6f3rxQPl4fM_0MApa2ytpjtqlMYF55L6g7RJPLQq1HquoUlGyO6VG5ayDF3a95at3XVI-zha3sv3m3IFeKjTxPQ7XvxAeoA9cyk/s1600/025+-+Lalitha+2013+-+PhotoArte+Studio+-+Aisha+Hadarah.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgojvtgrrhzMVjhs8zOj8sSUYjWHaR70FlF_abaEU6I6f3rxQPl4fM_0MApa2ytpjtqlMYF55L6g7RJPLQq1HquoUlGyO6VG5ayDF3a95at3XVI-zha3sv3m3IFeKjTxPQ7XvxAeoA9cyk/s320/025+-+Lalitha+2013+-+PhotoArte+Studio+-+Aisha+Hadarah.JPG" width="212" /></a></div>
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E a partir de agora o blog vai mudar um pouco. Vou continuar com o conteúdo de tradução, as indicações de livros e tudo o mais que já tinha antes. Mas isso será diluído para o blog ter mais a minha cara, o meu jeito de ser (e de dançar, claro).<br />
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Eu tinha muitas outras pessoas para agradecer também, por isso vou fazer um pequeno resumo, mas mesmo quem não aparecer nessa pequena lista, por favor, aceite também a minha gratidão.<br />
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Carlos Carneiro, meu marido e grande aturador das minhas loucuras<br />
Mahavir Thury, meu professor de yoga<br />
O pessoal do Bellydance Solidário, especialmente Nitya Montenegro, Nynah Jamile, Dania Ruaida, Ly Lateef, Clarisse Pacheco, Mayara Rajal e Jorginho<br />
Minhas alunas!!!!<br />
Equipe da escola Asmahan<br />
Equipe do Shakti<br />
Dunia La Luna<br />
Minhas mestras: Rose Benzaquen (minha primeira professora de dança), Jeana Kamil, Yasmin Anukit e Natalia Trigo<br />
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E para finalizar, vou colocar aqui um vídeo que já postei no Facebook, mas que merece ser visto e revisto diversas vezes.<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/V0gquwUQ-b0" width="560"></iframe>
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Desejo a todos vocês BOAS FESTAS, que 2014 seja um ano de crescimento e de coisas boas.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfUKeKZa8fDCnM60rMunGjzJ6Kvb3ajcSr5CPTagP4OHp4dizvJ4_3WIc6vXeohdsooE-QAEtuYZ9xnn1wBZWeYXhzGzAEhmX1BeeXJKRAZfw5nIbsKzXYEB94VfdKLzv7rPtv3-gfi3U/s1600/074+-+Lalitha+2013+-+PhotoArte+Studio+-+Aisha+Hadarah.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfUKeKZa8fDCnM60rMunGjzJ6Kvb3ajcSr5CPTagP4OHp4dizvJ4_3WIc6vXeohdsooE-QAEtuYZ9xnn1wBZWeYXhzGzAEhmX1BeeXJKRAZfw5nIbsKzXYEB94VfdKLzv7rPtv3-gfi3U/s320/074+-+Lalitha+2013+-+PhotoArte+Studio+-+Aisha+Hadarah.JPG" width="320" /></a></div>
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<br />Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-75155091505075723102013-06-12T17:09:00.001-03:002013-06-12T17:09:27.568-03:00Livro do Mês: Isadora Duncan a Graphic Biography<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfgqrqfQvTPvPGQeQ9-4nFJx6ec-jovZfx0LJzqXD2EN4Z8fCh4IHORHl2_2qPQuxgaYTj0zuy-keMtagd-gdiUCSmFc9IoB5L7yN_lsJdCtzeTRfz2fQ5c9iLZn4PU6zN9XVnGzqtPlg/s1600/bienal-do-livro-rio-de-janeiro-2011+blog.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="297" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfgqrqfQvTPvPGQeQ9-4nFJx6ec-jovZfx0LJzqXD2EN4Z8fCh4IHORHl2_2qPQuxgaYTj0zuy-keMtagd-gdiUCSmFc9IoB5L7yN_lsJdCtzeTRfz2fQ5c9iLZn4PU6zN9XVnGzqtPlg/s320/bienal-do-livro-rio-de-janeiro-2011+blog.JPG" width="320" /></a></div>
Sei que estou atrasadíssima com os posts e gostaria de me desculpar, mas são fases, né? Estou numa fase meio enrolada mesmo, muitos projetos ao mesmo tempo dá nisso ;-)<br />
<br />
Mas vamos lá que, desculpas às parte, temos um livro para comentar/indicar!<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdf3CQMp3kp-nAguPduNgTW0S8yJvsrT6ejtq_H904Q7dYzLhOPk4m_E_d0ByWTmMdhQp6QNgpA34z8k82mFBTKar-zKoZblYW-WQnbeqqfVZ0M5npp_ONc8JugvqQzO-GagJ5w5F6htY/s1600/9780809094974.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdf3CQMp3kp-nAguPduNgTW0S8yJvsrT6ejtq_H904Q7dYzLhOPk4m_E_d0ByWTmMdhQp6QNgpA34z8k82mFBTKar-zKoZblYW-WQnbeqqfVZ0M5npp_ONc8JugvqQzO-GagJ5w5F6htY/s320/9780809094974.jpg" width="217" /></a></div>
<br />
Hoje vou sugerir uma leitura bem diferente do que já vimos até agora no blog: uma Graphic Novel, ou, num português esquisito, um romance gráfico (título da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Romance_gr%C3%A1fico" target="_blank">Wikipédia</a>, tá? não fui eu quem inventou!). Numa explicação rápida, é uma história em quadrinhos grande, contando uma história fechada (com início, meio e fim, sem essa coisa de continuações intermináveis, tão comuns no meio dos quadrinhos), análoga a um livro.<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipF-Aa6Hu3bnDymqFI3RW93FquSe9HR5c4byzc-g4uwyBSPxwPme2cjQ8JvVnZ16Qi0XZ6DtOEVlqbdJKosFbW2z6EfxOgXvcFucIb-ezseSbuPQklA_pJ5Xo7izimS9CNKU_jvVU_fCE/s1600/220px-Isadora_Duncan_portrait.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipF-Aa6Hu3bnDymqFI3RW93FquSe9HR5c4byzc-g4uwyBSPxwPme2cjQ8JvVnZ16Qi0XZ6DtOEVlqbdJKosFbW2z6EfxOgXvcFucIb-ezseSbuPQklA_pJ5Xo7izimS9CNKU_jvVU_fCE/s320/220px-Isadora_Duncan_portrait.jpg" width="210" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Isadora Duncan</td></tr>
</tbody></table>
Nesse caso, a história é a biografia da bailarina revolucionária Isadora Duncan! Para quem não conhece, Isadora é conhecida por muitos como a mãe da dança moderna, e ela foi buscar inspiração para a sua dança singular e totalmente revolucionária na época na natureza (nas ondas do mar, nos ventos batendo nas árvores...), na arte grega (especialmente na estatuária grega clássica, e também na mitologia) e buscando os movimentos mais naturais do corpo humano (um dos pontos da sua dança que mais lembra a dança do ventre, que também diz-se se aproveitar de movimentos naturais do corpo feminino, certo?). Nessa busca Isadora também buscou a liberdade da mulher e do corpo feminino, o que por si só já deixaria a sua dança e sua história interessantes para nós, estudiosas da dança do ventre.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihA5D5eyfTeUD9RH8setGQnRrsAKYY3SAEUjrLHuiWsI2bdegBzkZndvLBx8ZZ2yYFOHrAhbXXBt5sE9t4x0kqEoFOPV3y0lOyuWeIej74eZ7RX1uKkakMZav-GfRj3FDf1-cGSIqilYM/s1600/isadora_embed.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="112" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihA5D5eyfTeUD9RH8setGQnRrsAKYY3SAEUjrLHuiWsI2bdegBzkZndvLBx8ZZ2yYFOHrAhbXXBt5sE9t4x0kqEoFOPV3y0lOyuWeIej74eZ7RX1uKkakMZav-GfRj3FDf1-cGSIqilYM/s200/isadora_embed.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Isadora Duncan dançando na praia</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjutX-1w5qvU8NGeKuPM-hsu0TXgEh3m1QMst0t2gkHunFLQ1-7Gxr7VkbLrv8Sy8amW7Dy38_8bDLqe6_49G6sh7-0TrtuDxeKP975ZB9tF-H-vbI9Y3LoNWmsyFAa6o1fJBAKK6hxj9w/s1600/Duncan,+Isadora.+GENTHE055.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjutX-1w5qvU8NGeKuPM-hsu0TXgEh3m1QMst0t2gkHunFLQ1-7Gxr7VkbLrv8Sy8amW7Dy38_8bDLqe6_49G6sh7-0TrtuDxeKP975ZB9tF-H-vbI9Y3LoNWmsyFAa6o1fJBAKK6hxj9w/s200/Duncan,+Isadora.+GENTHE055.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Isadora Duncan numa das poses de "sereia"<br /><br /></td></tr>
</tbody></table>
Agora, a vantagem dessa Graphic Novel é justamente o fato dela ser gráfica! Porque apesar da biografia apresentada ser um pouco superficial, o livro em si é uma obra de arte! Imagine, é um livro sobre uma bailarina maravilhosa onde tudo é contado através de imagens! Preciso dizer mais alguma coisa para te interessar na sua leitura?<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1dj-F7yeoGWWRsnwjkUOSRP30oGcRLVsf_tHOORJ45B5laaukLx5wg0PfSZXgWhBUdbG7H7kf-RJBrnmrzKkqmsthqRMwWStf8g91SZeLVECNN3HNYtzDqufNifc5jnV8DSb7od4BRYo/s1600/hodges-web.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1dj-F7yeoGWWRsnwjkUOSRP30oGcRLVsf_tHOORJ45B5laaukLx5wg0PfSZXgWhBUdbG7H7kf-RJBrnmrzKkqmsthqRMwWStf8g91SZeLVECNN3HNYtzDqufNifc5jnV8DSb7od4BRYo/s1600/hodges-web.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Uma das páginas da Graphic Novel para dar um gostinho... lembra uma foto acima? ;-)</td></tr>
</tbody></table>
Posso, né? Então, Isadora além de tudo o que eu já disse, foi uma das precursoras do uso de tecidos na dança, e alguns ainda dizem que foi uma das inspirações da famosa Badia Masabni ao incluir o uso do véu entre as suas bailarinas. Quer mais? Isadora Duncan ainda incluiu nos seus estudos a busca pelo lado espiritual da dança, a dança como meio de expressão da alma.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbkR0EMKH0uXUqtKJasJT56IbWAYx8aE165YKgMf0so8MS8OfdbaImGqAmMjcodkGYOYnioSXshfXN_x_qit5BI1__IgR0EKOjOVI0hLayFCg_C92LFv5SBpAADHZRqLQjTlyGbSQVa1E/s1600/duncan.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbkR0EMKH0uXUqtKJasJT56IbWAYx8aE165YKgMf0so8MS8OfdbaImGqAmMjcodkGYOYnioSXshfXN_x_qit5BI1__IgR0EKOjOVI0hLayFCg_C92LFv5SBpAADHZRqLQjTlyGbSQVa1E/s320/duncan.jpg" width="208" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Isadora Duncan com um "véu"</td></tr>
</tbody></table>
Mas nem tudo foram flores na vida dessa bailarina que atingiu um nível de estrelato fora do comum na sua época, pois ela foi marcada de tragédias, dignas de um verdadeiro romance!<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCem_MKlIVEYjR0WiNi8FpxttBIYyL33CydxOw_WsOyAu5iypdhDzqbx_CxxxoQCgkoWJ7qsilpa48uD2wf2699rf_OA5osz48RyyMNS854d8X9fsCdzvzsjkEpAJ_3ac-sHzqaaCg9xU/s1600/Isadora_and_children_1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCem_MKlIVEYjR0WiNi8FpxttBIYyL33CydxOw_WsOyAu5iypdhDzqbx_CxxxoQCgkoWJ7qsilpa48uD2wf2699rf_OA5osz48RyyMNS854d8X9fsCdzvzsjkEpAJ_3ac-sHzqaaCg9xU/s200/Isadora_and_children_1.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Isadora e seus filhos, Deirdre e Patrick, <br />uma tragédia de partir o coração...</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFyYiekn_jFAeVnDTPmv4Sm7El6SI-fJlv3CF3GwuowXBWoFALvboc0IujMLYWkFz_WDr-8HcmtMo_P5GhAtk2KoZtPx1LzaQQWkvjjjeNUAF769ip5e1yNllSdZZUtBOOEZcrFdMx6bc/s1600/tumblr_l33iy9paj41qzn0deo1_1280.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="136" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFyYiekn_jFAeVnDTPmv4Sm7El6SI-fJlv3CF3GwuowXBWoFALvboc0IujMLYWkFz_WDr-8HcmtMo_P5GhAtk2KoZtPx1LzaQQWkvjjjeNUAF769ip5e1yNllSdZZUtBOOEZcrFdMx6bc/s200/tumblr_l33iy9paj41qzn0deo1_1280.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Isadora e suas alunas</td></tr>
</tbody></table>
<br /><br />Agora que te deixei morrendo de vontade de saber mais e ler o livro, tenho dois avisos: 1- o livro não é perfeito (mais detalhes na resenha que fiz <a href="http://leiturasdelaura.blogspot.com.br/2012/10/isadora-duncan-graphic-biography.html" target="_blank">aqui</a>), 2- o livro só está disponível em inglês (mas você pode encontrá-lo em sebos internacionais como <a href="http://www.betterworldbooks.com/" target="_blank">esse</a>, caso o problema seja apenas financeiro, infelizmente para o problema da tradução ainda não há solução).<br />
<br />
Agora a boa notícia! Se você não lê inglês (ou lê, mas quer ainda mais informações), teremos um curso sobre Isadora Duncan e suas técnicas de dança no Rio de Janeiro em julho!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnzpEmSnKUtNAWzrd8AgJiZNpPBmG08eEKvUqiamB3tXW9V3fAaUf-DOFU9yiJjM9vJLHTJ9tJ90_T1VFAbheqm2olCdI5mUwhIrgfykYjKZC20WZ0hfTjLMOT9r85sFJstnKgtiAVEBc/s1600/isa+2013r++novo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnzpEmSnKUtNAWzrd8AgJiZNpPBmG08eEKvUqiamB3tXW9V3fAaUf-DOFU9yiJjM9vJLHTJ9tJ90_T1VFAbheqm2olCdI5mUwhIrgfykYjKZC20WZ0hfTjLMOT9r85sFJstnKgtiAVEBc/s400/isa+2013r++novo.jpg" width="352" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIWpNUEBgHzJ6Y6-MTbJOUej2rQTwProHOzU1O1MEqUFMEbl7OjSVevAxkE8hivyeEiZ68pCub5qobpc3geocd3BLJFLCffk9iiP8goCA6tCQWy6q5DOi5GhRkgN3rfeYN0E550K6_nNE/s1600/programa+isadora+rio+2013.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="282" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIWpNUEBgHzJ6Y6-MTbJOUej2rQTwProHOzU1O1MEqUFMEbl7OjSVevAxkE8hivyeEiZ68pCub5qobpc3geocd3BLJFLCffk9iiP8goCA6tCQWy6q5DOi5GhRkgN3rfeYN0E550K6_nNE/s400/programa+isadora+rio+2013.JPG" width="400" /></a></div>
Quer ter um gostinho do que será tratado no curso? Leia o artigo da professora Paola Blanton <a href="http://ventredadanca.blogspot.com.br/2013/04/as-dancarinas-do-futuro-somos-nos-o-que.html" target="_blank">"As Dançarinas do Futuro Somos Nós"</a><br />
<br />
<br />Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-45436835744451815892013-05-24T17:50:00.001-03:002013-05-24T17:50:20.401-03:00Kisses from Kairo - “Vivendo o sonho”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGJAFPiBS58PSZlfvUyDgtrbgeM-fm87C8e_sTKgH6uAvYG-CNCy5hSkklwZNN53ehrarfalbyCP6XCMEme6OMxJSBvGGwmqnvHjCEHI1XESadDMGDrM5scnWzDEEpFmXFLoca_RmVGH8/s1600/luna+vinho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGJAFPiBS58PSZlfvUyDgtrbgeM-fm87C8e_sTKgH6uAvYG-CNCy5hSkklwZNN53ehrarfalbyCP6XCMEme6OMxJSBvGGwmqnvHjCEHI1XESadDMGDrM5scnWzDEEpFmXFLoca_RmVGH8/s320/luna+vinho.jpg" width="193" /></a></div>
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal">
<i>Domingo, 9 de setembro, 2012</i></div>
</div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><a href="http://kissesfromkairo.blogspot.com.br/2012/09/living-dream.html">“Vivendo o sonho”</a></b></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<b style="line-height: 18px;"><i><br /></i></b>
<b style="line-height: 18px;"><i>Por Luna do Cairo</i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><i style="line-height: 18px;">Traduzido por Lalitha</i> </o:p><br />
<span style="font-family: inherit;"><o:p><br /></o:p><o:p></o:p></span>
<div class="MsoNormal">
<br />
<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Eu sempre sou pega desprevenida por toda bailarina que me
diz que eu estou “vivendo o sonho”. Toda vez que escuto isso tenho vontade de
perguntar, sério? Que sonho? Eu nunca sonhei em ser uma bailarina de dança do
ventre no Cairo. Eu nem sabia que isso era possível! =D</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Verdade seja dita, eu não vim para o Egito com o objetivo de
ser uma “estrela”, ou porque alguém inflou o meu ego com mentiras. Eu vim para
o Egito porque estava com o coração partido. Eu não tinha terminado com um
namorado nem nada do gênero. Mas alguns anos antes, em 2006, eu vi algo que eu
realmente queria e achava que não poderia ter. Eu vi a verdadeira dança do
ventre egípcia num festival no Cairo, e eu queria desesperadamente aprende-la.
Como atingir esse nível de excelência na dança requer muitos anos de vida no
Cairo, decidi que era impossível e fiquei deprimida.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Acabou que eu estava errada. Afinal, eu tenho vivido no
Cairo há 4 anos. Mesmo assim, na época, se você tivesse me dito que isso iria
acontecer, eu teria respondido que eu também acredito na fada do dente. Eu
tinha acabado de entrar em Harvard, e passaria os dois anos seguintes da minha
vida ali, e depois arranjaria um emprego e teria filhos. Eu não conseguia
imaginar interromper o curso natural das coisas para encaixar o Egito. Nem
conseguia imaginar a logística necessária para empreender tal esforço. Como eu
chegaria lá? Onde eu ficaria? Quem iria me contratar para que eu trabalhasse
para pagar o aluguel e todas as aulas de dança? Incertezas demais, muitas
dificuldades, sem ter dinheiro.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Até que um dia, as coisas começaram a se encaixar. Enquanto
eu estava em Harvard, eu tive a brilhante idéia de concorrer a uma bolsa
Fulbright para estudar no Egito. Eu iria pesquisar sobre Dança Oriental
ganhando um salário por 9 meses. Eu sabia que fazer com que State Department
americano financiasse uma pesquisa sobre dança do ventre era um tiro no escuro,
mas cheguei à conclusão que eu não perderia nada tentando. Então eu tentei.
Para minha surpresa, eu ganhei uma bolsa. Aparentemente, o comitê da Fulbright
estava interessado na minha hipótese de que a islamização mais a estagnação
econômica estava causando uma decadência cultural, e que isso estava
penalizando as artes performáticas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Naquele verão, eu me formei em Harvard e me preparei para me
mudar para o Egito. Eu pouco sabia que o meu humilde desejo de aprender a
dançar iria eventualmente gerar uma carreira profissional como bailarina de
dança do ventre no Cairo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Após uns 6 meses na minha nova vida no Egito, me foi
oferecida a oportunidade de dançar num resort no Mar Vermelho, a duas horas do
Cairo. O pagamento era ruim, a viagem de carro era perigosa e de embrulhar o
estômago. E o que era pior, eu me sentia intimidada de fazer um show de uma
hora para um público egípcio. Eu não sabia que músicas dançar, e não me sentia
confortável em improvisar. As roupas que eu tinha eram duas que eu não gostava
muito. Em outras palavras, eu estava completamente despreparada. Ainda assim
agarrei a oportunidade porque, bem, eu nunca recuso uma. Mesmo que eu não
esteja preparada para ela. Eu aprendi que oportunidades só aparecem uma vez na
vida – sejam elas de amor, trabalho, ou o que quer que seja. Talvez os ricos
possam comprar as deles, mas nós, reles mortais, precisamos agarrá-las quando
elas aparecem. E fico feliz que eu tenha feito isso. Apesar da minha sensação
de incapacidade naquela noite, eu recebi as boas-vindas mais calorosas que uma
bailarina pode desejar. Sem dúvida, foi mais do que umas boas-vindas ao palco.
Foi uma recepção ao que seria a minha futura carreira, e uma que eu nunca vou
esquecer.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Depois de quase dois anos dançando na maioria dos resorts do
Mar Vermelho, um jovem dervixe rodopiante que dançava entre os meus shows me
perguntou se eu queria fazer um teste no Memphis, um cruzeiro no Nilo onde ele
trabalhava. Legalmente falando, eu não poderia ter colocado nem o pé naquele
barco. Eu já havia sido contratada no Semíramis, e a lei egípcia proíbe que
bailarinas estrangeiras trabalhem em mais de um lugar. Mesmo assim eu aceitei a
oferta dele e fiz o teste. Uma combinação do meu sexto sentido mais o fato de
que eu nunca tinha dançado no Semíramis (essa era a razão) me fez aceitar.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Para a minha alegria, eu passei no teste. Na mesma noite, o
gerente me pediu para trabalhar a noite toda, todas as noites. Eu expliquei que
fazer isso seria ilegal – que o máximo que eu me permitiria fazer era dançar
duas noites por semana, e que isso seria muito generoso da minha parte. Mas
quanto mais eu recusava, mais eles insistiam que conseguiriam a minha permissão
legal para dançar se eu saísse do Semíramis. Eu agradeci pela oferta, mas
recusei. Em primeiro lugar, eu não acreditava que eles fossem cumprir o
prometido. Aqui é tudo da boca pra fora, e as promessas são vazias. Eu não iria
cancelar a minha permissão com o Semíramis (mesmo que eu não estivesse
dançando) na esperança de que um gerente de um cruzeiro iria honrar as suas
promessas. Em segundo lugar, tinha o fator nome/prestígio. Não tem como
conseguir nada melhor do que o Semíramis aqui (mesmo sem estar dançando). Me
“rebaixar” a um cruzeiro no Nilo seria impensável, e um grande golpe na minha
carreira no Egito.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Um mês depois, o momento que o cruzeiro esperava chegou. O
gerente do Semíramis cancelou o meu contrato de trabalho e direito a
residência, me deixando completamente desamparada. Nós brigamos seriamente porque
ele ignorou os meus pedidos para viajar para casa por conta de uma morte na
minha família. Então ele me despediu.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Não posso negar. Aquele cruzeiro no Nilo não parecia tão
ruim depois dessa experiência horrorosa. Eu informei ao gerente do cruzeiro que
o sonho dele tinha se tornado realidade – que eu tinha sido despedida do
Semíramis – e que agora estava disponível. Ouvindo essa notícia, o gerente
geral do cruzeiro não perdeu tempo em me contratar. Ele já tinha percebido um
aumento nos lucros depois de apenas um mês em que eu estava dançando lá, por isso
não queria me perder para a polícia da dança do ventre ou para outro
estabelecimento. Na verdade, ele não só me contratou como entrou com um pedido
de licença para que o cruzeiro pudesse contratar bailarinas estrangeiras, um
passo que tomou muito tempo e dinheiro. Desde então, eu tenho dançado lá toda
noite com a minha banda – não só no cruzeiro, mas também em casamentos e outros
tipos de festa. Também já apareci na TV egípcia como solista e em clipes
musicais. No que diz respeito a isso, a minha vida realmente tem sido um sonho.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Também tem sido um sonho o fato de que eu aprendi a dançar
do jeito que eu sempre quis aprender. Isso não teria acontecido se eu não
tivesse conseguido a permissão legal para dançar. Claro, aulas são importantes.
Mas não há nada como o palco e um punhado de músicos toda noite para te ensinar
a dançar. Tem algo na espontaneidade de tudo isso, na interação com o público
egípcio, que te dá um bom entendimento da música e do sentimento dessa dança.
As performances constantes também me mantêm sob pressão. Eu tenho um público
cativo, assim como agentes com quem trabalho com freqüência, então tenho que
estar sempre apresentando coisas novas. Além disso, eu enjôo rápido. Isso
significa que estou sempre pensando em novas montagens e novas roupas. É
divertido, mas dá muito trabalho. Se não estou ensaiando com a minha banda,
estou procurando novos materiais ou desenhando e comprando novas roupas. É
realmente um trabalho de tempo integral, e eu tenho muita sorte de poder
dedicar todo o meu tempo a isso.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Apesar do aspecto fantasioso do meu trabalho como bailarina
de dança do ventre no Cairo, eu acho que é importante colocar as coisas sob
perspectiva. O fato de eu ter conseguido um emprego fixo aqui foi um golpe de
sorte. Alguns podem dizer que foi destino. Eu não sabia nem que o Memphis existia
nem pedi para fazer o teste. E o fato deles quererem me contratar de verdade
foi algo fora do padrão. A maioria dos lugares não são generosos a ponto de
fazer contratos com bailarinas estrangeiras, muito menos pagando todas as taxas
necessárias para isso. E ainda por cima, essa oportunidade veio depois de dois
anos de só seguir o fluxo – e não <i>procurando</i>
por uma oportunidade para dançar, mas aceitando aquelas que apareciam para mim.
Também veio depois de dois anos de sofrimento e de desilusão. Apesar de eu
nunca ter intencionado trabalhar no Egito, era exatamente isso que estava
acontecendo. E isso estava se tornando uma fonte de brigas na maioria dos meus
relacionamentos pessoais e profissionais. Então, ao mesmo tempo em que percebo
que o desenrolar da minha carreira tem um final de conto de fadas (ou início,
dependendo de como você vê), eu ainda acho que as pessoas se enganam um pouco
quando dizem que estou “vivendo o sonho”.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Verdade seja dita, esse sonho vira pesadelo mais
frequentemente do que eu gostaria de admitir. Apesar de todas as vantagens,
dançar no Cairo requer muito trabalho duro. Na verdade, reparei que o trabalho
duro vem na mesma proporção que a satisfação e o sucesso que você atinge. Para
começar, eu me tornei muito defensiva. Tem sempre um monte de gente no meio
tentando tirar vantagem em cima de você, seja pelo dinheiro ou pelo sexo. Não
acontece sempre, mas é freqüente o suficiente para que o meu modo padrão de
lidar com as pessoas seja na defensiva. Especialmente com aqueles que eu ainda
não tenho uma relação de confiança profissional. Para mim, todos são culpados
até que se provem inocentes.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Além disso, tem as questões legais. A “polícia da dança do
ventre”, ou <i>musanafat</i> e <i>adab</i> para ser exata. São eles que
regulam as licenças, e garantem que você não está “indecente” na sua dança ou
na sua roupa. Quando esses caras pegam no seu pé, a coisa pode ficar feia. As
penalidades incluem multas, prisão e deportação para estrangeiras, e dependem de
diversos fatores. A violação que você cometeu é um deles. Dançar sem cobrir a
barriga é uma violação menos grave do que dançar ilegalmente. Dançar sem cobrir
a barriga <i>e</i> ilegalmente é muito pior.
:) Se a polícia foi chamada ou não por outra bailarina com ciúmes é outro
fator. Se esse for o caso, você pode ser perdoada ou punida severamente por
suas violações reais ou empíricas. Isso vai depender do tipo de relacionamento
entre o policial e a bailarina que o enviou, claro. :)</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Num outro nível, se adaptar à cultura requer lidar com
alguns desafios. Alguns conceitos culturais e religiosos pré-definidos sobre a
mulher não combinam comigo. Nem os restritos códigos não-oficiais de conduta e
vestuário. Sem mencionar o constante assédio sexual. Isso pode ser massacrante.
Ter que estar o tempo todo se cobrindo, mesmo quando está um calor insuportável
do lado de fora, ter que esconder a minha profissão de todos para não ser
expulsa do meu apartamento (o que já me aconteceu antes), não poder me
expressar livremente – todas essas coisas podem ser extremamente irritantes.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Sob todas as condições que descrevi, você poderia imaginar
que uma comunidade de dança acolhedora seria o meio ideal para se apoiar. Mas,
infelizmente, esse não é o caso. Apesar de haver aquelas almas verdadeiras que
eu amo como se fossem minha família, a comunidade em geral é a antítese de
acolhedora. Você descobre que conforme vai subindo na carreira, fofocas
difamatórias e falsas acusações começam a proliferar. Muitos ou inventam
fofocas sobre o que você fez para conseguir o seu emprego, ou se mostram muito
inclinados em acreditar nas piores histórias sobre você. Alguns até tentam
destruir a sua carreira. Todo mundo ama um Zé-ninguém. Mas poucos gostam
realmente de alguém. E é por isso que você não sabe quem são seus verdadeiros
amigos até que coisas boas aconteçam para você. Juro que parece que você está
novamente na escola. Só que dessa vez eu já sei como me erguer e me manter
acima dessas coisas de um jeito que eu não sabia aos 15 anos de idade. Não
importa o que você diga ou faça, não importa como você dança, sempre vai ter
alguém te odiando, criticando, ridicularizando e te colocando para baixo. Então
você chega num ponto em que simplesmente para de se importar – um ponto no qual
você se sente livre para ser quem você é sem se preocupar com o que os outros
pensam. Pode parecer desagradável, mas também é libertador.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Contudo, não é sobre isso que quero falar. Isso vem com o
pacote de dançar no Egito, e na verdade tem sido uma fonte para o meu crescimento
pessoal. Pessoalmente, eu acho que o meu maior desafio não é nem a cultura nem
o ambiente pouco amigável da dança. É algo mais interno do que isso. É algo que
eu gosto de chamar de síndrome do “e se”. Eu amo o meu trabalho e sei o quão
sortuda eu sou por tê-lo. Mas o questionamento do e se eu tivesse feito
diferente me atormenta. Quer dizer, vamos encarar a verdade. Uma mulher comum
não faria as decisões que eu fiz na vida. Uma <i>pessoa</i> comum não se desviaria tanto da estrada testada e aprovada
para o sucesso para seguir um sonho vago de aprender a dançar num país do
terceiro mundo. E apesar de muitas pessoas me louvarem por isso, talvez haja
uma razão pela qual a estrada menos percorrida é menos percorrida. Levar uma
vida não-convencional pode ser divertido, mas significa se colocar numa vida
feita de incertezas e improvisos. E não quero dizer que isso acontece no palco.
Eu não tenho mais uma “coreografia” para a vida como costumava ter. Eu
abandonei isso quatro anos atrás. Eu troquei os ensaios pela “vida real”. Estou
apenas vivendo a vida, um dia de cada vez. Boêmia. Certamente não é a vida que
imaginei para mim mesma. E muito assustadora.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Hoje em dia, com todo o sofrimento que acontece no mundo,
começo a me sentir culpada por ter o trabalho dos meus sonhos. Tem gente
lutando para conseguir colocar comida na mesa, e pessoas pelo mundo todo dando
as suas vidas pela liberdade. Uma delas era amiga minha, e fez isso
recentemente na Síria. E aqui estou eu, dançando. Celebrando. O quê, eu não
sei. Mas as pessoas dizem que dança é celebração. Então isso começa a parecer
errado. Um pouco egoísta... Sem sentido... Vazio.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">O que quer que seja que eu estou passando, espero
sinceramente que seja temporário, e que eu saia dessa. Me esforcei demais em
lançar a minha carreira só para desistir porque acho que dançar é “<i>haram</i>”, apesar de ser por motivos
próprios. (Engraçado eu ter mais medo de mim mesma do que da Irmandade
Muçulmana proibir a dança!) Se não for mais nada, a forma como estou me
sentindo é a prova de que estou vivendo um sonho. Talvez não “O” sonho, mas um
sonho num sentido de que tudo o que acontece, seja bom ou ruim, é maior do que
a vida. E nos dá essa sensação de irrealidade. Lá no fundo, tem uma parte de
mim que gosta disso. Talvez seja por isso que estou rezando para não acordar
tão cedo.</span></div>
</div>
</div>
</div>
Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-92088187544276289482013-05-09T07:00:00.000-03:002013-05-09T07:00:16.255-03:00Livro do Mês: A Ponte das Turquesas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfgqrqfQvTPvPGQeQ9-4nFJx6ec-jovZfx0LJzqXD2EN4Z8fCh4IHORHl2_2qPQuxgaYTj0zuy-keMtagd-gdiUCSmFc9IoB5L7yN_lsJdCtzeTRfz2fQ5c9iLZn4PU6zN9XVnGzqtPlg/s1600/bienal-do-livro-rio-de-janeiro-2011+blog.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="297" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfgqrqfQvTPvPGQeQ9-4nFJx6ec-jovZfx0LJzqXD2EN4Z8fCh4IHORHl2_2qPQuxgaYTj0zuy-keMtagd-gdiUCSmFc9IoB5L7yN_lsJdCtzeTRfz2fQ5c9iLZn4PU6zN9XVnGzqtPlg/s320/bienal-do-livro-rio-de-janeiro-2011+blog.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Ainda no clima de sugerir livros diferentes (cansei um pouco de sugerir apenas livros de literatura ou que falem sobre o Egito), vamos aproveitar o final da novela Salve Jorge e falar sobre a Turquia!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">A Ponte das Turquesas foi o livro que me convenceu a escolher a Turquia como destino para a minha lua de mel em 2012 e que virou o diário de viagem que vocês podem ler <a href="http://ventredadanca.blogspot.com.br/search/label/viagem">aqui</a>. Escrito pela <span style="background-color: white; color: #222222; font-size: 15px; line-height: 21px;">historiadora </span>brasileira <span style="background-color: white; color: #222222; font-size: 15px; line-height: 21px;"> Fernanda de Camargo-Moro, o livro é um misto de memórias, relatos de viagem, história e livro de culinária, e de quebra ainda consegue apresentar Istambul como um lugar mágico, cheio de mistérios e de coisas interessantes para descobrir (o que é uma descrição muito realista, diga-se de passagem).</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghX6LyXQPDDQCftUmjJBD4684kFEjIXSrlGZvinQv7UH75RFBHnQFommERONST1ZL0Sy4XLOVn85T9GY-vaEZxjhjQSwmlGD5gfUZpdmfY2jDI0S_Pq61ZvBlqpBHxkckKImo6eG2tJjo/s1600/ponte+turquesas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghX6LyXQPDDQCftUmjJBD4684kFEjIXSrlGZvinQv7UH75RFBHnQFommERONST1ZL0Sy4XLOVn85T9GY-vaEZxjhjQSwmlGD5gfUZpdmfY2jDI0S_Pq61ZvBlqpBHxkckKImo6eG2tJjo/s1600/ponte+turquesas.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Capa da edição disponível nas melhores livrarias</td></tr>
</tbody></table>
É engraçado quando começamos a estudar o mundo árabe como às vezes esquecemos dessa cidade tão importante na história mundial, afinal não é qualquer lugar que pode dizer que tem raízes clássicas gregas, resquícios romanos e cristãos e mais tarde ainda virou a capital do Império Otomano, que é muçulmano. É tanta informação e tanta história, importante tanto para o Ocidente quanto para o Oriente, que é difícil acreditar que a autora conseguiu resumir tudo isso num só livro.<br />
<br />
E que livro! Além de ser bem escrito (confesso que fiquei receosa por conta de traumas com livros de história soporíferos na época da escola), ele traz histórias pessoais interessantes, e inclui não só a história da cidade, mas também da gastronomia ali presente! É de ficar com água na boca! E como babamos durante essa leitura, se não é com as receitas, é com as belíssimas descrições de Istambul, que faz jus aos elogios quando pisamos os pés por lá e vemos essa jóia da arquitetura ao vivo.<br />
<br />
Fica a dica de uma leitura leve, diferente, informativa e cativante :-)<br />
<br />
E se alguém fizer uma receita desse livro, por favor me chame!!!!<br />
<br />
Vocês podem ver a resenha original do livro <a href="http://leiturasdelaura.blogspot.com.br/2012/01/ponte-das-turquesas.html">aqui</a>.<br />
<div>
<br /></div>
Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-54123052470337055782013-05-03T07:00:00.000-03:002013-05-03T07:00:15.793-03:00Kisses from Kairo - Sentimentos sobre Sentimento<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt0MAu27mEr3Y6pbBwGLWFOC6QhtQ6NiA5bag7ofQshdGV5LfamiwqrMnA4B2rN7q5xXovF0zTxVGGo7RDC1nekubKCxR1E2HSmq27WUMOuZnWITCo5P_-sfef73aAbeHnjK23zCSBA4E/s1600/luna+branco+show.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt0MAu27mEr3Y6pbBwGLWFOC6QhtQ6NiA5bag7ofQshdGV5LfamiwqrMnA4B2rN7q5xXovF0zTxVGGo7RDC1nekubKCxR1E2HSmq27WUMOuZnWITCo5P_-sfef73aAbeHnjK23zCSBA4E/s320/luna+branco+show.jpg" width="212" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: inherit;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: inherit;">Sábado, 4 de agosto de 2012</span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal">
<br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><a href="http://kissesfromkairo.blogspot.com.br/2012/08/feelings-about-feeling_3232.html">Sentimentos sobre Sentimento</a></span><o:p></o:p></b></div>
</div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<b style="line-height: 18px;"><i><span style="font-family: inherit;">Por Luna do Cairo</span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><span style="font-family: inherit;"><i style="line-height: 18px;">Traduzido por Lalitha</i> </span></o:p><br />
<span style="font-family: inherit;"><o:p><br /></o:p><o:p></o:p></span>
<div class="MsoNormal">
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Vamos encarar. Nós, bailarinas estrangeiras, somos muito
pressionadas. Nós não só temos que ser lindas, mas temos que dançar da forma
mais egípcia possível. Algumas chegam mais perto do que outras, mas nenhuma de
nós chega na casa dos 100%. Pessoalmente, eu acho que é impossível. Ser egípcia
é uma dessas coisas com a qual ou você nasce com ou sem. Não importa o quanto
você faça imersão na cultura ou quão bem você fale o árabe, nunca seremos tão
egípcias quanto as egípcias. E, claro, nunca seremos mais egípcias do que uma.
:) Não que ser egípcia seja o objetivo, ou que <i>não</i> ser seja o fim do mundo. Nossa “desvantagem”, no entanto, é
sermos sempre comparadas às bailarinas egípcias. E um dos pontos de comparação
é o sentimento.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">“Sentimento” é uma dessas palavras que não tem um
significado real. Mesmo assim, a usamos o tempo todo para se referir a um
conceito vago do que é egípcio na dança. Não podemos definir exatamente o que
é; é a parte da dança que não pode ser definida, quantificada, calculada ou
ensinada. Mas de alguma forma, nós reconhecemos quando vemos. Ainda mais
interessante, sentimento é o que muitas bailarinas egípcias (dizem que) têm, e
que nós, não-egípcias, nos esforçamos por obter.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Dado que sentimento é um conceito tão vago, achei que seria divertido
fazer uma lista das minhas idéias sobre isso – sobre o que é, e o que não é. Mantenham
em mente que essas são as minhas idéias <i>subjetivas</i>
baseadas na experiência e na observação. Elas são, portanto, discutíveis.
Existe mais de uma forma certa de entender as coisas, então você não precisa
concordar com tudo o que eu escrevo. E isso não significa que uma de nós está
errada.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Quando os egípcios falam de sentimento, eles frequentemente
afirmam que é o falta às bailarinas estrangeiras. Eles dizem que nós temos uma
técnica ótima, mas que nossa dança é mecânica e chata. Eles acham que muitas de
nós não têm essa essência – esse espírito característico da dança oriental.
Eles não sabem se é porque nós não entendemos as letras ou a instrumentalidade árabes,
ou porque não somos egípcias. Enquanto não concordamos que falta sentimento a <i>todas</i>, eu acredito que para muitas de
nós é um pouco das duas coisas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">O sentimento surge quando uma bailarina <i>educada</i> está fisicamente, intelectualmente, e emocionalmente em
sintonia com a música, e consegue transmitir isso para o público. Eu frisei o
educada porque essa conexão só acontece quando nós adquirimos um conhecimento
profundo sobre a dança. Quando dominamos a técnica, entendemos a
instrumentalidade árabe, e compreendemos a letra da música. Quando sabemos que
tipos de movimentos combinam com cada instrumento. Quando nos tornamos
intimamente familiarizadas com as origens culturais da dança. Quando conhecemos
todas as regras e sabemos quando podemos quebrá-las. Quando alcançamos esse
nível de conhecimento, isso se reflete na nossa dança. Mas o que é isso
exatamente?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Para mim, sentimento é, antes de qualquer coisa, a <i>forma</i> como a bailarina executa os
movimentos. Uma questão de estilo, se você quiser colocar assim. Dependendo da
energia por trás, um movimento pode parecer turco, egípcio, tipo hip-hop, ou
parecido com nada. Exatamente o mesmo movimento, com ênfase diferente, logo um <i>sentimento</i> diferente. É como se fosse um
sotaque, se pensarmos em línguas estrangeiras. Nos Estados Unidos, por exemplo,
nos lugares onde há muitos imigrantes não é incomum escutarmos algumas palavras
carregadas em sotaque indiano, latino ou asiático. Apesar de todos falarmos a
mesma língua, o inglês de cada grupo étnico tem um som distinto, ou um
sentimento. E isso não é uma coisa ruim.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">O mesmo se aplica à dança. Quando eu comecei a fazer aulas
em Nova Iorque, uma das minhas professoras me disse que a minha dança não
parecia (i.e. não tinha o “sentimento”) do Oriente Médio (pensando agora, nem a
dela :P). Claro, eu estava fazendo todos os movimentos corretamente, mas a <i>forma</i> como eu fazia os movimentos não
era muito oriental, muito menos egípcia. Os meus braços, que eu mantinha
extremamente estendidos, estavam mais apropriados para direcionamento do
trânsito do que para a dança do ventre. Meus movimentos de quadril eram tão
grandes, perfeitos e violentos que eles pareceriam mais de hip-hop do que de
dança do ventre. Vale dizer que eu tinha estudado no passado um pouco de
hip-hop e de jazz, então era daí que vinha o “sotaque” com o qual eu falava a
língua da dança egípcia. Desde então eu aprendi a ser mais suave e fazer os
meus movimentos menores. Livrei-me do meu sotaque, por assim dizer. :) E eu
aprendi que os movimentos de quadril não precisam ser tão prefeitos ao ponto de
parecerem robóticos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">O sentimento é mais do que uma questão de estilo,
entretanto. Parte do que queremos dizer quando dizemos que uma bailarina dança
com sentimento é que ela interpreta corretamente uma música. Em outras
palavras, que ela tem um bom ouvido. Ela sabe combinar os movimentos com os
instrumentos. Ela sabe que o acordeom, por exemplo, pede que ela faça
movimentos sinuosos, como oitos e ondulações. E que o <i>derbake</i> obviamente pede movimentos mais percussivos. Mais
importante, ela sabe o que fazer quando tem diversos instrumentos tocando ao
mesmo tempo... como, por exemplo, o ritmo se acelera durante um solo de
acordeom. Uma bailarina com uma boa percepção vai saber quando ignorar o <i>derbake</i>, quando ignorar o acordeom, e
quando se utilizar de ambos. E isso é algo que vem com a experiência.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Tem outro aspecto nessa história toda de sentimento que eu
quero mencionar, principalmente porque parece haver todo um desentendimento
sobre o assunto. EMOÇÃO. Como todos já puderam reparar, é muito comum para as
bailarinas egípcias de hoje em dia transmitirem a emoção das letras com
expressões faciais e gestos com as mãos. Também é muito comum que as
estrangeiras as imitem. Às vezes funciona. Mas é muito frequente, já que a
maioria das bailarinas não-egípcias não entende as letras em árabe sem uma
tradução, que a imitação delas seja exatamente isso – uma imitação. E pode
parecer falso e exagerado.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Eu tenho reparado muito nisso recentemente, quanto mais eu
tenho dado workshops fora do Egito e visto performances das alunas. Esse é um
problema que as bailarinas têm em qualquer lugar, mas especialmente na Europa,
onde a cultura da dança do ventre é muito competitiva. Em qualquer final de
semana, você pode encontrar competições acontecendo por todo o continente. Isso
resulta em bailarinas lutando para se sobrepor às outras de qualquer forma. E
uma das formas de fazer isso é fazendo expressões extremamente exageradas de
alegria, dor ou qualquer outra emoção que as letras estejam transmitindo. Ou
fazendo gestos extremamente exagerados. É como se elas achassem que vão acertar
no “sentimento” desse jeito.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Esse é o problema. Existe uma diferença entre sentimento e
atuação. Sentimento se trata principalmente de interpretação musical. E apesar
de às vezes incluir a expressão da emoção, não se trata de fazer mímicas no
palco, ou sobre provar para o público (ou a banca) que você entende árabe.
Enquanto é sempre bom conhecer a letra ou até mesmo cantar junto se você
conseguir, fazer caretas durante toda a música para provar que você entende
árabe é desnecessário. Fazer demais de uma coisa boa é ruim.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Tem uma performance que eu nunca vou esquecer. Foi de uma
bailarina européia num festival egípcio há alguns anos atrás. A moça estava
dançando uma música sobre amor não correspondido, e ficava fazendo
repetidamente movimentos violentos de esfaquear... como se ela estivesse se
apunhalando nos quadris e no coração. Ela então se jogou no palco e bateu no
chão com a mão ao som da palavra “<i>bahibak</i>”,
que significa “eu te amo”. Ela definitivamente me deixou impressionada, mas
pelas razões erradas. Eu me senti como se tivesse sido atacada – como se ela
tivesse me forçado a sentir o que ela estava sentindo. Uma coisa é expressar a
emoção da música. Outra coisa é subir no palco e FORÇAR AS PESSOAS A SENTIR
CARAMBA! Que era exatamente o que ela estava fazendo. :)</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Eu já vi muitas performances assim. E eu saio delas
pensando, se ela tivesse reduzido uns 50%, dançado mais e atuado menos, ela
teria sido convincente.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">A cultura da competição não é a única culpada pela atuação
exagerada. Alguns professores de dança egípcios muito famosos também têm culpa.
Nos últimos anos, tem havido uma tendência cada vez maior de vários professores
egípcios de influência de fazerem caras e bocas durante toda a música. Isso
está acontecendo porque eles têm escolhido músicas pops mais novas que tem
composição e instrumentação inferiores aos clássicos mais antigos, e que não
deveriam ser dançadas! Porque essas músicas não têm nenhuma complexidade
musical, não tem mudança de ritmo, não têm instrumentos de corda, a única coisa
que dá para fazer é seguir as letras com mímicas e caras e bocas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">É triste que isso esteja se tornando tão comum. Mas parece
ser o resultado da preguiça e da falta de cuidado que surgem quando professores
estrelas se voltam exclusivamente para o comércio. Quando isso acontece, eles
param de pensar e de se esforçar na arte. Eles simplesmente pegam o último
sucesso pop, fazem uma coreografia mais ou menos cheia de caras e bocas, e
ensinam em workshops por todo o mundo. E então chamam isso de “sentimento”. Não
é à toa que todos nós começamos a fazer caretas! Não só estamos imitando as
bailarinas egípcias, mas estamos sendo <i>ensinadas</i>
a fazer isso por professores egípcios que passamos a respeitar e admirar!</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Então, apenas para deixar claro: só porque uma música é nova
ou rápida, não quer dizer que ela deva ser dançada. E não é porque alguém que
sabe mais do que você está apresentando um lixo, que devemos aceitar cegamente.
Mas é exatamente isso que está acontecendo. Justamente porque muitas de nós,
compreensivelmente, acreditam que qualquer coisa que um egípcio faça está
certa, é que nós estamos seguindo essa tendência e levando a novos extremos.
Que, é o que eu queria dizer, <i>não</i> é a
definição de sentimento.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Do lado oposto do espectro, estão aquelas egípcias que
sentem sim – talvez um pouco <i>demais</i>.
:) Na verdade, às vezes elas sentem a emoção da música de forma tão intensa que
elas esquecem de dançar! Elas cantam e gritam e fazem gestos enlouquecidos e
jogam um shimmie aqui e outro ali... eu juro que às vezes eu sinto como se
estivesse assistindo a alguém bêbedo no karaokê! :)~ Isso pode ser tão
engraçado quanto esquisito ao mesmo tempo. Engraçado porque elas esquecem de si
mesmas e de que estão num palco. Esquisito porque elas desnudam <i>completamente</i> as suas almas para o
público. E, acredite em mim, você não quer estar em nenhum desses papéis. :)
Como público, você não quer ser sujeitado a isso. Como bailarina, você não quer
estar na posição onde toda a sua disposição psicológica está às vistas do
público. É informação demais, e uma invasão ao direito de privacidade do
público. E eu não quero dizer à privacidade <i>deles</i>,
quero dizer a <i>nossa</i>. Sim, o público
tem o direito à privacidade do artista.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Pense sobre o assunto. Não queremos assustar alguém da
platéia, ou mostrar a eles nossas partes íntimas – mais por consideração a eles
do que por nós mesmas. Então porque iríamos mostrar a eles a parte mais íntima,
mais privada, da nossa alma? Isso se chama nudez psicológica, e é provável que
o seu público não queira ver isso.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Pessoalmente, quando me confronto com essa situação, eu me
pego psicanalisando a bailarina. Eu começo a tentar entendê-la, e a imaginar
todo o tipo de coisa sobre a sua personalidade, os seus vícios, sua vida, e
diversas outras coisas que não são da minha conta. E é por isso que nós, como
artistas, não deveríamos colocar nosso público nessa posição. Nós estamos lá
para deleitar o nosso público com uma boa dança, não para começar uma sessão
pessoal de meditação/busca da alma com nós mesmas. O palco é sobre <i>eles</i>, não nós. Não só esses sentimentos
pessoais podem fazer o seu público ficar desconfortável, como tiram de nós todo
o mistério. E eu não quero dizer apenas o mistério físico, tampouco, apesar
dele também ser importante. Eu quero dizer o mistério emocional, psicológico.
Assim que perdemos o nosso mistério, não há mais razão para o público voltar e
nos assistir novamente. Eles já viram tudo. Não há mais nada para eles
descobrirem.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Eu acho que o objetivo desse post era dizer que quando
estamos no palco, nós estamos atrás do volante. Nós podemos e devemos controlar
o quanto de nós mesmas nós mostramos para o público. Lembre-se, como em tudo,
muito de qualquer coisa nunca pode ser bom. Isso também se aplica ao sentimento
e à atuação. O truque para dançar com sentimento é atingir um equilíbrio. Nós
devemos ser capazes de expressar tanto a música quanto a letra de uma forma que
seja verdadeira para nós mesmas, mas sem exagerar. Isso não só vai tornar a
nossa dança mais genuína, mas também mais convincente.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Como sempre, comentários, questionamentos ou reclamações são
bem-vindos. :)</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
</div>
Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-35261767749260507412013-04-27T07:00:00.000-03:002013-04-27T07:00:04.601-03:00A realidade e o futuro do feminismo islâmico<br />
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; line-height: 24.296875px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Texto de Rachelle Fawcett. Tradução de Simone Andrea, publicada originalmente no site <a href="http://blogueirasfeministas.com/2013/04/a-realidade-e-o-futuro-do-feminismo-islamico">Blogueiras Feministas</a>.</span></em></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; line-height: 24.296875px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Originalmente publicado com o título: <a href="http://www.aljazeera.com/indepth/opinion/2013/03/201332715585855781.html" style="border: 0px; color: #2f8e68; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">The reality and future of Islamic feminism</a>, no site Aljazeera.</span></em></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: 'Droid Sans', 'Helvetica Neue', 'Nimbus Sans L', sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24.296875px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></em></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; line-height: 24.296875px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"></em></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">No que consiste um feminismo islâmico e para onde vai?</strong></em></div>
<div style="border: 0px; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Em alguns círculos muçulmanos, a palavra com “f” (feminismo) levanta tanto tensões quanto sobrancelhas, imediatamente evoca representações de mulheres dominadoras, raivosas e que odeiam a família. Mas, como outras imagens que acodem à mente com a menção de qualquer rótulo – inclusive a imagem da mulher oprimida que frequentemente se vislumbra quando alguém escuta a palavra “muçulmana” – essa reação visceral está baseada em estereótipos que podem ser verdadeiros num contexto social e histórico muito específico, mas não fazem sentido quando comparados com uma realidade mais ampla, portanto, não justifica a hostilidade que desencadeia. Enquanto a retórica popular islâmica gaba-se da libertação da mulher com o surgimento do Islã há mais de 1.400 anos atrás, a repetição contínua dessa história nada faz para aliviar o sofrimento das mulheres hoje, exceto voltando ao princípio, a partir do texto fundador do Islã, o Corão.</span></em></div>
<div style="border: 0px; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Mas o que é o “feminismo islâmico”, como se desenvolve e quais são os seus atores?<a href="http://www.wilsoncenter.org/staff/margot-badran" style="border: 0px; color: #2f8e68; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">Dra. Margot Badran</a>, formada pelas universidades de al-Azhar e de Oxford, <a href="http://www.countercurrents.org/gen-badran100206.htm" style="border: 0px; color: #2f8e68; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">define o “feminismo islâmico”</a> nestes termos:</span></em></div>
<blockquote style="border: 0px; color: #444444; margin: 0px 30px 0px 60px; padding: 0px; position: relative; quotes: none; vertical-align: baseline;">
<div style="border: 0px; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">… uma definição concisa do feminismo islâmico é colhida dos escritos e do trabalho de protagonistas muçulmanas por meio de discursos e práticas feministas, que extraem sua interpretação e missão do Corão, buscando direitos e justiça dentro do contexto de igualdade de gênero para mulheres e homens na totalidade de sua existência. O feminismo islâmico explica a ideia de igualdade de gênero como algo que faz parte da noção corânica de igualdade de todos os insan (seres humanos) e reclama a implementação da igualdade de gênero no Estado, nas instituições civis, no cotidiano. Ele rejeita a dicotomia público/privado (a propósito ausente na jurisprudência islâmica dos primórdios, ou fiqh) conceituando uma umma holística na qual os ideais do Corão operam em todos os espaços.</span></em></div>
</blockquote>
<div style="border: 0px; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Esta é uma distinção importante. “Feminismo islâmico” não é simplesmente um feminismo nascido em culturas islâmicas, mas sim um que encaixa a teologia islâmica nos textos e nas tradições canônicas. Nitidamente, um feminismo “islâmico”, na sua essência, inspirado no conceito corânico de igualdade de todos os seres humanos e que insiste na aplicação de sua teologia na vida diária. Derivada dessa definição básica, encontramos uma pletora de diferentes interpretações, movimentos, projetos, personalidades, criando feminismos que têm diversos rostos. Frequentemente, questões femininas são trivializadas em usar ou não o véu, ou apertar as mãos de homens que não são da família, e, enquanto questões mais amplas, como violência doméstica, estão sendo <a href="http://www.mmada.org/" style="border: 0px; color: #2f8e68; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">vigorosamente debatidas</a>, a questão central – o que a “igualdade” significa e como se expressa – prossegue largamente ignorada. Por exemplo, a violência doméstica é errada porque causa dor, sofrimento e é injusta, mas a crença central no direito do homem mandar na mulher nem sempre é parte dessa discussão.</span></em></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></em></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Ensinando o que conta</strong></em></div>
<div style="border: 0px; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Este ano, o tema da <a href="https://sites.google.com/site/ucsbgsisc/home-1" style="border: 0px; color: #2f8e68; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">3ª Conferencia Anual de Estudantes de Graduação em Estudos Islâmicos</a> foi “Reconstituindo a Autoridade Feminina: a Participação da Mulher na Transmissão e na Produção do Conhecimento Islâmico”, foi nesse foro que o futuro do feminismo islâmico esteve bem representado.</span></em></div>
<div style="border: 0px; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Nenhum<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"> workshop</em> foi desperdiçado em tecnicalismos sobre o véu ou em discussões desgastadas acerca de o Islã liberar as mulheres com a proibição de infanticídios de meninas ou o direito das mulheres à herança (que não foi totalmente obedecido nem no tempo de Maomé). Ao invés disso, os <em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">workshops</em> e os estudantes que os apresentaram demonstraram a complexidade e a diveersidade dos movimentos de mulheres, novos e antigos, no mundo muçulmano. Em “O Milagre de Bibi Fatima: Consagração e Autoridade Feminina”, apresentado por Summar Shoaib, mulheres transmitiam histórias de Fatima, a filha do Profeta Maomé, aparecendo e ajudando outras mulheres com preces especiais. Em tais contextos, mulheres passam adiante o conhecimento religioso numa tradição matrilinear que funciona como um canal para o ativismo religioso. Contar histórias torna-se um meio de força que proporciona uma base e um apoio para as mulheres, através dos laços de parentesco forjados pelo ato de contar histórias além da tradição que são passadas adiante.</span></em></div>
<div style="border: 0px; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Os principais palestrantes: <a href="http://www.wisemuslimwomen.org/muslimwomen/bio/amina_wadud/" style="border: 0px; color: #2f8e68; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">Amina Wadud</a>, <a href="http://scholarofthehouse.org/" style="border: 0px; color: #2f8e68; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">Khaled Abou el Fadl</a>, <a href="http://www.religion.ucsb.edu/?page_id=654" style="border: 0px; color: #2f8e68; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">Kathleen Moore</a> e <a href="http://www.international.ucla.edu/cnes/people/person.asp?Facultystaff_ID=1270" style="border: 0px; color: #2f8e68; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">Asma Sayeed</a> falaram sobre a inclusão como direito e necessidade para a autoridade moral da pessoa e a história das mulheres nas tradições jurídicas islâmicas. O Islã “puro e simples” no qual as questões femininas são amenizadas com desculpas ou simplificadas como terciárias ou subalternas não foi encontrado em lugar algum. Pelo contrário, estudantes e professores recordaram a história que sempre se menciona somente de passagem, ou através de poucas figuras históricas chaves, retórica clichê e argumentos simplistas, não-históricos. Atendo-se aos padrões acadêmicos, este grupo diversificado de estudantes, através de sua busca intelectual do passado e do discurso voltado ao futuro, foi uma parte pequena, mas importante, da linhagem contínua da sabedoria feminina no Islã.</span></em></div>
<div style="border: 0px; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Eles eram exemplos do conjunto misto de “feminismos islâmicos” no Mundo islâmico. Mulheres em todos estes contextos estão encontrando as tradições baseadas em suas respectivas culturas, necessidades, prioridades e recursos, criando um retrato bem acabado do movimento global no qual as mulheres criam seu próprio caminho para o conhecimento e avançam com ele. Em alguns contextos, isto significa discutir direitos fundamentais como libertação da violência, enquanto em outros as mulheres conquistam e encontram seu próprio espaço para desafiar os dogmas tradicionais, redescobrindo a história feminina do Islã e o lugar para o discurso futuro, também em outros contextos, pela criação de um espaço inclusivo para rezar, adorar e estar com Deus. Um exemplo é o de <a href="http://www.a-n-i.net/" style="border: 0px; color: #2f8e68; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">Ani Zonneneveld</a>, musicista e co-fundadora do <a href="http://mpvusa.org/" style="border: 0px; color: #2f8e68; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">“Muçulmanos por Valores Progressistas”</a>, que promove paz e justiça social, através da criação de mesquitas inclusivas e da expressão de ideais igualitários através da música islâmica como meio de adoração.</span></em></div>
<div class="wp-caption aligncenter" id="attachment_13953" style="background-color: #fcfcfc; border-bottom-left-radius: 5px; border-bottom-right-radius: 5px; border-top-left-radius: 5px; border-top-right-radius: 5px; border: 1px solid rgb(238, 238, 238); box-shadow: rgb(238, 238, 238) 0px 0px 3px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: normal; margin: 20px auto; max-width: 100%; padding: 10px 0px 0px 10px; vertical-align: baseline; width: 610px;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><a href="http://www.guardian.co.uk/world/gallery/2011/dec/20/women-protest-cairo-pictures#/?picture=383586956&index=1" style="border: 0px; color: #2f8e68; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><img alt="Enquanto as questões das mulheres no mundo islâmico estão sendo debatidas, a questão central do que significa “igualdade” e como se expressa continuam largamente ignoradas. Foto de Mohamed Omar/EPA." class="size-full wp-image-13953" height="397" src="http://i2.wp.com/blogueirasfeministas.com/wp-content/uploads/2013/04/feminismo_islamico.jpg?resize=600%2C397" style="background-color: white; border: none; box-shadow: rgb(238, 238, 238) 0px 0px 3px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; height: auto; line-height: inherit; margin: 0px; max-width: 100%; padding: 0px; vertical-align: baseline;" width="600" /></a></em><br />
<div class="wp-caption-text" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 13px; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: 1.62em; margin-bottom: 10px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Enquanto as questões das mulheres no mundo islâmico estão sendo debatidas, a questão central</em><br />
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">do que significa “igualdade” e como se expressa continuam largamente ignoradas. Foto de <a href="http://www.guardian.co.uk/world/gallery/2011/dec/20/women-protest-cairo-pictures#/?picture=383586956&index=1" style="border: 0px; color: #2f8e68; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">Mohamed Omar/EPA</a>.</em></div>
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</em></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Impactando não apenas mulheres, mas a sociedade em larga escala</strong></em></div>
<div style="border: 0px; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Um feminismo islâmico é, presumidamente, um feminismo intrinsecamente dotado de competência (trans)cultural, uma vez que o Islã, em geral, é uma tradição profundamente diversificada e permite flexibilidade, dependendo do contexto, desde que o núcleo essencial da ética islâmica não seja violada. Como o cerne dessa ética se define pode variar de acordo com o contexto, mas as tentativas de definição irão ajudar a espalhar uma discussão mais ampla, que possa eliminar as desculpas e discutir as causas fundamentais. É em tais debates que as feministas islâmicas, mais do que acreditar na tradição ou num feminismo proliferado – como especificamente o feminismo ocidental – insistem num retorno ao Corão e no emprego de princípios de análise contextual e racional, que questionem crenças tradicionalmente aceitas acerca das mulheres, através da retórica pela qual elas se formarão.</span></em></div>
<div style="border: 0px; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Pode ser dito que a maior tarefa do feminismo islâmico é separar cultura de religião. Esta é, talvez, a razão principal da hostilidade e raiva com que esse movimento se depara. Em alguns contextos muçulmanos, desafios às crenças tradicionalmente baseadas na autoridade não encontram um diálogo inteligente e bem informado, que esteja aberto à busca contínua da verdade e justiça, mas sim com a suspeita e hostilidade daqueles que procuram declarar um Islã único e “verdadeiro”, dependente da estrutura social apoiada na hierarquia de gênero. É sociologia elementar entender que as mulheres são frequentemente as fundações da cultura, porque elas são as primeiras professoras e mantêm laços estreitos com a próxima geração. Daí, a “estabilidade” da sociedade é frequentemente associada com a permanência das mulheres em seus lugares “próprios e naturais”.</span></em></div>
<div style="border: 0px; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Mas, esta “estabilidade” não é a estabilidade da sociedade, mas sim, da hierarquia e, portanto, da autoridade. O feminismo islâmico, como discutido antes, não está em busca da hierarquia com as mulheres no seu topo, ao contrário, está em busca de uma estrutura social igualitária em que caráter, bom trabalho e piedade – não gênero – sejam os fatores decisivos da autoridade social. Ademais, como Khaled Abou el Fadi<a href="https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=cI3xWfevn2I" style="border: 0px; color: #2f8e68; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">argumentou em sua exposição</a> na conferncia de Santa Barbara, cada ser humano tem direito a uma autoridade moral que não pode ser realizada se é proibido de ter uma vida plena. O argumento hierárquico é que as mulheres teriam uma “vida plena” somente se aceitassem seu “lugar natural”, mas esse argumento omite a definição, e portanto as necessidades, o talento e as aspirações (que tanto podem ser tornar-se uma astronauta ou uma mãe de 10 crianças) das próprias mulheres. Uma “vida plena” não pode ser definida para elas.</span></em></div>
<div style="border: 0px; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Numa certa época da História islâmica não foi incomum ver mulheres muçulmanas instruídas ou devotadas, e a presença dessas mulheres não significava, necessariamente, que elas concordassem com os papeis das mulheres, assim como não concordamos hoje, mas sua existência criou uma teologia mais equilibrada e acessível, com elevado grau de credibilidade. Através da recuperação dessa história, as mulheres encontram sua base e suporte num discurso feminino islâmico.</span></em></div>
<div style="border: 0px; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Ademais, as lutas com foco nas mulheres não impactam somente nelas, mas na sociedade como um todo, e esta é a arena na qual os maiores abusos da teologia islâmica são mais evidentes. O autoritarismo do Islã puritano, que fez surgirem movimentos como o Talibã, definiu como sua missão especial controlar totalmente as mulheres, como vimos (acontecer) com <a href="http://www.huffingtonpost.com/news/malala-yousafzai/" style="border: 0px; color: #2f8e68; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">Malala Yousafzai</a>, que foi baleada por promover a educação de todas as crianças, especialmente meninas. As mesmas estruturas e princípios nucleares utilizados para oprimir as mulheres, são utilizados para promover o terrorismo e o ódio em nome do Islã. Dessa forma, o bem que advém de combater e desafiar esses estruturas vai muito além das mulheres.</span></em></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></em></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">O impulso para o igualitarismo inclusivo</strong></em></div>
<div style="border: 0px; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Algumas pessoas, como a organizadora da Conferência da Universidade da Califórnia, Samaneh Oladi, intuem que o ressurgimento das mulheres nos campos da história e da teologia islâmica acontece naturalmente, como um movimento de bases, no qual as próprias mulheres são os agentes da mudança.</span></em></div>
<div style="border: 0px; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Nesses movimentos de base, veem-se mulheres trabalhando nas comunidades e em contextos institucionais e sociais que utilizam a religião, mais do que uma compreensão secular de direitos humanos, como sua diretiva pela mudança. Aos poucos, isto vai mudando social e demograficamente, e cria o que é, na essência, a escada para um envolvimento teológico maior. Mas esta mudança também está acontecendo na política, como Margot Badran me explicou, uma vez que os Estados podem desempenhar um papel na articulação da transmissão, pelas mulheres, da sabedoria islâmica.</span></em></div>
<div style="border: 0px; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Para usar o exemplo dela, no inicio dos anos 60, quando o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser forçou <a href="http://www.azhar.edu.eg/" style="border: 0px; color: #2f8e68; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">al-Azhar</a>, a primeira universidade islâmica, a aceitar mulheres, foi um esforço para “dispersar” a instituição (torna-la mais secular, juntamente com outros esforços no mesmo sentido) e “abrir um racha” pela aceitação de mulheres, mas, ao revés, criou uma oportunidade para que mulheres tivessem acesso a formas tradicionais de instrução islâmica que acabaram por levar as mulheres estudantes à universidade. Da mesma forma, com a queda gradual dos regimes autoritários em alguns países de maioria muçulmana, as mulheres estão voltando para a escola e desafiando o discurso que as oprimia. Isto faz surgirem organizações, legislação e esforços internacionais para libertar as mulheres da opressão através da educação, dos serviços de saúde e de ajuda econômica. No Ocidente, em Estados que não podem calar a autoridade religiosa feminina, mulheres envolvidas em vários esforços – desde a criação de abrigos para muçulmanas, como <a href="http://mnisaa.org/" style="border: 0px; color: #2f8e68; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">Muslimat al-Nisa</a> em Nova Iorque, até o apoio a imans femininos – encontram oposição social e institucional, mas prosseguem no mesmo padrão de empregar os textos e a tradição teológica islâmica para rebater argumentos baseados na religião de que as mulheres devam ser, em qualquer via possível, subordinadas aos homens.</span></em></div>
<div style="border: 0px; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Evidente que as realidades do que é o “feminismo islâmico” e como ele é vivido são muito complexas, e é como devem ser. A realidade do feminismo islâmico como um movimento global, no qual as mulheres voltam-se ao Corão e as tradições proféticas para defender que as mulheres são seres humanos por inteiro e iguais aos seus parceiros masculinos. Como elas se expressam e até onde isso as levará dependerá das mulheres em seus contextos específicos.</span></em></div>
<div style="border: 0px; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Assim como se dá com as teorias feministas seculares, o que funciona para as muçulmanas do Sul da Califórnia, pode não funcionar no Afeganistão rural, e nem este, nem aquele há de ditar “feminismo” ao outro. O feminismo islâmico é um processo em desenvolvimento, no qual partimos do direito à vida e à autoridade moral e pessoal para irmos além. Podem haver algumas que se auto-intitulam “feministas islâmicas” e insistem na restruturação da hierarquia com as mulheres – em vez de com os homens – no topo, mas estas são minoria. Aliás, a hierarquia é intrinsecamente injusta e reestrutura-se melhor num igualitarismo inclusivo, que inclua não só as mulheres, mas todos os seres humanos invisíveis ou deixados de fora dos lugares islâmicos tradicionais.</span></em></div>
<div style="border: 0px; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Não precisamos de uma nova palavra para substituir “feminismo”, a fim de evitar a dificuldade automática que advém de estereótipos populares, do mesmo modo que seria igualmente incorreto buscar uma nova palavra para “muçulmano”; de preferência, permitamos-nos alcançar uma compreensão mais aberta e ampla do que é o feminismo islâmico, quem o constrói e o estrutura, e dos caminhos diversos e complexos percorridos, não apenas em benefício das próprias mulheres, mas de toda a humanidade.</span></em></div>
<div style="border: 0px; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Seja de forma orgânica ou política, ou por quaisquer outros meios, as mulheres estão reclamando seus espaços no discurso islâmico e mudando sua realidade, talvez através de uma tradição de contar histórias há muito estabelecida, ou mesmo criando mesquitas inclusivas, e algumas pelo retorno ao começo, o próprio Corão. No futuro, talvez o feminismo islâmico se depare com instituições sociais mais fortalecidas, além de recursos que apoiem as mulheres e o fim de desculpas esfarrapadas, mas, sobretudo, talvez vejamos o renascimento da sabedoria acadêmica feminina (que nunca foi totalmente destruída) no Islã, que una o texto à tradição, para continuamente buscar a justiça ao lado, e não acima, de nossos companheiros homens. Se este é o rumo para o qual estamos indo, então o futuro é claro também.</span></em></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: normal; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">—–</em></div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Rachelle Fawcett está completando seu Mestrado* em Estudos Islâmicos no Seminário Hartford, viveu no Iêmen e no Egito, e escreve, fala e faz apresentações sobre o feminismo islâmico, competência (trans)cultural, pluralismo e teologia crítica.</span></em></div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">* No texto original, MA, sigla que significa, literalmente, “Mestre em Artes”. A expressão nada tem a ver com “artes” em sentido estrito. No sistema educacional anglo-americano, um diploma em “artes” significa que o aluno está focado numa ampla area de aprendizado e discussão, ao passo que um diploma em “ciência” implica numa compreensão profunda e técnica da matéria estudada.</span></em></div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit;">Simone Andrea é autora de “Direitos da Filha e Direitos Fundamentais da Mulher” (Ed. Juruá) e escreve no blog <a href="http://simoneandrea.blogspot.com.br/" style="border: 0px; color: #2f8e68; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">Simone Andrea</a>.</span></em></div>
<br />Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-83471123969657357232013-04-21T07:00:00.001-03:002013-04-21T07:00:02.852-03:00Diário de Viagem - TURQUIA – 9° dia – Excursão pelo BósforoDepois de passar alguns dias acordando inumanamente cedo e
tendo que fazer as malas todo dia de manhã, finalmente acordamos num horário
razoável, programados para sair às 8h da manhã numa excursão de um dia pelo
Bósforo.<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Como em todas as excursões, primeiro o guia faz diversas
paradas em diversos hotéis para pegar todos os turistas participantes, e
enquanto fazia isso ele aproveitou para falar sobre a vida dos sultões na época
do Império Otomano.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A nossa primeira parada seria, na verdade, o Bazar das
Especiarias, conhecido também como Bazar Egípcio, que é menor do que o Grande
Bazar, e, adivinha, é especializado em especiarias e artigos relacionados
(perfumes, essências, temperos, comidas em geral e, claro, quinquilharias). O
Bazar foi construído do lado da Mesquita Nova, e data do século XVII, e ganhou
o nome Egípcio porque foi construído com receitas vindas do Egito. Ali vale à
pena visitar a parte de dentro do Bazar, que é linda, extremamente colorida e
com um cheiro estonteante (de bom!!!), porém, se a sua idéia é fazer compras
por um bom preço, faça-as do lado de fora, onde tudo é mais barato, e mais
confuso também, com alguma probabilidade dos vendedores só falarem turco.<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCmmP2allZ30Rnl6kmkEtMLXAl27nuDzK201K5ZAvoFRazD6wU-N_E3dFUxCjIvylsPdYUmoRnLoAx4Kday3zKsBoY8WrOM326NNKde4Su3oBVP68XjGo48BrVelM48McvnL2LFyMs4T8/s1600/IMG_1462.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCmmP2allZ30Rnl6kmkEtMLXAl27nuDzK201K5ZAvoFRazD6wU-N_E3dFUxCjIvylsPdYUmoRnLoAx4Kday3zKsBoY8WrOM326NNKde4Su3oBVP68XjGo48BrVelM48McvnL2LFyMs4T8/s320/IMG_1462.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">bancada "básica" de chás</td></tr>
</tbody></table>
As lojas são dividas meio que por temas, tem lojas só de
doces, outras só de ervas e chás, outras só de temperos. Acabamos por visitar
algumas, comprando uma quantidade absurda de chá (tenho chá para alguns anos em
casa agora), algumas castanhas, doces e essências (adoro um cheirinho). A loja
de essências que visitamos também vendia chás, o que facilitou muito o regateio
final com o vendedor. Aliás, aquela loja foi uma visita à parte, pois ficamos
muito tempo batendo papo com o vendedor, que era muito simpático, e dava para
ver como ele suava frio quando percebeu que eu é que estava negociando. Ah,
sim, na Turquia na maioria das vezes a mulher escolhe o que ela quer levar e
depois o marido se encarrega de negociar o preço (isso acontece tanto com os
turcos quanto com os estrangeiros), mas nesse caso o vendedor já conta com a
venda, pois a mulher já decidiu o que ela quer. Só que não era esse o caso, e o
vendedor ficou para morrer, e passou toda a negociação dizendo para o meu
marido que ele tinha muita sorte comigo. Fica a dica, mulheres, negociem vocês
mesmas! Só não se esqueçam de duas regras: se você aceitar levar alguma coisa,
depois não pode desistir, eles ficam extremamente ofendidos. Se você disser que
não quer levar, também é complicado mudar de idéia, eles não abaixam o preço se
perceberem que você está só fazendo charme. O lance é manter o “poker face”.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSS9IcJzgDagnv3G_dU9KuzXIM_M2syCI77x9R7buqfYEbHiWfrIRxN7o-guefrUl3CKGz1P0rIdY63kFe7pfGzJvDPLk1ihxO9ljaBm5jgKqnregCvdMCbenBupQrrdCEBSCF0JXe2Lw/s1600/IMG_1463.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSS9IcJzgDagnv3G_dU9KuzXIM_M2syCI77x9R7buqfYEbHiWfrIRxN7o-guefrUl3CKGz1P0rIdY63kFe7pfGzJvDPLk1ihxO9ljaBm5jgKqnregCvdMCbenBupQrrdCEBSCF0JXe2Lw/s320/IMG_1463.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">prateleira de essências da tal loja onde ficamos muito tempo batendo papo</td></tr>
</tbody></table>
Depois de passar uma hora e meia nesse império dos sentidos,
pegamos novamente o ônibus para atravessar a rua. É sério. Aparentemente o guia
não podia atravessar a rua com o grupo inteiro. Do outro lado da rua ficava a
marina, onde pegamos um barco para passear pelo Bósforo, uma excursão de mais
uma hora e meia fazendo um ziguezague e vendo todos os pontos importantes desde
o Chifre de Ouro. Acho que nesse ponto demos um certo azar com o nosso guia,
que apesar de conhecer bem todos os pontos que chamavam atenção nas margens do
Bósforo, às vezes mais parecia um corretor de imóveis. Era “casa de 1,5 milhão”
pra cá, “casa de 3 milhões” pra lá... entremeadas de informações realmente interessantes,
como a escola onde estudou o Ataturk, ruínas de uma fortaleza, casa onde
atualmente fica a boate mais badalada da cidade e palácios importantes do
governo e do Império Otomano. A mini-viagem em si é muito linda, as casas e a
vista são desbundantes e valem muito a pena o passeio. Além de ser muito
agradável, naquele calor forte de verão, um belo passeio de barco, com um bom
vento refrescante. Falando em refrescante, outro ponto negativo é que no barco
são oferecidas diversas bebidas, mas esquecem de te avisar que elas não são de
graça.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioi2nE4vnhUJyo_-p03u97Huud9AFos0SABHeHGZLGpfokYrHpXdUnYH9tCZOT7cZMlU0CWK5V-F1LTMZ-3KaWWGkPyX3ux2b0dcDrRzS5mhR2s2hARwAJfxkZLM-VfnwID1zETfXNBhk/s1600/IMG_1606.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioi2nE4vnhUJyo_-p03u97Huud9AFos0SABHeHGZLGpfokYrHpXdUnYH9tCZOT7cZMlU0CWK5V-F1LTMZ-3KaWWGkPyX3ux2b0dcDrRzS5mhR2s2hARwAJfxkZLM-VfnwID1zETfXNBhk/s320/IMG_1606.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A vista do passeio é deslembrante!</td></tr>
</tbody></table>
Depois do passeio, saltamos do lado europeu da cidade para
almoçar num restaurante especializado em peixes, e peixes tivemos no almoço!
Primeiro serviram diversas entradas: uma espécie de sardinha servida em forma
de filés, arroz com mexilhão servido em conchas (como a nossa casquinha de
siri), uma salada de frutos de mar, outra salada (essa mais “normal”, de pepino
e tomate), mais uma salada de batatas com iogurte e especiarias e pão. Depois
vieram outros tipos de comida quente, especialmente frituras: um tipo de
pastel, uma coisa esquisita feita de batata, abobrinha frita e um feixe que
parecia dourado, servido inteiro e grelhado. De sobremesa foi servido melancia.
Claro que aproveitei para beber mais ayran, a bebida nacional turca, feita de
iogurte salgado.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Depois do almoço, voltamos a pegar o ônibus e atravessamos
para a parte asiática da cidade, para visitarmos o palácio de veraneio do
sultão, chamado de Palácio Beylerbeyi. Claro que esse palácio é considerado
pequeno, afinal ele é de veraneio, mas ainda é um palácio do sultão, e,
portanto, ele tem “apenas” <st1:metricconverter productid="24 quartos" w:st="on">24
quartos</st1:metricconverter> e salões, e apenas 6 banheiros, o que é uma
grande vantagem com relação a qualquer palácio europeu, que nem banheiro tem,
né? Os orientais sempre foram mais preocupados com a higiene. Um detalhe
interessante sobre esse palácio é que ele não possui cozinha, porque o palácio
original pegou fogo justamente na cozinha, e a sultana decidiu que não queria
mais correr o risco.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE1uZfEhKo8_Us2ME595p6vybxEcFBQyGJkA7vdJ-3hC85RS5oe6a4fBKd-EvOwRLXdlSbbnAcGZjL00TUUBxuC_D4CKYksQu8fCWgOfJkh1Q6oPx-FEN8iBMiLC0JeXGcl7DTKygkvKo/s1600/IMG_1656.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE1uZfEhKo8_Us2ME595p6vybxEcFBQyGJkA7vdJ-3hC85RS5oe6a4fBKd-EvOwRLXdlSbbnAcGZjL00TUUBxuC_D4CKYksQu8fCWgOfJkh1Q6oPx-FEN8iBMiLC0JeXGcl7DTKygkvKo/s320/IMG_1656.JPG" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">única foto que consegui tirar dentro do palácio antes de ser repreendida</td></tr>
</tbody></table>
Infelizmente não é permitido tirar fotos dentro do palácio,
mas ele segue um estilo bem mais moderno do que o Topkapi, com muito ouro,
muitos detalhes e pinturas em estilo ocidental nas paredes. De uma forma geral,
esse palácio é bem modernoso e ocidentalizado, já que ele foi construído em
torno de 1860. E a visita vale a pena não só do ponto de vista arquitetônico,
mas porque o palácio é praticamente um museu, recheado de objetos e mobiliário
do mundo inteiro. Um detalhe importante sobre a visita: para entrar no
Beylerbeyi é preciso estar acompanhado de um guia, e os horários de visita são
extremamente restritos, praticamente com hora marcada, entrando apenas um
número limitado de pessoas por vez, e um grupo só pode entrar depois que o
grupo anterior tiver saído. Portanto, quem quiser visitar o palácio sozinho,
tome cuidado e se prepare para ficar algum tempo passeando pelo jardim,
esperando a sua vez para entrar. Mas não se desespere, o jardim é um passeio à
parte, e é muito bonito também.<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2Av9MM6FOJY6FFStHhAW7cU2ZJ1UoyeU0rnxmNkzYKAYj_m4Czb1Ss3N7vuxGbvod6na8YKHNj4VcmvZzmiviOR8ZVuOp6it6XIc__1kUQz31jFnsiEH1Icg82a5CHLpolcrOgih84Jc/s1600/IMG_1662.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2Av9MM6FOJY6FFStHhAW7cU2ZJ1UoyeU0rnxmNkzYKAYj_m4Czb1Ss3N7vuxGbvod6na8YKHNj4VcmvZzmiviOR8ZVuOp6it6XIc__1kUQz31jFnsiEH1Icg82a5CHLpolcrOgih84Jc/s320/IMG_1662.JPG" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O jardim é muito agradável, e tem uma vista linda também</td></tr>
</tbody></table>
Depois do Palácio, a excursão nos levou a um lugar conhecido
como Colina dos Namorados, que nada mais é do que um bistrô com uma vista muito
bonita de Istambul. Em outras palavras, foi uma <i>enxeção</i> de lingüiça com vista, pois ficamos muito mais tempo do que
o razoável por lá. Eu e o Caike aproveitamos para tomar um chá, eu pedi um
quente e ele um frio.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWoCXsYSLjd1coBX2DdvQWcqjk-mh_21A1gd2PmbLGRZnJRk8ayIkQWzro6kU0xrrAtoJUtHCcL5bo9KsiOZULNGxhGCq8zabjW1hN8xYXZWFI7nPcQs2zvr_pxVOLa28wU0zBYRNF9Po/s1600/IMG_1672.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWoCXsYSLjd1coBX2DdvQWcqjk-mh_21A1gd2PmbLGRZnJRk8ayIkQWzro6kU0xrrAtoJUtHCcL5bo9KsiOZULNGxhGCq8zabjW1hN8xYXZWFI7nPcQs2zvr_pxVOLa28wU0zBYRNF9Po/s320/IMG_1672.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">vista da Colina dos Namorados</td></tr>
</tbody></table>
Voltando do tour, saltamos do ônibus na praça Taksim, pois
queríamos aproveitar para trocar nossos euros por liras turcas, o que é muito
fácil de fazer nessa região, que é cheia de casas de câmbio.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfXgX9wxYr96_RiR6VxWiotnjyaiCaU147wDC5I7DxxazUMcUvpb50z99lu8gS2kIf9o0zlW-zKCWNnf84AD1Y5MlpV6KzZMfesSDjGsClKs6A5OkOaCtXu6qaO5Y9W_gmdyvfYkDqdyo/s1600/IMG_1682.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfXgX9wxYr96_RiR6VxWiotnjyaiCaU147wDC5I7DxxazUMcUvpb50z99lu8gS2kIf9o0zlW-zKCWNnf84AD1Y5MlpV6KzZMfesSDjGsClKs6A5OkOaCtXu6qaO5Y9W_gmdyvfYkDqdyo/s320/IMG_1682.JPG" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">rotatória da Praça Taksim</td></tr>
</tbody></table>
Depois demos uma passada no nosso hotel para um pit-stop, e
acabamos por encontrar o casal paulista simpático que nos acompanhou durante
boa parte da viagem, e novamente trocamos impressões sobre o tour do Bósforo,
onde concordamos que valia a pena, mas que podia ser melhor, especialmente se
tivéssemos outro guia mais simpático e menos estilo corretor de imóveis.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Como já estava tarde para fazer um passeio distante,
resolvemos passear pela rua mais famosa do bairro Taksim, que é uma espécie de
“calçadão”, onde se encontram todos os tipos de loja que você pode imaginar,
numa espécie de Saara de Istambul, só que muito mais chique e limpo, com
direito a muitos barzinhos e restaurantes no meio do caminho. Além de muitas
lojas de marca! Claro que eu aproveitei para fazer compras, porque não sou de
ferro.<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW7SrYUXgeaUaBYAzosVXEO7jH2Vo9c2Zmc2xL3CUrIngpqXb43DKYqtx5qJ7ldvGbSdG9taYRJsE_-WkCtXfxxV8P5WKvk729IOdY-LVRcNE4g_rytX7lTRCn4VwnHRLdTDkwa5Mx9Ps/s1600/IMG_1687.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW7SrYUXgeaUaBYAzosVXEO7jH2Vo9c2Zmc2xL3CUrIngpqXb43DKYqtx5qJ7ldvGbSdG9taYRJsE_-WkCtXfxxV8P5WKvk729IOdY-LVRcNE4g_rytX7lTRCn4VwnHRLdTDkwa5Mx9Ps/s320/IMG_1687.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">as lojas antigas são belíssimas por dentro!</td></tr>
</tbody></table>
Mas o passeio é interessante de uma forma não-consumista
também, pois nessa rua passa um bonde daqueles antigos, de trilho e todo
aberto, que nesse dia (provavelmente por conta do Ramadã) estava com convidados
especiais: uma banda pop tocando ao vivo! As lojas são todas muito bonitas, e
algumas ficam em prédios bem antigos, que vale a pena entrar só para dar uma
olhada. E claro, tem o tradicional sorvete turco! Essa é uma atração à parte!
Mesmo que você não goste de sorvete, compre um, porque é uma aventura! O
vendedor de sorvete é um malabarista, e a graça dos seus truques é justamente
sacanear o comprador, que tenta em vão ficar com o seu sorvete nas mãos. Como
era Ramadã, quando chegamos ao vendedor de sorvete, a loja estava absolutamente
vazia, pois ainda era dia, e, portanto, os turistas estavam evitando comer em
público, já que a maior parte dos turcos é muçulmana, e por isso estavam
jejuando até o pôr do sol. Só que estávamos com fome, e faltava muito pouco tempo
para a noite cair, e decidimos pedir o tal sorvete (que por sinal também é
muito gostoso), e o vendedor fez um show tão bonito que logo depois a fila para
comprar sorvete ficou lotada.<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAKKo778kiB7KAGWcfRezJ8SlzN7SnSsxqNbwQ1BOeJGpsz8RZMAMzBNjDFCEz1i6oU1F4ADwAmid_j28vI4i2ZjVGWID2mKR_fsZJUklMVn41-J1MIkDhzvFCH_Vs5_ySNd3BuHHdfcQ/s1600/IMG_1688.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAKKo778kiB7KAGWcfRezJ8SlzN7SnSsxqNbwQ1BOeJGpsz8RZMAMzBNjDFCEz1i6oU1F4ADwAmid_j28vI4i2ZjVGWID2mKR_fsZJUklMVn41-J1MIkDhzvFCH_Vs5_ySNd3BuHHdfcQ/s320/IMG_1688.JPG" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">o simpático bonde de Istambul</td></tr>
</tbody></table>
Também passeamos por um shopping imenso em busca de uma loja
de eletrônicos indicada pelo casal paulista, que não nos agradou muito, porém
quando estávamos saindo do shopping nos deparamos com um show de dervixes na
porta! O Ramadã realmente é uma época interessante! Acabamos por jantar numa
espécie de <i>fast food</i> de massas, que
além de não ser <i>fast</i>, não era muito
gostoso. Mas ficava ao lado de uma loja de chocolates que foi uma perdição!</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGE4Y62JXtiPh1qoyS-ije7lO6eHfM2yPHSOZJaKTHnYTl_2pZJ3js3XIgMkrDInPg2DXSDyCRt2XFRZrtimsA0-8IPHzSzefQ0-ibWkxCxANDPqClTjHTICdt783AIfDbYCLepT5M_vg/s1600/IMG_1699.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGE4Y62JXtiPh1qoyS-ije7lO6eHfM2yPHSOZJaKTHnYTl_2pZJ3js3XIgMkrDInPg2DXSDyCRt2XFRZrtimsA0-8IPHzSzefQ0-ibWkxCxANDPqClTjHTICdt783AIfDbYCLepT5M_vg/s320/IMG_1699.JPG" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O "calçadão" de Taksim a noite, completamente iluminado!</td></tr>
</tbody></table>
Já cansados e carregados de compras, finalmente voltamos ao
hotel para dormir, pois o dia seguinte prometia ser muito mais animado e cansativo.</div>
Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-39190940026343579252013-04-15T07:00:00.000-03:002013-04-15T07:00:10.287-03:00Livro do Mês: Contos marroquinos modernos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfgqrqfQvTPvPGQeQ9-4nFJx6ec-jovZfx0LJzqXD2EN4Z8fCh4IHORHl2_2qPQuxgaYTj0zuy-keMtagd-gdiUCSmFc9IoB5L7yN_lsJdCtzeTRfz2fQ5c9iLZn4PU6zN9XVnGzqtPlg/s1600/bienal-do-livro-rio-de-janeiro-2011+blog.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="297" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfgqrqfQvTPvPGQeQ9-4nFJx6ec-jovZfx0LJzqXD2EN4Z8fCh4IHORHl2_2qPQuxgaYTj0zuy-keMtagd-gdiUCSmFc9IoB5L7yN_lsJdCtzeTRfz2fQ5c9iLZn4PU6zN9XVnGzqtPlg/s320/bienal-do-livro-rio-de-janeiro-2011+blog.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Até agora falamos de livros de autores consagrados ou clássicos, então resolvi dar uma variada nas sugestões e propor uma leitura realmente diferente, alternativa e extremamente oriental!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8HBFCEDAXpERbZRhscsIbxiRBdJRorqAojhMJ9Z9nbFy86tOFS4n6Z3wG4QgOP107M1YTuQULIOMdh80RQZTr2W-4KtX_tCOZtO5UXudHmWrXZQ69DP0TExfMym5jGdT_mlJhMneh3Tc/s1600/contos-marroquinos-modernos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8HBFCEDAXpERbZRhscsIbxiRBdJRorqAojhMJ9Z9nbFy86tOFS4n6Z3wG4QgOP107M1YTuQULIOMdh80RQZTr2W-4KtX_tCOZtO5UXudHmWrXZQ69DP0TExfMym5jGdT_mlJhMneh3Tc/s1600/contos-marroquinos-modernos.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
Contos Marroquinos Modernos é uma coletânea publicada pela Editora Amádena especializada em literatura e cultura árabe (na teoria, na prática eles têm pouquíssimos livros publicados), e contem diversos contos bem curtos e de fácil leitura. As histórias ilustram o dia a dia do povo marroquino, e tendem a denunciar os problemas sociais do país, especialmente a miséria reinante e o sentimento de invasão estrangeira, que é onipresente. Cada autor selecionado para o livro tem apenas um conto publicado, e cada um deles tem um estilo bastante particular, o que torna a leitura dinâmica e mostra bem a diversidade literária desse país que conhecemos tão pouco.<br />
<br />
Sem negar a sua origem oriental, os contos variam desde histórias bem realistas até contos extremamente surreais, mas tudo com aquele toque especial que só a literatura oriental possui. Confesso que não gostei de tudo o que li, e o livro tem os seus altos e baixos, mas sem dúvida nenhuma vale a leitura, e a oportunidade de conhecer um pouquinho mais sobre esse país tão fascinante.<br />
<br />
Vocês podem ler outra resenha que fiz desse livro <a href="http://leiturasdelaura.blogspot.com.br/2010/11/contos-marroquinos-modernos-e-primavera.html">aqui</a>.<br />
<div>
<br /></div>
Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-80138245178991906292013-04-10T07:00:00.000-03:002013-04-10T07:00:10.935-03:00As Dançarinas do Futuro Somos Nós - O que Isadora Duncan doou para o mundo da dança<br />
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<b><i>Texto de Paola Blanton</i></b></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkEmg5J5KMTmAa8pVjqpTZ8O08bn_vk5Ze7h_-mJMHj_1h5qq9OgP4PVNKdJ4Z1JXEl0SRmD6vAy_HPqPgwwzDIW-fimgKlIknv3ADysjSlBg3CVkuHfPu3XszSd-yCVN7gpcxsV0MiPI/s1600/isadora-duncan.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkEmg5J5KMTmAa8pVjqpTZ8O08bn_vk5Ze7h_-mJMHj_1h5qq9OgP4PVNKdJ4Z1JXEl0SRmD6vAy_HPqPgwwzDIW-fimgKlIknv3ADysjSlBg3CVkuHfPu3XszSd-yCVN7gpcxsV0MiPI/s1600/isadora-duncan.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Isadora Duncan</td></tr>
</tbody></table>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 17.1pt;">Isadora Duncan, a mãe da
dança contemporânea, foi uma mulher pioneira, americana e de espírito livre, uma
artista de alma e um ser à frente de seu tempo. Em sua curta vida, de </span><st1:metricconverter productid="1877 a" style="font-family: inherit; line-height: 17.1pt;" w:st="on">1877 a</st1:metricconverter><span style="font-family: inherit; line-height: 17.1pt;"> 1927, ela
revolucionou a dança durante uma época em que a moralidade e a estética
vitoriana deixavam pouco espaço para as artes do movimento além do balé, da
dança de salão, ou das montagens ordinárias de “Vaudeville” nas Feiras do
Estado ou teatros urbanos.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;">Ela tinha uma visão
ousada de uma nova dança e de uma nova mulher - a dança e a dançarina do
Futuro. Ela escreveu que a "Dança do Futuro" teria que recuperar seu
lugar como uma forma de arte sacra, do jeito que era para com os gregos antigos.
A dançarina não dança para surpreender, mas para aumentar a consciência e agir
como um canal de energias universais. Em muitos aspectos, a motivação para a
dança voltaria às suas raízes antigas - a comunhão sagrada do corpo, da mente,
do espírito e da comunidade. Só que agora, a comunidade virou a humanidade
inteira em seu contexto cósmico.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;">A "Dançarina do
Futuro", de acordo com Isadora, seria<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;"> "<em>uma em que corpo e a alma têm crescido tão
harmoniosamente, que a linguagem natural da alma se tornará o movimento do
corpo. A dançarina não pertence a nenhuma nação, mas a toda humanidade. Ela vai
dançar não na forma de ninfa, nem de fada, nem coquete, mas em forma de mulher
na sua expressão maior e mais pura. Ela vai perceber a missão do corpo feminino
e da santidade de suas partes. Ela vai dançar os ciclos da natureza.... De
todas as partes de seu corpo vai brilhar uma inteligência radiante, trazendo
para o mundo a mensagem dos pensamentos e aspirações de milhares de mulheres.
Ela vai dançar a liberdade da mulher " - De seu Magnus opus, A Arte da
Dança.</em><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHbEveBi_sZuMFkt9RV15rnEv7_BKzduVeGyW38TrjUS9uOtN5NJIJ35XWENbu8YKWQ6Ok9dmGfr2Nx8uEt_GXs1LhkjxYqJZ9MTfrS0UvyW-LYO4tgdjxlNIpoa_6LU6oyVtGU40oM4k/s1600/isadora+duncan.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHbEveBi_sZuMFkt9RV15rnEv7_BKzduVeGyW38TrjUS9uOtN5NJIJ35XWENbu8YKWQ6Ok9dmGfr2Nx8uEt_GXs1LhkjxYqJZ9MTfrS0UvyW-LYO4tgdjxlNIpoa_6LU6oyVtGU40oM4k/s1600/isadora+duncan.jpg" /></a></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;"><em><br /></em></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 17.1pt;">Nos escritos de
Duncan, encontramos referências freqüentes ao "futuro", e como será a
dança e dançarina do futuro. Isadora foi uma profetisa, sabendo que a liberdade
do corpo, da mente e do espírito que ela personificou ainda não tinham
encontrado o seu melhor momento histórico, mas que chegaria um momento no futuro,
quando a Mulher Moderna estaria pronta para a sua mensagem, e o espaço para a
dança do futuro se abrir. Eu acredito que esse tempo é agora.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;">Qual é a mensagem de
Isadora Duncan para dançarinas modernas dentro desta visão da dançarina do
futuro? Quais descobertas fez esta artista revolucionária e feminista para
preparar a cena da dança para que ela pudesse evoluir como uma forma de arte
sagrada e universal? Para isso ela nos traz uma riqueza de abordagem para a
arte da dança - transformacional na motivação, na inspiração e na técnica de
expressão.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;">Sim, a expressão pode ser
ensinada e aprendida, - "Ou você tem ou você não tem" - não é
necessariamente inata como muitos afirmam. Duncan revelou uma metodologia de
expressão que se tornou essencial para diversas formas de dança moderna e de artes
cênicas – não há literalmente nenhuma arte expressiva que não pode ser melhorada
através da aplicação desta técnica. Centra-se na articulação seqüencial de
motivação - envolvendo primeiro os olhos, ou a percepção inteligente de
estímulos. Em segundo lugar vem o plexo solar, ou a intenção emocional, e em
terceiro lugar, o gesto real do corpo. Um grande exemplo é o ato de se
apaixonar. Nós "vemos" o amado primeiro (quantas vezes nós dizemos
"amor à primeira vista"?). Depois de ver a pessoa, nosso coração se
mexe e estamos emocionalmente atraídos por eles – lançando a luz do nosso plexo
solar e coração em sua direção. E em terceiro lugar vem o nosso gesto, se
andamos na direção deles, estendemos nossas mãos, ou abrimos os braços. A
seqüência de expressão faz sentido em muitos níveis, porque é natural e segue a
ordem natural das coisas, que é o que Isadora reverenciava em suas filosofias
de dança e de vida.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;">A natureza foi sua
primeira musa. Ela estudou as linhas, formas e movimentos dos elementos e do
universo, localizando o corpo humano como figura central na grande cena do
Universo natural. Ela escreveu (AOTD):<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;"><em> "Se
procurarmos a verdadeira fonte da dança, se formos à natureza, vemos que a
dança do futuro é a dança do passado, a dança da eternidade, e tem sido e será
sempre a mesma. O movimento das ondas, dos ventos, da terra é sempre a mesma
harmonia duradoura. Nós não ficamos na praia perguntando ao oceano qual foi o
movimento no passado e qual será o seu movimento no futuro ..."</em><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;">Como cada um de nós é
parte do universo, estamos sujeitos às mesmas leis do movimento e gravitação
que o governam, Isadora imaginou nossa dança como uma <em>"tradução humana da gravitação do
universo."</em><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;">Cada movimento
propaga o próximo em ciclos intermináveis de movimento, como as ondas, os
ventos, átomos e galáxias.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;">Agora, mais do que nunca,
estamos redescobrindo a sacralidade da Mãe Terra e nos re-conectando com seus
ritmos em nossa espiritualidade. Filosofias e práticas ecos-feministas estão
entrando no centro do palco da cultura do mundo e as mulheres estão se
re-conectando com o seu destino como sacerdotisas do mundo natural. Nós trazemos
a dança para as praias, montanhas e desertos, em conexão com as correntes da
Terra e do Céu através de seus ritmos, formas e movimentos. Quando dançamos em
sintonia com a natureza, nos abrimos para suas inúmeras belezas - respiramos ar
puro, levantamos o rosto para o sol como flores, balançamos com as ondas e
árvores, e caímos para a Terra na poesia em forma e repouso. "Como em
cima, assim é embaixo" - o antigo decreto soa mais verdadeiro do que
nunca, e nós, as Dançarinas do Futuro, pisamos descalças na terra e levantamos
nossos braços e espíritos para as alturas do Universo, as linhas de nossos
corpos transmitindo energias universais em ciclos intermináveis.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;">Como disse Isadora, a
mulher deve ser um <em>"elo da
cadeia, e seu movimento deve ser um com o grande movimento que atravessa o
universo."</em><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;">Ela destilou a
nobreza da linha de corpo grego clássico, tornado famoso na escultura e na
pintura, e aplicou sua qualidade universal para o corpo da mulher moderna -
descontraído, natural e equilibrado; suas formas e linhas canalizando uma força
maior do que a si mesma. Em AOTD, ela descreveu sua fascinação com a estética
grega humanista e sua conexão com a natureza:<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;"><em> "Os gregos
em todas suas (artes) evoluíram seus movimentos a partir dos movimentos da
natureza, como claramente se expressam em todas as representações dos deuses
gregos, que, sendo representantes das forças naturais, são sempre projetados em
uma pose que expressa a concentração e evolução dessas forças. É por isso que a
arte grega não é nacional ou característica, mas tem sido e será a arte de toda
a humanidade de todos os tempos. Portanto, dançando nua sobre a terra, eu
naturalmente caio em posições gregas, porque as posições gregas são apenas
posições da terra."</em><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;">Não em desafio da lei
natural, como ela viu no balé, que se esforça para superar a atração
gravitacional da Terra, e que localizou o centro da dançarina na região lombar.
Tinha que haver outro centro, outra fonte da qual emana o movimento verdadeiro.
Seus instintos a levaram buscando esta fonte, e ela a encontrou no meio do
peito.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;">Isadora Duncan foi a
primeira dançarina a identificar o plexo solar como a fonte de todo movimento
expressivo. Ela escreveu em AOTD:<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;"><em> "... Eu
passei longos dias e noites no estúdio buscando a dança que podia ser a
expressão divina do espírito humano por meio do movimento do corpo. Ficava por
horas com minhas duas mãos cruzadas entre os meus seios, cobrindo o plexo
solar... eu estava buscando e, finalmente, descobri o motor central de todo o
movimento, a cratera de potência, a unidade a partir da qual todas as
diversidades de movimento nascem, o espelho da visão para a criação da
dança."</em><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;"><em><br /></em></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5l-svg4tVnU9RovF3gsc-PTkNGLNin-VRhOD71Ovlz9R_VfU06qiuCl7LMEXqWQdjRCwyAwgoeURxrvOYGSnBZKnqp3ZirIg6kDG7uwW9h_DlJfkhau2gzfOaP9dxlWVR_cmkjqmdkiA/s1600/isadora_duncan.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5l-svg4tVnU9RovF3gsc-PTkNGLNin-VRhOD71Ovlz9R_VfU06qiuCl7LMEXqWQdjRCwyAwgoeURxrvOYGSnBZKnqp3ZirIg6kDG7uwW9h_DlJfkhau2gzfOaP9dxlWVR_cmkjqmdkiA/s1600/isadora_duncan.jpg" /></a></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;"><em><br /></em></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;">O plexo solar é a sede da
intenção emocional - o cruzamento dos eixos do corpo a partir do qual emanam os
servos expressivos do coração - os braços. Suas descobertas em relação ao plexo
solar enriqueceram cada forma de dança, abrindo a porta do desenvolvimento para
dançarinas famosas como Martha Graham. Presença, postura, expressão,
equilíbrio, dinâmica, alcance, e linhas emanam todos de um plexo ativado. Sua
dinâmica harmoniza perfeitamente com a expansão e contração do diafragma na
respiração, alinhando o movimento automático da respiração com a técnica de
expressão.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;">Descobrir e ativar o
plexo solar é tocar uma nova fonte de energia emotiva pessoal, com o coração e
o plexo solar juntos formando uma esfera energética sentada em cima do
diafragma. O plexo solar irradia coragem, efervescência, alegria e desejo.
Expandir sua luz para o externo é projetar essas emoções, enquanto contraí-la
para dentro é a expressão de solidão, introspecção, perda, dor e tristeza.
Através do trabalho com o plexo solar, ganhamos acesso mais completo a vasta gama de
emoções humanas, e começamos a sentir que a sua expressão tem profundas
qualidades terapêuticas. Quando movimentamos o corpo, movimentamos a alma, e
ambos podem se curar através deste movimento. Aprender a liberar, dirigir e
transformar as energias emocionais armazenadas no plexo solar são passos
notáveis sobre os caminhos do autoconhecimento que as mulheres modernas
procuram hoje. É o "Sol" interno que resplandece o seu brilho
radiante, iluminando cada parte do corpo da dançarina do futuro.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;">Com tantas visões e
sonhos no alvorecer da era moderna, a dançarina do futuro se tornou uma realidade.
Cada vez mais estamos vendo qualidades espirituais retornando para a dança.
Cada vez mais estamos nos tornando conscientes de que existem motivos mais
elevados para esta forma de arte, motivos mais universais e humanistas. A
dançarina do futuro falou através de Isadora e de suas contemporâneas como Ruth
St. Denis, que escreveu que vai chegar um dia em que "vamos dançar para
curar e abençoar" em vez de apenas "surpreender".<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihA5D5eyfTeUD9RH8setGQnRrsAKYY3SAEUjrLHuiWsI2bdegBzkZndvLBx8ZZ2yYFOHrAhbXXBt5sE9t4x0kqEoFOPV3y0lOyuWeIej74eZ7RX1uKkakMZav-GfRj3FDf1-cGSIqilYM/s1600/isadora_embed.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihA5D5eyfTeUD9RH8setGQnRrsAKYY3SAEUjrLHuiWsI2bdegBzkZndvLBx8ZZ2yYFOHrAhbXXBt5sE9t4x0kqEoFOPV3y0lOyuWeIej74eZ7RX1uKkakMZav-GfRj3FDf1-cGSIqilYM/s320/isadora_embed.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;">Com toda a
generosidade, a dança de Isadora Duncan traz para a comunidade da dança moderna
a técnica expressiva, o alinhamento com a Natureza e suas forças, e o poder do
plexo solar, eu acho que o dom mais importante que ela nos deu é uma nova
motivação para a dança. Um novo motivo para dançar, que é muito parecido com os
motivos antigos dos nossos antepassados - para a comunidade, para a
conexão com as forças naturais, para liberar o Eu em favor de um Eu mais nobre,
para invocar novas realidades e para alcançar algo maior e superior a nós
mesmos. Isadora falou da evolução das motivações para a dança no AOTD:<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;"><em>"Há três tipos
de dançarinos: primeiro, aqueles que consideram a dança como uma espécie de
ginástica, composta de arabescos impessoais e graciosos, em segundo lugar,
aqueles que, ao concentrar suas mentes, levam o corpo ao ritmo de uma emoção
desejada, expressando um sentimento ou experiência lembrada. E, finalmente, há
aqueles que convertem o corpo em uma fluidez luminosa, entregando-o para a
inspiração da alma."</em><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;">A dançarina do futuro
vive dentro dessa fluidez luminosa. Esse é o elixir alquímico que a dança pode
e deve procurar - além do ego, figurino, maquiagem e palco. Além de
musicalidade, coreografia e performance. Estes são todos ingredientes na
mistura, mas o elixir vem do processo e da vivência, dos rituais e cerimônias
da Dança do Futuro, da eventual mudança de atitude sobre a dança e da realização
de fins mais elevados para ela. Dançar se tornou uma busca de iluminação.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;"><em>"Ouça a música com a
sua alma", </em>ela nos diz<em>. "Você
não sente que está se movendo em direção à luz?"</em><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;">Enxergar a dança dessa
forma é ver o Eu mesmo como um trabalho em progresso – uma ânfora sempre em
evolução na sua capacidade de atrair, transmitir e repousar nesta fluidez
luminosa.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;"><em>"Imagine então uma
dançarina que, após longo estudo, oração e inspiração alcançou um grau de
entendimento em que seu corpo é simplesmente a manifestação luminosa da sua
alma; cujo corpo dança de acordo com uma música ouvida interiormente, em uma
expressão de .... um outro mundo, mais profundo. Esta é a bailarina verdadeiramente
criativa, natural mas não imitativa, se expressando em si mesma e em algo maior
do que todos os seres."</em><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;">Se conectar a algo maior
do que nós mesmos - a Dança do Futuro é a dança do passado e de todos os
tempos. Seu ciclo veio redondo e eu posso vê-lo - Eu nos vejo dançando unidos
no espírito da beleza universal - natural, cada um de nós "bastante
digno" para participar. Eu posso ver a dança da alma como uma forma de
curar nós mesmos, nossas tribos, nossas comunidades e nosso planeta. Eu posso
sentir a competitividade substituída por uma alegria compartilhada, e eu posso
sentir que o ego pode dar lugar ao sentimento oceânico de conexão enquanto
abrimos nossos canais para os ritmos do universo. O futuro está aqui, e nós
somos as Dançarinas do Futuro.</span><span style="color: red; font-family: Tahoma; font-size: 11.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdUNDmA_PN_UMqNWnfNRMgEuwD4wmMK8N7ASlvKEvetRL77WPm9fDY69kzpFHDQDSimg0Ipxse5Osw-7ZCqgx8X0sHNMu5AVW8GTXZDslUgjp_oMUzar8NhyY6EYOm9cE-Q0hGCjXBhuE/s1600/isa+2013r+(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdUNDmA_PN_UMqNWnfNRMgEuwD4wmMK8N7ASlvKEvetRL77WPm9fDY69kzpFHDQDSimg0Ipxse5Osw-7ZCqgx8X0sHNMu5AVW8GTXZDslUgjp_oMUzar8NhyY6EYOm9cE-Q0hGCjXBhuE/s400/isa+2013r+(1).jpg" width="353" /></a></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-83467974524187021792013-04-09T14:57:00.000-03:002013-04-09T14:57:05.635-03:00Ventre da Dança de cara nova!Depois de muito tempo querendo dar uma arrumada na casa, finalmente consegui! Agora o Ventre da Dança não só está de cara nova, mas também tem a sua própria logo-marca! Por favor comente deixando a sua impressão sobre o nosso novo <i>look</i>!<br />
<br />
E o mais importante, vamos continuar trabalhando para oferecer textos de alto nível! Aguardem as novidades do Kisses from Kairo, outras traduções sobre o Iraque, textos sobre a Turquia, Sufismo, Bailarinas antigas, Isadora Duncan e sugestões de leitura!<br />
<br />
Um grande abraço,<br />
<br />
LalithaLaurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-4500266575630585142013-03-22T18:17:00.002-03:002013-04-09T11:25:27.022-03:00Kisses from Kairo - Ai do Egito<i style="font-family: inherit;"><span style="font-size: x-small;">Segunda-feira, 2 de julho de 2012</span></i><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><a href="http://kissesfromkairo.blogspot.com.br/2012/07/woe-to-egypt_02.html">Ai do Egito</a></b></span><b><o:p></o:p></b></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<b style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; line-height: 18px;"><i>Por Luna do Cairo</i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><i style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; line-height: 18px;">Traduzido por Lalitha</i> </o:p><br />
<o:p><br /></o:p><o:p></o:p>
<br />
<div class="MsoNormal">
<i>Eu teria feito esse
post na semana passada, mas tenho estado enlouquecidamente ocupada. E peço
desculpas com antecedência, porque não vou deixar de falar de tabus. Se você
tem algum, não leia.</i><br />
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
Sinto como se tivesse acabado de acordar de um pesadelo. Só
que esse pesadelo continua enquanto estou acordada. Islamitas venceram as
eleições para a presidência do Egito honestamente. E isso depois de ganharem
70% do (agora dissolvido) parlamento. Sem querer dar uma de chata, mas eu bem
que avisei.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Bem antes dessa dita revolução, eu sabia que os fanáticos
religiosos eventualmente chegariam ao poder. Era apenas uma questão de tempo.
Acho que o fato de ter estudado sobre o Oriente Médio em Harvard é o
responsável pela minha previsão política. Mas, sinceramente, qualquer um com
meio neurônio podia ter chegado à mesma conclusão. Os sinais estavam muito
claros. O Egito estava no ponto certo para a islamização já há algum tempo. Só
tínhamos que reparar no número crescente de mulheres usando véu e homens de
barba, no analfabetismo, na pobreza e no desemprego pandêmicos para chegar a essa
conclusão. Se essa não é a receita perfeita para um governo islâmico, eu não
sei qual seria.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Nada disso estaria acontecendo se não fosse pela recém
descoberta “democracia” do Egito. Com isso em mente, me sinto com vontade de
ser politicamente incorreta. Beirando o limite do ofensivo. Tenho vontade de
fazer você reavaliar os seus conceitos mais queridos sobre democracia, direitos
humanos, religião, violência, e mais do que tudo, essa imerecidamente chamada
de sagrada “revolução”.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E aqui vai...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Fanáticos religiosos com aspirações políticas devem ficar
atrás das grades, e não num governo. A razão não é necessariamente que eles
tenham cometido crimes (apesar de ser verdade em muitos casos). É porque a
ideologia islamita é por si só criminosa. Ao lado do nazismo. Mesmo que seja
religiosa, ao invés de racial, o Islamismo ensina uma supremacia que é perigosa
para a humanidade. Ele ensina que a forma Islâmica de governar é a <i>única</i> forma de se obter justiça e
prosperidade, e que ela deve ser alcançada a qualquer custo. E aqueles que são
contra – tanto não-muçulmanos quanto muçulmanos, são infiéis e que devem ser
tratados como tal.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Assim como no nazismo, o principal objetivo do Islamismo é a
dominação mundial. Atingida não apenas matando-se os infiéis (o equivalente às
raças não-arianas no nazismo), mas através da constituição do califado, e é
claro, da conversão. É por isso que uma interpretação tão patológica da
religião traz riscos para as minorias, os muçulmanos liberais, mulheres,
crianças, e os pobres. Realmente, com a exceção da Turquia (que, desculpem, não
é islamita de verdade), em todos os lugares onde eles chegaram ao poder, os islamitas
começaram a cortar publicamente as cabeças e as mãos das pessoas, apedrejar
mulheres que cometem “crimes” sexuais, patrocinar atentados terroristas ao
redor do mundo, perseguir minorias religiosas e sexuais, destruir locais
considerados patrimônios da humanidade que não sejam Islâmicos. Isso é muito
pior do que Mubarak, sem dúvida.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É por isso que precisamos perguntar a nós mesmos: o mundo <i>realmente</i> precisa de um Egito islamita?
Além da Arábia Saudita, Irã, Paquistão, Afeganistão, Iraque, Nigéria, e agora
Tunísia e Líbia?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu acho que não... a não ser que você seja um animal
zangado, cabeludo, que odeia mulheres, homofóbico e sádico que gosta de ver os
outros sofrerem. Ou uma mulher que sofreu de uma séria lavagem cerebral. Ou
então, que você seja um liberal promotor da democracia, que não sabe nada de
democracia nem no seu próprio país. :) Dado que você não pertence a nenhuma
dessas categorias, eu acho que você vai concordar que é mais sábio e preferível
aplicar a justiça contra esses meliantes, do que dar a eles uma outra chance de
provar o quão vis eles são.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Espera. Você quer argumentar que a Irmandade Muçulmana é
composta por indivíduos bem educados que estão mais interessados em ganhar
dinheiro do que em qualquer outra coisa. E daí? Educação e fanatismo religioso
não são mutuamente excludentes. Só porque alguém é engenheiro não quer dizer
que ele não queira destruir as suas liberdades ou impor castigos corporais.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Falando de educação, eu acho que vale notar que os islamitas
são exclusivamente educados em ciências exatas, como física, engenharia ou
medicina. Você nunca vai encontrar um fanático religioso com diploma em
ciências humanas, como escrita criativa, ciência política, filosofia etc.,
disciplinas em que a) alguém deveria ter familiaridade antes de governar um
país, b) promovem os direitos humanos e são anti-religiosas, com uma boa razão.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mais importante, antes que se esqueça, é que a Irmandade
Muçulmana foi exposta ao processo eleitoral. Eles perceberam que eles precisam
parecer mais “moderados” para não assustar os eleitores. Isso se chama <i>mentir</i>. Se você não acredita em mim, é
só ver como as posições da Irmandade foram, ah, “<i>evoluindo</i>” conforme foi chegando perto das eleições. Dê uma olhada
nas tantas vezes em que eles mentiram sobre as suas intenções, mais notadamente
sobre não querer dominar o Parlamento. Ah, e sobre não querer nomear um
candidato à presidência.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu tenho mais respeito pelos Salafistas “linha dura”. Ao
menos eles não mentem. Eles são diretos ao ponto e dizem que eles querem
transformar esse lugar numa Arábia do séc.VII (ou uma Arábia moderna, dá no
mesmo). Diferentemente de alguns Irmãos mais espertos politicamente, eles são
estúpidos o suficiente para nos deixar saber contra o quê estamos lutando.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Por causa do histórico assustador dos islamitas ao redor do
mundo, eu apoiei completamente a dissolução que os militares fizeram do
Parlamento mês passado. Cara, eu estava até torcendo que eles manipulassem as
eleições para que o secular Ahmed Shafiq ganhasse. Isso é tão antidemocrático
da minha parte, você deve estar pensando. E você está certo. No Egito, eu não
sou democrática. Contrariamente do que eu aprendi nas minhas aulas sobre
direitos humanos lá em casa, eu NÃO acredito que todas as pessoas tenham
direito a autodeterminação (N.T.: autodeterminação: direito de um grupo de
pessoas em determinar se querem fazer parte do estado ou de um movimento), isto
é, à democracia. Não quando há uma grande chance de que eles, em sua santa
ignorância, coloquem fanáticos no poder.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Porque, veja, eleger um governo é uma grande
responsabilidade. É algo que afeta a vida de milhares de pessoas dentro e fora
das suas fronteiras. É por isso que não deveria ser cedida para patetas e
idiotas. No Egito, onde mais da metade da população é analfabeta e quase todo o
mundo é religioso, a autodeterminação leva os islamitas a chegar ao poder. Por
que deveríamos permitir que uma população, na sua maioria sem educação, coloque
esses criminosos no poder? Por que eles querem? Diabéticos querem açúcar e
alcoólatras querem álcool, mas isso não significa que seja bom pra eles. Por
que deveríamos permitir que uma população, que pode ser facilmente intimidada a
votar em candidatos religiosos, possa determinar como o resto de nós deverá
levar as nossas vidas? Por que, afinal de contas, é uma democracia, e isso é a
coisa mais importante do mundo?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Então talvez seja a hora de acabar com a democracia...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Os liberais egípcios – você sabe, os responsáveis por toda
essa bagunça – conseguiram inverter as suas prioridades. Ao invés de lutar por
segurança e prosperidade, eles lutaram por democracia. GRANDE erro. Democracia
não é o mesmo que essas coisas, nem as <i>garante</i>.
Claro, existe uma alta correlação entre elas, mas não necessariamente uma conexão.
Estabilidade e prosperidade são <i>objetivos</i>.
Democracia é uma <i>forma</i> de atingir
esses objetivos. Um processo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Os liberais cometeram o erro de fazer da democracia o
objetivo. Eles não conseguiram perceber que porque é um processo, ela pode
trazer uma variedade de resultados. Em sociedades com população alfabetizada,
um nível satisfatório de educação, e de secularismo, a democracia traz paz,
prosperidade e estabilidade. Mas em sociedades com as chagas do analfabetismo e
da religião, a democracia traz fanatismo religioso, conflitos civis,
sectarismo, e um monte de outras mazelas que prefiro não mencionar.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sabendo disso, porque diabos alguém gostaria de apoiar a
democracia no Egito?!?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ah, mas veja bem, a palavra chave aqui é <i>sabendo</i>. Para o detrimento da nação, os
liberais egípcios não <i>sabiam</i> disso.
Eles não <i>sabem</i> nada sobre democracia,
e sabem muito menos ainda sobre a sua própria nação. Eles não <i>sabem</i> o quão profundamente religioso e
sem educação é o Egito. Mas, sério, o que mais se poderia esperar? Eles não
vivem no Egito, vivem no Facebook. Eles não falam árabe, falam arabinglês. Eles
bebem e festejam em casas noturnas de estilo ocidental, e fazem compras no City
Stars. Eles freqüentam escolas americanas. Pelo amor de Deus, <i>EU</i> sou mais egípcia do que eles!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Nunca vou me esquecer daquela despedida de solteira onde
dancei no mês passado. As meninas que me contrataram eram ricas e super
liberadas. Crème de la crème. Entre os pênis e bonecos de homens nus infláveis,
tinha muita coisa para se admirar. Mas nada me espantou tanto quanto a garota
egípcia que veio falar comigo depois do show e me perguntou em árabe, com um
forte sotaque americano, se eu tinha visto a bolsa dela. Vendo o quão ruim era
o seu árabe, eu disse a ela que falava inglês. Aliviada, ela começou a falar
comigo num inglês impecável. Eu contei para ela que era americana, e não
egípcia, mas que trabalhava como bailarina de dança do ventre aqui. Ela me
disse que nasceu e foi criada no Egito, e que freqüenta a universidade
americana.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A menina era simpática, mas dá para ver como esse tipo de
pessoa pode ficar sem contato com a realidade? Dá para perceber o porquê que
pessoas que vivem protegidas nos seus ninhos de elite não devem começar
revoluções em nome de um povo com quem eles não têm nada em comum?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E se começar essa maldita revolução não fosse o suficiente,
esses chamados liberais ainda cometeram outro erro grave: soltaram um monte de
islamitas da cadeia. Eles achavam que essa seria uma boa forma de aumentar os
seus aliados para intimidar ainda mais o Conselho Supremo das Forças Armadas
(SCAF em inglês) a abrir mão do poder. Eles também queriam tirar proveito da
popularidade da Irmandade Muçulmana.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E foi assim que a revolução egípcia se transformou na
revolução iraniana. Foi <i>isso</i> que
colocou um ponto final na revolução egípcia e a tornou um pesadelo islamita.
Não o SCAF.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Talvez o maior erro dos liberais depois de pedir por
democracia tenha sido permitir que esses loucos pudessem se candidatar.
Islamitas não são democratas. Eles são teocratas. Eles acreditam na imposição
da Shariah, que vai contra as noções modernas dos direitos humanos (e sua
legislação). Eles podem estar no jogo da democracia agora, mas o seu objetivo
principal não tem nada a ver com democracia. E é por isso que eles deviam ter
sido proibidos de participar das eleições em primeiro lugar.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O SCAF percebeu isso, mesmo que um tanto tarde. Foi por isso que eles dissolveram o
parlamento islamita pouco antes das eleições. E é por isso que eles estavam
cogitando a possibilidade de entregar a presidência para Shafiq, apesar de,
obviamente, isso não ter acontecido. Eles ficaram com medo. Os islamitas
ameaçaram se envolver em atos de violência se Morsi não ganhasse as eleições!
Na verdade mesmo, eles ficaram tão assustados que eles teriam dado a
presidência ao Morsi mesmo que ele não tivesse ganhado, que é o que muita gente
diz que aconteceu.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Isso se chama conciliação, e é perigoso. É o que alimentou a
megalomania de Hitler, e é o que atualmente está encorajando os islamitas. O
exército pode <i>achar</i> que está mantendo
a paz dessa forma, mas o que ele não percebe é que está apenas postergando a
violência. O derramamento de sangue é inevitável. Chegará um momento em que os
fanáticos irão realmente enfurecer ou o exército ou o povo, e as coisas vão
ficar feias. Feias <i>de verdade</i>. Nesse
momento, já será tarde demais. Os islamitas terão consolidado o seu poder,
acumulado muito mais armas, e aumentado os seus números. O Egito vai acabar
igual à Síria.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Quanto mais o exército esperar, mais sangrentas as coisas
vão ficar quando a merda começar a feder. É por isso que eles deviam ter
entregado a presidência a Shafiq, mesmo que as coisas ficassem um pouco
violentas. É como um relacionamento não saudável. Você sabe que o melhor pra
você é terminar com ele, mas tudo o que você pode fazer é pensar é em quão
doloroso será isso. Então, você fica no relacionamento, sem pensar em quão <i>mais</i> doloroso será terminar no futuro,
quando vocês dois estiverem ainda mais envolvidos emocionalmente. No caso do
Egito, não é a questão do exército e dos islamitas se aproximarem (apesar de
que isso poderia acontecer à moda do Paquistão), mas sim dos islamitas ficarem
mais apegados ao poder e às armas. É por isso que o exército deveria terminar
esse relacionamento AGORA. Teria sido doloroso, mas também teria dado uma boa
desculpa para se livrar de uma vez dos islamitas, colocando-os de volta na
cadeia, prevenindo futuros desastres.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O que eu acho mais interessante é a reação dos egípcios a
tudo isso. Por um lado, tem aqueles que estão voluntariamente e prematuramente
se “saudificando”. Nem posso contar quantas mulheres estão agora utilizando
roupas ninjas, e quantos homens deixaram suas barbas crescerem nos últimos
meses. E agora que Morsi entrou no gabinete, eles estão começando a pressionar.
Não tem nem duas semanas que Morsi “ganhou” a presidência, e as pessoas já
estão abertamente fazendo pressão para que as mulheres se cubram e ajam de
forma mais islâmica.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Por outro lado, tem os egípcios que votaram no Shafiq. A
reação deles é muito intrigante. Os mesmos muçulmanos <i>e</i> cristãos que estavam morrendo de medo de uma vitória da Irmandade
Muçulmana estão agora me chamando de maluca por pensar que algo ruim vai
acontecer. <i>Mas hein?!?</i> Como assim?
Como você passa de aterrorizado antes das eleições para totalmente à vontade
depois? Por acaso você engoliu o discurso sobre tolerância e inclusão do Morsi?
Ele tranquilizou os seus temores tão lógicos? Ou estão todos vocês
inconscientemente transformando os seus medos em negação otimista porque seus
espíritos cansados não aguentam mais a realidade? Vocês <i>realmente</i> acreditam que podem voltar à Praça Tahrir e se livrar da
Irmandade da mesma forma que se livraram de Mubarak? Será que o seu excesso de
confiança faraônico levou a melhor? Vocês não percebem que os islamitas têm
talento para perdurar? E que a única forma de se livrar deles é fazer outro
país como os EUA fisicamente expulsá-los? ...(depois de eles mesmos os terem
colocado lá, é claro :D)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu não gosto de ficar apontando dedo, mas dessa vez eu vou
apontar. E vou começar apontando o meu dedo para os tão chamados “liberais” que
colocaram em risco o bem estar de toda uma nação.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Primeiramente, a grande maioria desses tão chamados
“liberais” não merecem tal título. Não votar nem em Shafiq nem em Morsi não faz
de vocês liberais. Faz de vocês uns idiotas. Apoiar os fanáticos porque eles
são a sua única opção contra o “Mubarakismo” não faz de vocês liberais. Faz de
vocês uns covardes. Salvar a “revolução” entregando o seu país para nazistas
religiosos não faz de vocês liberais. Faz de vocês traidores. E vocês deveriam
ser enforcados por causa disso. Mas o mais provável é que vocês façam as suas
malas e fujam para a Amériiica, porque não querem deixar a barba crescer ou
cobrirem o rosto. E porque vocês não querem se incomodar revidando. Vocês são
bons demais para arrumarem a sua própria bagunça. Vocês são crianças mimadas e
abastadas que estão acostumadas com os outros fazendo de tudo para vocês.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Segundo, não há revolução. Os “liberais” não começaram uma
revolução. Eles apenas copiaram a Tunísia e depuseram o seu presidente. Macaco
vê, macaco copia. Na verdade, nem isso eles fizeram. Foi o exército que deu o
ultimato a Mubarak. Não porque o exército e o povo estivessem unidos, como no
enganoso slogan, mas porque os generais não queriam o filho de Mubarak, Gamal,
como o seu comandante. Eles não queriam um filhinho de papai que não tem
respeito pelas forças armadas dando ordens para eles. Se o interesse do povo e
das forças armadas não tivesse coincidido, esse lugar teria sucumbido a uma
guerra civil. Os “liberais” precisam entender isso e parar de se vangloriarem
pela queda de Mubarak.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Agora que eu tirei esse peso de mim, gostaria de terminar
deixando uma coisa para pensar. Os egípcios parecem sofrer de algum tipo de
complexo de inferioridade cultural. A elite copia o Ocidente com suas calças
jeans, música Techno e “democracia”, enquanto o povão quer ser como os
sauditas, com suas barbas e roupas ninja. Para o meu completo horror, essas
duas partes se uniram e criaram um governo democraticamente eleito que vai
rapidamente virar Saudita. A parte triste disso tudo é que é desnecessário. O
Egito tem uma das culturas mais maravilhosas, lindas e ricas do mundo. Ela não
é apelidada de <i>“Um il-dunya”</i>, Mãe do Mundo, sem motivo. Ela tem mais de
7 mil anos de história. Nem o Ocidente nem a Arábia Saudita chegam perto disso.
Eu gostaria que os egípcios tivessem orgulho disso. Eu gostaria que eles
parassem de procurar inspiração no exterior. No dia em que isso acontecer, aí
sim nós poderemos dizer honestamente que houve uma revolução.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
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<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
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~~~~~~~~~~~~~</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Esse texto é de autoria exclusiva da Luna do Cairo e o Ventre da Dança não concorda com todas as colocações aqui expostas. O trabalho mostrado aqui é uma tradução direta do texto original.</div>
<br /></div>
</div>
Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-16152005201783120512013-03-13T22:03:00.001-03:002013-03-13T22:03:36.678-03:00Show Estrelas do Oriente<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRrnKzLb8qR7Xi7-Rmi_CJDzdDKs1R6mPl20M4qdaDtxqp7Q9WT_G4nmApkMMGx-YemFhmAZEyARskEI5GNBgbseAsg0CVULqytDm0E6MnD5fXq83I5fchNUhysyI2mYopqTtLxGcS0ow/s1600/131271_448971998505720_2056760777_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRrnKzLb8qR7Xi7-Rmi_CJDzdDKs1R6mPl20M4qdaDtxqp7Q9WT_G4nmApkMMGx-YemFhmAZEyARskEI5GNBgbseAsg0CVULqytDm0E6MnD5fXq83I5fchNUhysyI2mYopqTtLxGcS0ow/s640/131271_448971998505720_2056760777_o.jpg" width="452" /></a></div>
<br />
<br />
Nessa sexta grande festa das alunas do Asmahan!!! Com a participação especial das professoras Lalitha, Nadhirra e Noor Farag! Você não pode perder essa!Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-28245171520689898202013-03-08T15:33:00.001-03:002013-03-08T18:04:30.867-03:00Dia da MulherE chegamos a mais um dia da mulher...<br />
<br />
Fui reler o meu <a href="http://ventredadanca.blogspot.com.br/2012/03/dia-da-mulher.html" target="_blank">post do ano passado</a> nesse dia, e fiquei muito triste ao descobrir que ele ainda é muito válido hoje, um ano depois. Se ele fosse verdadeiro apenas com relação à sociedade e à comunidade da dança do ventre (porque sei que essas coisas não mudam em um ano), eu já estaria satisfeita. Mas, acho que não consegui introduzir aqui no Ventre da Dança tudo o que eu queria naquele último dia 8 de março.<br />
<br />
Espero ter mudado pelo menos um pouco o tom dos meus textos, e fico satisfeita que o assunto não tenha morrido, especialmente por conta das traduções que fiz desde então do Kisses from Kairo que tratavam do assunto mulher e violência, que é uma das razões de existir do dia de hoje (a outra consiste na concessão de direitos iguais aos do homem). Mas eu teria ficado mais feliz se eu tivesse conseguido escrever mais sobre o tema, o que eu sei que consegui fazer no meu outro <a href="http://leiturasdelaura.blogspot.com.br/" target="_blank">blog</a> (sobre livros).<br />
<br />
Então, eu queria aproveitar esse dia para trazer para vocês um filme/livro que eu adoro trabalhar com as minhas alunas: <a href="http://www.eveensler.org/films/movies/the-vagina-monologues/">Os Monólogos da Vagina</a>.<br />
<br />
Quem estuda comigo há muitos anos já deve ter visto o filme pelo menos duas vezes em aula, e eu não me canso de utilizá-lo e reutilizá-lo, porque as histórias são tão ricas e variadas, que a cada vez que se assiste temos uma nova percepção sobre algum assunto. Esqueçam a peça que foi apresentada há alguns (muitos) anos no Brasil, porque aquilo era apenas uma sombra do texto original, e focava na parte cômica e deixava completamente de lado a discussão séria (não por isso menos engraçada). Talvez a versão que está <a href="http://www.globoteatro.com.br/emcartaz-1171-os-monologos-da-vagina.htm" target="_blank">atualmente em cartaz</a> seja melhor, mas eu ainda não vi. Levando em consideração que o texto ainda é a mesma adaptação do Miguel Falabella (que nada entende do que é ser mulher, por mais que ele tente) eu não levo muita fé.<br />
<br />
Para quem curte livros, existe a versão em português da <a href="http://www.eveensler.org/plays/the-vagina-monologues/">peça</a> escrita pela americana <a href="http://www.eveensler.org/books/the-vagina-monologues/">Eve Ensler</a> (o nome dela é perfeito!), que é interessante, mas também deixa a desejar com relação ao filme, e que no momento só se encontra em <a href="http://www.estantevirtual.com.br/q/monologos-da-vagina">sebos</a>, ou em pdf <a href="http://brasil.indymedia.org/media/2009/02//440083.pdf">aqui</a>.<br />
<br />
Mas o <a href="http://www.eveensler.org/films/movies/the-vagina-monologues/">filme</a> feito em 2002 com a Eve é tudo de bom, gente! O único defeito dele é que é difícil de encontrar (ainda tem na <a href="http://www.americanas.com.br/produto/354922/dvd-os-monologos-da-vagina">Americanas.com</a><span id="goog_1103377304"></span><span id="goog_1103377305"></span><a href="http://www.blogger.com/"></a> e no <a href="http://www.shoptime.com.br/produto/354922/dvd-os-monologos-da-vagina?epar=111794&opn=BUSCADORES&WT.mc_id=googleeletronicos&WT.srch=1">Shoptime</a>)! Mas isso também se entende, afinal Vagina é um assunto que tanto se tenta esconder que até o <a href="http://www.guardian.co.uk/books/2012/sep/13/naomi-wolf-vagina-apple-itunes-censors">iTunes andou censurando</a> quando essa palavra foi escolhida como título de um livro da Naomi Wolf (que também trata desse problema crônico de não se falar sobre os genitais femininos). Mas o YouTube existe e lá temos o filme com legendas em português!!!! (coloquei lá no final do post, veja depois de ler tudo, por favor)<br />
<br />
Aí eu pergunto a grande questão: por que temos medo da vagina? Por que detestamos tanto assim o seu nome que precisamos arranjar apelidos, e pior, por que esses apelidos são sempre infantis? Por que achamos que ela é tão feia e suja que precisamos depila-la 100%, colocar perfume, e deixa-la mais "bonita" com cirurgias plásticas? O que tudo isso diz de nós? Tanto mulheres quanto homens também.<br />
<br />
O que tem de gente (em sua maioria mulheres) pensando sobre essas questões não está no gibi! E confesso que tudo o que já li, vi e ouvi sobre o assunto me assusta. E me deixa muito triste! Fico à beira da depressão quando vejo que vivemos numa sociedade em que apesar de todos nós só existirmos por causa de uma vagina, as pessoas prefiram ignorar a sua existência, ou tratá-la como algo que precisa ser dominado.<br />
<br />
E o que isso tem a ver com dança do ventre? TUDO! Porque a dança do ventre nos desperta para o nosso corpo feminino, para as nossas zonas erógenas e para a nossa sexualidade, quer a gente queira admitir ou não. E ela vive cercada de discussões que tratam justamente sobre isso: a dança é considerada vulgar demais? A roupa da Dina é um absurdo? A bailarina está gorda demais para dançar em público? Ou velha demais? O que fazer quando estamos tratando de uma dança cheia de movimentos pélvicos e de quadril numa sociedade em que a mulher só pode se encaixar em duas categorias: santa ou puta? E, claro, tem toda a problemática da mulher no Oriente Médio, que já tratamos diversas vezes no blog (<a href="http://ventredadanca.blogspot.com.br/2013/02/kisses-from-kairo-politica-do-assedio.html">aqui</a>, <a href="http://ventredadanca.blogspot.com.br/2012/07/kisses-from-kairo-feminista-frustrada.html">aqui</a>, <a href="http://ventredadanca.blogspot.com.br/2012/03/violencia-contra-mulher-no-oriente.html">aqui</a>, <a href="http://ventredadanca.blogspot.com.br/2012/01/eu-matei-sherazade-confissoes-de-uma.html">aqui</a> e <a href="http://ventredadanca.blogspot.com.br/2012/06/ma-liberte-de-danser-cap-7-liberdade.html">aqui</a>).<br />
<br />
Enfim, eu queria dedicar esse dia 8 de março à reflexão: até quando vamos precisar de um dia para nos marcar como uma minoria que precisa lutar para garantir seus direitos e ser ouvida? Até quando os corpos femininos estarão sujeitos à ditadura? (da moda, da beleza, do comportamento dito aceitável a uma mulher "direita", e tantas outras restrições) E até quando vamos aceitar ser tratadas como inferiores?<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/dlZPlFGn0oc" width="420"></iframe>
<br />
<i>Esse post é dedicado a todas as mulheres que nos fazem pensar! </i><br />
<br />
<br />
Gostou do assunto? Links sugeridos:<br />
<a href="http://blogueirasfeministas.com/">Blogueiras Feministas</a><br />
<a href="http://biscatesocialclub.com.br/">Biscate Social Club</a><br />
<a href="http://www.mulheralternativa.net/">Mulher Alternativa</a><br />
<a href="http://avecbeauvoir.wordpress.com/">Avec Beauvoir</a><br />
<a href="http://cemhomens.com/">Cem homens</a><br />
<br />
Sugestões de leitura sobre o dia de hoje:<br />
<a href="http://diadamulhernaoe.tumblr.com/">Dia da Mulher não é nada disso</a><br />
<a href="http://www.cartacapital.com.br/sociedade/dia-de-princesa/">Dia de Princesa</a><br />
<a href="http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2013/03/e-dia-internacional-da-mulher-e-quem.html">Sugestões de Livros Feministas da Lola</a><br />
<a href="http://pontoeletronico.me/2013/03/08/dia-internacional-da-mulher/">Dia Internacional da Mulher</a><br />
<a href="http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2013/03/08/no-dia-da-mulher-desejo-uma-sociedade-menos-idiota/">No dia da mulher desejo uma sociedade menos idiota</a><br />
<br />
<br />
<br />Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-13420302755017632442013-03-05T07:00:00.000-03:002013-03-05T07:00:10.258-03:00Livro (e filme) do mês: Persépolis<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfgqrqfQvTPvPGQeQ9-4nFJx6ec-jovZfx0LJzqXD2EN4Z8fCh4IHORHl2_2qPQuxgaYTj0zuy-keMtagd-gdiUCSmFc9IoB5L7yN_lsJdCtzeTRfz2fQ5c9iLZn4PU6zN9XVnGzqtPlg/s1600/bienal-do-livro-rio-de-janeiro-2011+blog.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="297" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfgqrqfQvTPvPGQeQ9-4nFJx6ec-jovZfx0LJzqXD2EN4Z8fCh4IHORHl2_2qPQuxgaYTj0zuy-keMtagd-gdiUCSmFc9IoB5L7yN_lsJdCtzeTRfz2fQ5c9iLZn4PU6zN9XVnGzqtPlg/s320/bienal-do-livro-rio-de-janeiro-2011+blog.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
Esse mês vamos falar de quadrinhos! Para quem tem preconceito segue uma dica: reveja a sua opinião, porque temos muitas Graphic Novels interessantíssimas com a temática árabe ou oriental para descobrir!<br />
<br />
E vamos conhecer hoje o trabalho de uma iraniana atualmente radicada na França: Marjane Satrapi! De origem persa e muçulmana, Marjane nos conta nessa auto-biografia como foi viver ainda pequena a revolução do Irã (que também pode ser vista no Oscar desse ano, com o filme "Argo") e todas as mudanças sociais que se seguiram. Mais tarde Marjane vai viver sozinha na Europa, e quando volta ao Irã ela sente todos os contrastes entre o Oriente e o Ocidente, falando de um tema muito caro a todos aqueles que vivem no exterior: a sensação de não pertencer mais a lugar nenhum. De quebra, o livro ainda mostra o lado iraniano da guerra Irã-Iraque.<br />
<br />
Ilustrado pela própria autora, Persépolis é de uma delicadeza e de profundidade incríveis, apesar dos desenhos serem simples, o traço da autora é muito expressivo, e a história que ela tem para contar é simplesmente cativante! E nos ajuda a entender muito melhor esse país que é retratado de forma tão deturpada na mídia.<br />
<br />
Para melhorar ainda mais, Persépolis virou filme! No caso uma animação que estreou em 2007, levou o Prêmio do Juri no Festival de Cannes e de quebra concorreu ao Oscar naquele ano de animação. E realmente o filme merecia!<br />
<br />
Por sorte o YouTube existe, e portanto segue aqui o vídeo disponível com legendas em português:
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/5Q_WXPXq-WM" width="560"></iframe>
<br />
Vale a pena tanto assistir quanto ler o livro! Não se limite a apenas uma forma :-)<br />
<br />
E boa leitura!!!<br />
<br />
Quem quiser ver minha outra resenha sobre essa Graphic Novel pode ler <a href="http://leiturasdelaura.blogspot.com.br/2012/10/persepolis.html" target="_blank">aqui</a>.Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-42159267524108434392013-02-26T07:00:00.000-03:002013-02-26T07:00:04.350-03:00Diário de Viagem - TURQUIA – 8° dia - Passeando de balão<br />
<div class="MsoNormal">
Como eu disse anteriormente, para andar de balão é preciso
acordar cedo, mas muito cedo mesmo! A saída do hotel estava marcada para 4:45h
da madrugada (gente, tem vezes que eu vou dormir mais tarde do que isso!), isto
quer dizer que eu acordei 4h, para tomar banho e fechar as malas, porque depois
teríamos pouco tempo para isso, e nesse dia cairíamos novamente na estrada.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Uma van veio nos buscar juntamente com outros turistas que
iriam subir ao céu naquela manhã. Por causa da hora, confesso que levei um
casaco, porque achei que pudesse pegar um vento um pouco mais frio, o que foi
uma decisão acertada, lá no alto realmente é mais fresco. Mas antes de
chegarmos ao balão, fomos para uma espécie de central de visitantes, onde
estava sendo servido uma tentativa ruim de café da manhã. A comida era ruim, o
café e o pão eram frios... enfim, um desastre. Pelo menos deu para enganar um
pouco a fome, que ainda estava dormindo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8iq-hfjbVbBB3eAufiTnEr0_TRNw4ffdzbPD27jRQCzleELCKf-A-vj0xJ6-Rfo-56ldjqPIagASRWhvARWctTdop-DPLJWyhXqEniqmwf6eNATH6UrmAmepeimrWhNg1kH7Qtwke8Js/s1600/20120726_050857.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8iq-hfjbVbBB3eAufiTnEr0_TRNw4ffdzbPD27jRQCzleELCKf-A-vj0xJ6-Rfo-56ldjqPIagASRWhvARWctTdop-DPLJWyhXqEniqmwf6eNATH6UrmAmepeimrWhNg1kH7Qtwke8Js/s320/20120726_050857.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Enquanto tomávamos o pseudo café da manhã tínhamos como vista os balões sendo preparados</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
Depois fomos levados para o nosso balão. E tinham diversos
balões no local, todos em fases diferentes de preparação para a decolagem, o
que foi muito interessante de ver. Depois de observar bem o processo, o nosso
balão ficou pronto, nos separamos pelas diversas divisórias da cesta e alçamos
vôo! Confesso que eu estava preocupada com o Caike, que tem um medo quase
patológico de altura, mas a subida de balão é tão suave, mas tão suave que ele
ficou muito tranqüilo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn6-3w67LjXMGYxvN6stU7uhFbnpyYIwJ8tgJeiytT25v_mrbUArUZyDliPH0jTIap8Tj198199Bo4OkCpVUMWGzif0by9efBXBBzlxHyp7ghSNAu2kG1sVxOulCjBylUmDTDL6oKfuNw/s1600/IMG_1259.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn6-3w67LjXMGYxvN6stU7uhFbnpyYIwJ8tgJeiytT25v_mrbUArUZyDliPH0jTIap8Tj198199Bo4OkCpVUMWGzif0by9efBXBBzlxHyp7ghSNAu2kG1sVxOulCjBylUmDTDL6oKfuNw/s320/IMG_1259.JPG" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nosso balão quase pronto!</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw1zfdLbA32bzzHx5WspH3UxhWyIlTiDJhdACm9aCsQkXQYy-mpUQQOqEMN-YCQFUJnQN29-1BCBUSdNiTW9iC6FuEbTmlXgPzaLnFhRJLttFpZvzhwftehNDp_sFtYmwebJv4ZXsWJfU/s1600/IMG_1276.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw1zfdLbA32bzzHx5WspH3UxhWyIlTiDJhdACm9aCsQkXQYy-mpUQQOqEMN-YCQFUJnQN29-1BCBUSdNiTW9iC6FuEbTmlXgPzaLnFhRJLttFpZvzhwftehNDp_sFtYmwebJv4ZXsWJfU/s320/IMG_1276.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Início da subida com os demais balões</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
E o passeio é mesmo bonito, a vista da Capadócia é
sensacional, com aquela paisagem tão diferente, com as rochas esburacadas, e o
céu lotado de balões coloridos! Acho que valeu a pena a viagem. Porém, não foi
o melhor passeio de balão que já fiz, pois acho que o passeio no Egito, em
Luxor, é muito mais bonito. Não que a Capadócia não seja tão bonita, mas é
porque essa região da Turquia é tão acidentada que podemos ter uma boa visão
panorâmica da região no alto de suas “montanhas”, e ela é muito parecida com a
vista do balão. Já no Egito, que é praticamente plano, você só consegue ter uma
boa visão panorâmica de balão, o que deixa o passeio muito mais bonito e
surpreendente. Em compensação, os baloeiros turcos gostam de acrescentar um
pouco de emoção à viagem, pois eles fazem os balões passarem bem pertinho das
rochas, de forma que você tem a sensação de que se esticar o braço poderá até
encostar nelas!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdwBu4w-8k5Gx3Y1qH5BMOm4C6gBOp6EmJGxDLRcltWYDuI4uNsXs0DTMWP9N_dSB75uTCOSH9KyydgUAMIedjmVedBM9akvYfjeqJATnu7FBcIlhSW8yH2zi-qhnRGnlGAhqzRUyDCZo/s1600/IMG_1320.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdwBu4w-8k5Gx3Y1qH5BMOm4C6gBOp6EmJGxDLRcltWYDuI4uNsXs0DTMWP9N_dSB75uTCOSH9KyydgUAMIedjmVedBM9akvYfjeqJATnu7FBcIlhSW8yH2zi-qhnRGnlGAhqzRUyDCZo/s320/IMG_1320.JPG" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Uma vista diferente com participação especial do nosso baloeiro!</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhctCBmO6oO5aYS05h_5nTrXJBSVws2xJGz-b9tTXIr_SJaMagwlKbqJevsWfeq4rJS1WTJnSD-Uzie1n2j9pIxe15sAsnVKHE17N_wgPZT1PgCwf94mvRLkxHAujehM-0hUY2az-1n10g/s1600/IMG_1359.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhctCBmO6oO5aYS05h_5nTrXJBSVws2xJGz-b9tTXIr_SJaMagwlKbqJevsWfeq4rJS1WTJnSD-Uzie1n2j9pIxe15sAsnVKHE17N_wgPZT1PgCwf94mvRLkxHAujehM-0hUY2az-1n10g/s320/IMG_1359.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A vista fica assim, cheia de balões! Repare como eles voam baixo também!</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
Mas o passeio em si é muito tranqüilo, o Caike só ficou
realmente nervoso quando subimos além das rochas e fomos bem alto, quando a
vista fica realmente diferente, parecida com a de um avião em estágio de
descida. E no Egito essa vista ainda é mais bonita, por conta do contraste do
Nilo, suas margens cultivadas e o deserto – azul, verde e dourado, enquanto na
Capadócia essa visão é predominantemente cinza.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrGK1vKo_cbekIKrxVbGjEABSXt6L1MKesOBB2Leh_LB31Qa60TnHQBu0vX_g95yFeCZUHiuLgvCuj2HiCJJKW-b2Tl9aTBdo7sBJIEl0NnVwdAxIP6MGIr7TD_iQSaMbiyLib8eYBm4c/s1600/IMG_1370.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrGK1vKo_cbekIKrxVbGjEABSXt6L1MKesOBB2Leh_LB31Qa60TnHQBu0vX_g95yFeCZUHiuLgvCuj2HiCJJKW-b2Tl9aTBdo7sBJIEl0NnVwdAxIP6MGIr7TD_iQSaMbiyLib8eYBm4c/s320/IMG_1370.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Um dos pontos altos do passeio, literalmente</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTUVQXLI9bNAM03w9H5jw-CCxl-6WGUqZTdHkiEQqvoQx89X4xUC2mbrQMl9TAfdKw3JfFXjq6qGQNX_MidFaXLm3ZorKaEgs3hmiiSe-XlElwrYamOoXfGObRhrTX4-KZpEp5Wkx1YXo/s1600/IMG_1383.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTUVQXLI9bNAM03w9H5jw-CCxl-6WGUqZTdHkiEQqvoQx89X4xUC2mbrQMl9TAfdKw3JfFXjq6qGQNX_MidFaXLm3ZorKaEgs3hmiiSe-XlElwrYamOoXfGObRhrTX4-KZpEp5Wkx1YXo/s320/IMG_1383.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">E começamos a descer!</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
Depois de quase matar o Caike do coração, finalmente
começamos a descer, e eu aprendi como se pousa de balão. Depois de ter sofrido
uma aterrissagem de emergência em Luxor (que eu descobri só depois que tinha
sido um acidente), aprendi que o balão pousa de forma bem suave e gentil, e já
em cima da caçamba do mini-caminhão que transporta a cesta. É tão suave que
para pousar mesmo e prender a cesta na caçamba é preciso que diversos homens
que estão em terra se dependurem no balão para fazê-lo descer.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd9_y1qVowGIfH9ZWgmjI1MfsZggufTOoVFH_GDsNy_hjbm_90X_FIGvC7B4c4px-ulTgs1fiqGI4Wpzf8hWEz-XqI7EbcvAYJPDDJuJesGSU33cOv9rGNzfV6v2RrUY-LqQ95H5R6EPI/s1600/IMG_1394.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd9_y1qVowGIfH9ZWgmjI1MfsZggufTOoVFH_GDsNy_hjbm_90X_FIGvC7B4c4px-ulTgs1fiqGI4Wpzf8hWEz-XqI7EbcvAYJPDDJuJesGSU33cOv9rGNzfV6v2RrUY-LqQ95H5R6EPI/s320/IMG_1394.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">E voltamos à terra firme!</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
Fomos recebidos em terra com espumante e uma espécie de
certificado de que voamos de balão, o que foi muito simpático. Aproveitamos
para também tirar fotos com o nosso baloeiro.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDILm4wqTMkd_t6KlJHXT5KVmlRVpnOcLp6NCXKNOvvYg5uSYnpH5TdU9WLzubGzM2vvOj3rSehQJjZ24DjyFf7laM0rihWZ5LZWfeta9yoRWTDXsuZDTnTM02kR6rvCStEzdS7d5vBjU/s1600/IMG_1396.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDILm4wqTMkd_t6KlJHXT5KVmlRVpnOcLp6NCXKNOvvYg5uSYnpH5TdU9WLzubGzM2vvOj3rSehQJjZ24DjyFf7laM0rihWZ5LZWfeta9yoRWTDXsuZDTnTM02kR6rvCStEzdS7d5vBjU/s320/IMG_1396.JPG" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Espumante com direito à vista!</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi46ZuMxdRGe6l2n-fXOIhLqZ5srNEaC7LN2ZgmHew_3DzxUjGGa9687s_GNXgRql2MChGEYBux1IUWIPjWzKVxYsslJKm3daXNCtYcYM9dKsrEBN_UA_6qNgs2xMngWad-CFg6SAgf6k/s1600/IMG_1398.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi46ZuMxdRGe6l2n-fXOIhLqZ5srNEaC7LN2ZgmHew_3DzxUjGGa9687s_GNXgRql2MChGEYBux1IUWIPjWzKVxYsslJKm3daXNCtYcYM9dKsrEBN_UA_6qNgs2xMngWad-CFg6SAgf6k/s320/IMG_1398.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nosso baloeiro entregando os certificados!</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
Depois a van que acompanhava a equipe de “resgate” do balão
nos levou de volta para o hotel, onde finalmente tomamos um café da manhã digno
(mais do que digno, já que o hotel da Capadócia era chique demais), terminamos
de fechar as malas e trocamos de roupa (o passeio de balão te deixa coberto de
poeira da cabeça aos pés, é uma loucura).</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Às 9h fomos nos encontrar com o nosso ônibus de viagem, e
nos juntar com os demais turistas da nossa excursão que ficaram em outros
hotéis. Como estávamos a caminho de Ancara, que fica bem longe, fizemos 3
paradas técnicas no percurso. A primeira foi bem sem graça e aproveitei para
dormir no ônibus, saindo apenas para ir ao banheiro, na segunda paramos para
almoçar, e como nossos neurônios ainda estavam dormindo, exageramos feio na
quantidade de comida que pedimos, pois além de dois pidês (tipo de pizza num
formato inusitado) pedimos também um prato que lembrava uma mistura de pastel
com crepe, um para cada um de nós! Quando metade da comida chegou tentamos
cancelar o pedido dos demais pratos, mas o garçom se recusou a entender o que
queríamos dizer e acabamos por desistir de discutir e nos entupimos de comida,
e mesmo assim sobrou muita coisa. Mas a terceira parada é que foi bacana!
Paramos num caravançarai modernizado muito bonitinho! Com direito a diversas
cadeiras e almofadas para descansar, e as onipresentes lojinhas de souvenires.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuF59tigLRII6Vf-T1SwO_lTlr5XmbFpO98WHtvcFcy-hap5zVFUnG4tnk_BqhRlgyzzwHhiv28QSM_AzNuxRTuJ-NoZO6ufhvAicsTNyjAWi0R7ccU7hS0lfzCgRIquTzU77bGrNtRSY/s1600/IMG_1405.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuF59tigLRII6Vf-T1SwO_lTlr5XmbFpO98WHtvcFcy-hap5zVFUnG4tnk_BqhRlgyzzwHhiv28QSM_AzNuxRTuJ-NoZO6ufhvAicsTNyjAWi0R7ccU7hS0lfzCgRIquTzU77bGrNtRSY/s320/IMG_1405.JPG" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Caike no caravançarai modernizado</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
E finalmente chegamos à Ancara, a capital da Turquia! Ancara
é uma cidade muito grande, mas não tanto quanto Istambul, para comparar, pense que
Ancara equivale a Brasília, enquanto Istambul é São Paulo. Inclusive as razões
para mudar a capital para essa cidade foram exatamente as mesmas usadas pelo JK
e a situação era muito parecida também, pois Ancara era uma cidadezinha do
interior sem estrutura nenhuma. A desvantagem dos turcos é que eles não tinham
o Niemeyer. A desvantagem brasileira é que não temos tantos sítios
arqueológicos para montar um museu como o de Ancara. Como a Turquia e o Brasil
são realmente parecidos!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A nossa estadia em Ancara seria curta, apenas uma tarde, mas
não deixamos de visitar o Museu Arqueológico da cidade, que é recheado de
relíquias do mundo antigo, incluindo uma linda sessão de peças e frisos Hititas
(um dos povos que estavam sempre disputando territórios com os antigos
egípcios, como você pode ler na série <a href="http://ventredadanca.blogspot.com.br/2012/08/livro-do-mes-ramses.html" target="_blank">Ramsés</a>), além de peças extremamente antigas que remontam ao tempo em que os deuses
cultuados na região eram mulheres, e mostram as mudanças da religiosidade na
região. Enfim, o Museu é uma maravilha para se passar horas visitando com
calma, e olha que quando chegamos lá metade do museu estava fechado para
reformas! Foi uma pena que quando a guia perguntou sobre o tempo que o pessoal
queria ficar visitando o museu, a maioria das pessoas simplesmente não se
interessava pelo assunto, e ficamos com muito pouco tempo livre para ver a
belíssima exposição. Mas a visita não deixou de ser emocionante, pois
aproveitamos que esse seria o último dia em que o grupo estaria todo junto e
com a nossa maravilhosa guia Tina, e escolhemos o momento anterior à visita ao
museu para fazermos uma homenagem a ela e entregarmos a caixinha que tínhamos
juntado entre os participantes da excursão. E foi uma homenagem muito linda
mesmo, a Tina e diversas outras pessoas acabaram com os olhos cheios de
lágrimas.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiB1qxOlqy4lWDb2qmvUiZCc7OZKEQ4nwL90fc9fsI_FGuplUjrZ6xfAz2kLQmiG6j1rt4_iVWT_M6IzP6DBzX3NHSLtXLNiJONEAWkvghwvzATxtnzWnEJ2xzZ-IeqMzKaRRepB7hyJTc/s1600/IMG_1412.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiB1qxOlqy4lWDb2qmvUiZCc7OZKEQ4nwL90fc9fsI_FGuplUjrZ6xfAz2kLQmiG6j1rt4_iVWT_M6IzP6DBzX3NHSLtXLNiJONEAWkvghwvzATxtnzWnEJ2xzZ-IeqMzKaRRepB7hyJTc/s320/IMG_1412.JPG" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Uma das mais antigas estátuas da Deusa!</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiflP6Mi4mWt7jpXLunF7Y4A-cE5X9Jr7r4q0nLi8jFhN8C6lDtv8BTX6UxMzRXEGDfm9BGz8tn2xZwt3K3pqN2Z5-PHuTLaArp7RexTI0aaKLgxq8lxtTkfLA83QTNgaKiq92dRfsbWcs/s1600/IMG_1423.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiflP6Mi4mWt7jpXLunF7Y4A-cE5X9Jr7r4q0nLi8jFhN8C6lDtv8BTX6UxMzRXEGDfm9BGz8tn2xZwt3K3pqN2Z5-PHuTLaArp7RexTI0aaKLgxq8lxtTkfLA83QTNgaKiq92dRfsbWcs/s320/IMG_1423.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Restos mortais supostamente do Rei Midas! Aquele lesmo da lenda, que transformava tudo o que tocava em ouro!</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8vuZCxGxDbOJ2k_H854G3hjz5vNmXE4pqKXoXA25Zl5cgV87kr3qvlRvygn8FVGG9NGQgppXdnLSTAqpD9HNYpwMrgr3paBATFEk72mL1lgZqgG_oms6ix5GGnutLejTF7xrK156clQY/s1600/IMG_1427.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8vuZCxGxDbOJ2k_H854G3hjz5vNmXE4pqKXoXA25Zl5cgV87kr3qvlRvygn8FVGG9NGQgppXdnLSTAqpD9HNYpwMrgr3paBATFEk72mL1lgZqgG_oms6ix5GGnutLejTF7xrK156clQY/s320/IMG_1427.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Baixo relevo hitita</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4vR2UaJHXZ05Jw_LJeYzCV56WCyDPn37juQIUflGZs8JPo6mPN5XZDTuI6cJFvuO8eKbHVe0Gdka5gztK4-ImHtQmkE9BHFkIhH1sb73C5qvvvR5W-1-0erthV357mYP8DIORWYUuE0Q/s1600/IMG_1430.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4vR2UaJHXZ05Jw_LJeYzCV56WCyDPn37juQIUflGZs8JPo6mPN5XZDTuI6cJFvuO8eKbHVe0Gdka5gztK4-ImHtQmkE9BHFkIhH1sb73C5qvvvR5W-1-0erthV357mYP8DIORWYUuE0Q/s320/IMG_1430.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Com a nossa maravilhosa guia Tina!</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
Saindo do Museu Arqueológico fomos visitar outro grande
marco da cidade: o Mausoléu de Ataturk. O engraçado dessa visita é como é feita
a segurança do Mausoléu: para evitar a entrada de possíveis vândalos os
militares exigem que todos passem pelo detector de metais, só que para isso
você sai do ônibus, e depois volta a subir no ônibus, que não é revistado.
Gente, quando eu disse que a Turquia é o Brasil eu não estava exagerando! Foi
preciso muito autocontrole para não rir durante a “revista”. Mas, enfim, o
Mausoléu foi inaugurado em 1953, 15 anos depois da morte de Mustafa Kemal
Ataturk, o grande fundador da Turquia Moderna. Sua arquitetura foi definida
através de um concurso, onde a melhor proposta foi do professor Emin Onat, que
se inspirou na história da Turquia. Como uma grande enciclopédia em pedra, o
Mausoléu foi construído com pedras trazidas de diversas regiões do país,
representando a devoção do povo ao fundador da república. Para representar as diversas
fases da história do país, o conjunto arquitetônico possui elementos da
arquitetura grega, otomana e seljúcida (muçulmanos que invadiram a Turquia
antes dos otomanos), baixo relevo de estilo hitita e mosaicos (elemento comum
na arquitetura romana) que retratam desenhos comuns na tapeçaria turca. Para
completar, o Mausoléu tem proporções gigantescas! Maior do que uns 3 ou 4 campos
de futebol.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyxd4GM33a8yH2jmrbvqi6Ycw_cMzcfoRVslMXc3tvr9Fxd45V9JOHRCGW70XWJgIsLqfzw_9O0XTXo6ZCuwA7gZ5fasKzjVoWQfLDEThwgOOEvx0VPo3StAJCgvFm_l-0oMzf2RDjbGE/s1600/IMG_1443.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyxd4GM33a8yH2jmrbvqi6Ycw_cMzcfoRVslMXc3tvr9Fxd45V9JOHRCGW70XWJgIsLqfzw_9O0XTXo6ZCuwA7gZ5fasKzjVoWQfLDEThwgOOEvx0VPo3StAJCgvFm_l-0oMzf2RDjbGE/s320/IMG_1443.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os relevos de estilo hitita ao fundo</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX_v8T8mVejIeweJFxACzoUJWiO93ZlzKt_nqjqbRjEhfRMBT2Ymt5W-fiwYE6fIn9fvktC29LeuB4Guk5tyQa0JQnr8fjriO-yIFJ0G7lqRPthL1V2Pk-PgicKNwBqgYYXIKK3J3Ht5M/s1600/IMG_1447.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX_v8T8mVejIeweJFxACzoUJWiO93ZlzKt_nqjqbRjEhfRMBT2Ymt5W-fiwYE6fIn9fvktC29LeuB4Guk5tyQa0JQnr8fjriO-yIFJ0G7lqRPthL1V2Pk-PgicKNwBqgYYXIKK3J3Ht5M/s320/IMG_1447.JPG" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os mosaicos no teto</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgBcjbSlIpmY2LpZUd5Q7u4Lp-sQCINOZkPy6XQM8EJ24pdpbgmMKtXI3aSpmPtm5GsNleERaYw4SF0fYNrVvCaHpai6rjU56QXb9mPdTjXQbFvTGAD_gWVna0NlJSRuLFSqLpd6nWURo/s1600/IMG_1457.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgBcjbSlIpmY2LpZUd5Q7u4Lp-sQCINOZkPy6XQM8EJ24pdpbgmMKtXI3aSpmPtm5GsNleERaYw4SF0fYNrVvCaHpai6rjU56QXb9mPdTjXQbFvTGAD_gWVna0NlJSRuLFSqLpd6nWURo/s320/IMG_1457.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Para ter uma ideia da grandiosidade do lugar...</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
Saindo do Mausoléu, nossa guia nos levou até o aeroporto de
Ancara, que é muito grande e bem organizado. Porém, os atendentes nem sempre
falam um inglês perfeito, e muitos dos turistas não falavam inglês também.
Resultado: algumas das mulheres que viajavam no nosso grupo tiveram as suas
malas despachadas direto para o Brasil, ao invés de Istambul, onde, como nós, elas
ficariam alguns dias antes de voltar. E isso porque elas não quiseram ajuda da
guia, que estava ajudando aqueles que não falavam inglês nos guichês.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Despachadas as malas, enquanto aguardávamos o nosso vôo,
bateu aquela fome, e fui descobrir um petisco turco que nunca imaginei que
fosse encontrar: milho cozido! Sim, só que diferentemente das nossas
carrocinhas, o milho lá é servido fora da espiga, num copinho que você pode
escolher o tamanho, e também o tempero! Aí é que começam as estranhices, pois até
tempero doce você pode colocar no seu milho! Eu escolhi algo bem tranqüilo:
manteiga e sal. Ficou maravilhoso.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O vôo de volta à Istambul foi muito tranqüilo e rápido,
apesar da mesa da minha poltrona estar quebrada, isto é, ela não ficava
recolhida. Ainda bem que os comissários de bordo sabiam disso e ninguém veio
encher o saco para dizer que eu tinha que recolher a tal mesa.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Infelizmente só quando chegamos em Istambul é que fomos
descobrir o tal problema das malas das outras brasileiras, o que nos custou uma
longa espera até o problema ser comunicado à empresa aérea, que garantiu que
levaria as bagagens para suas donas assim que elas retornassem a Istambul no
dia seguinte. Confesso que fiquei com pena, mas também foi muito chato ficar lá
esperando isso ser resolvido.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Finalmente de volta a essa linda cidade, e ao nosso hotel (o
mesmo que ficamos quando chegamos na Turquia), guardamos nossas malas no novo
quarto e resolvemos jantar no restaurante do próprio hotel, pois estávamos
exaustos! Para variar, pedi um kebab de cordeiro com pão pita, que infelizmente
veio picante, mas deu para comer bem porque pedi um ayran para acompanhar, e o
iogurte cortou bem a pimenta.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNKpq6O2zzIEbUhFNt9vXkV5TAIELFHZd_VL7XrUve4-_yS0KCl8WEPxqL0xv7B4s2nNj__4mwyBSRuKxIBsutSd8LcnDsEv5L1NvFnIh1IFskVXPotyn8u2DE-Bx28pkYHlcapIS_iRE/s1600/20120726_225228.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNKpq6O2zzIEbUhFNt9vXkV5TAIELFHZd_VL7XrUve4-_yS0KCl8WEPxqL0xv7B4s2nNj__4mwyBSRuKxIBsutSd8LcnDsEv5L1NvFnIh1IFskVXPotyn8u2DE-Bx28pkYHlcapIS_iRE/s320/20120726_225228.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O jantar temperado com muita pimenta e sono!</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
Depois do jantar fomos descobrir o verdadeiro sentido da
palavra capotar de sono. E precisávamos descansar mesmo, pois ainda tínhamos
que desvendar os mistérios de Istambul!</div>
Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3308117140091493861.post-47299834374092397622013-02-20T13:45:00.001-03:002013-02-20T13:45:08.263-03:00Show OPTCHA!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIEcTnDudCA85KqiGwjVFlQGDse7dzkZb-_z9VzP2-pniHADw5cbiz7mZ77Bfj0rIw2mAHVfNAH72pQo8CFir2dCG-zc3R7k3LTBGw0_VIloyvSpW-mu6kI0VllBftub5Rx8M33SrB8SY/s1600/535379_10200633205055410_347990279_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIEcTnDudCA85KqiGwjVFlQGDse7dzkZb-_z9VzP2-pniHADw5cbiz7mZ77Bfj0rIw2mAHVfNAH72pQo8CFir2dCG-zc3R7k3LTBGw0_VIloyvSpW-mu6kI0VllBftub5Rx8M33SrB8SY/s640/535379_10200633205055410_347990279_n.jpg" width="451" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
Nessa sexta gente! Estarei ao lado da linda Clara Sussekind, que já apareceu por aqui no Diário de Viagem da Turquia, e das maravilhosas Mayara Rajal e Annya Kalitch. Vamos nos divertir com um show cheio de folclores e danças quentes!Laurahttp://www.blogger.com/profile/03558424999394278611noreply@blogger.com0